Dangerous Love • Jikook•

•Dangerous and Innocent•

Boa leitura...
♥♥♥

"Você viverá uma vida monótona e entediante se não correr riscos..."

ALGUÉM ESTÁ DE BRINCADEIRA COMIGO.

Zoando com minha cara. Tenho certeza que é este diário. Deve ser mágico, ou possuir algum poder obscuro. Não sei o que ele tem, só sei que, como uma estrela cadente, ele atendeu meu desejo.

Só que este filho da puta resolveu pregar uma peça. Só pode! Não tem explicação para o que acabou de me acontecer. É inacreditável!

Vou tentar explicar, escrevendo neste diário, o que aconteceu antes que a minha cabeça exploda ou eu tenha uma convulsão nervosa - se é que isso existe. Lisa vai me matar quando souber disso!

Respira, Jimin...Vamos lá força.

O dia de hoje começou supernormal. Juro. Não fiz nada fora da minha rotina: tomei café da manhã na padaria da esquina de novo e eles, como sempre, serviram café requentado e pão dormido com manteiga, passado na chapa para ver se dá uma reanimada na coisa.

Já estou acostumado. Para ser sincero, até gosto do sabor da manteiga quando mergulho o pão no café. Viu? Tudo absolutamente normal. Mais um dia de sobrevivência.

Fui à escola e me dediquei, como sempre, às crianças. Depois passei na Universidade para pegar uns livros que me ajudariam a elaborar um artigo para um projeto chato para caralho. Essas coisas de faculdade que a gente tem certeza de que nunca servirá para nada.

Tanto a escola quanto a universidade são próximas do meu apartamento, por isso economizo o dinheiro do ônibus todos os dias e vou a pé a todos os lugares. Também aproveito para me exercitar um pouco.

Tudo estaria perfeitamente normal se não fosse a violência terrível desta cidade - e a minha extrema burrice, é óbvio. Não podemos nos esquecer dela, pois foi um fator primordial para a mudança na minha vida de merda sem sentido. Nunca pensei que ambas - violência da cidade e minha burrice - poderiam algum dia conspirar.

Nunca presenciei um assalto, nem nenhuma outra ação violenta. Me considerava um sortudo por isso, pois a maioria das pessoas que conheço já passou por momentos muito desagradáveis com assaltantes.

Jamais cheguei a pensar no que faria caso acontecesse algo comigo, e nunca senti um medo real de ser abordado por um marginal.

Por isso é impossível crer que realmente tenha acontecido comigo o que vou descrever a partir de agora.

Começou com uma simples paquera de rua. Acredite se quiser, foi uma paquera muito inocente. Daquelas que acontece quando você observa uma pessoa diferente das que está acostumado a ver andando por aí.

A criatura se destacava na multidão e você para, olha e imagina, por alguns instantes, como ela vive. Não é algo incomum e, hoje, aconteceu comigo mais uma vez. Não que eu saia paquerando todo mundo por aí, mas é que não sou cego, ok?

Estava chegando em casa quando o vi e parei. Era simplesmente a perfeição em forma de homem. Nossa... Nunca tinha visto um cara tão bonito quanto aquele. Nunca mesmo. O meu bairro reúne a maior quantidade de homens velhos e feios do mundo, portanto aproveitei a paisagem como e quanto pude.

A primeira coisa que reparei foi que os olhos do sujeito eram pretos quase duas jabuticabas. Duas galáxias. Seus cabelos negros bangunçados, que lhe emolduravam o rosto, ele tinha um charme arrasador, assim como sua boca desenhada e vermelha. Fiquei hipnotizado. Podia sentir meus olhos girando, saindo das órbitas diante de tamanha beleza.