Capítulo 52 - Hayle

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1 semana depois:

— Hayle? -  Lili, mãe do Landom, apareceu em meio ao corredor enquanto eu caminhava perdida pela casa, que por sinal é incrível.

— Senhora Walker - minha voz saiu mais trêmula do que eu  queria, era inevitável meu nervosismo - eu... Eu vim aqui pra pedir perdão a senhora...

—  Querida, ele sabia o que ele estava fazendo quando entrou naquela casa - ela deu um longo suspiro cansado e triste.

— O seu filho é o homem mais incrível que conheci... - franzi meus lábios - eu amo ele... Espero que não pense que eu fiz isso com ele por golpe... Eu jamais.... Eu amo ele - antes que eu pudesse fizer qualquer coisa ela me puxou para um abraço.

— Você ajudou ele tanto, meu Landom mudou por causa de você Hayle - ela falou em meu ouvido.

— Acho que foi recíproco senhora Walker. - sussurrei para ela, que me soltou limpando seus olhos marejados retomando sua postura formal.

—  Pode me chame de Lili querida, acho que alguém está te esperando no final do corredor o segundo quarto - ela piscou para mim e passou colocando a mão sobre meu ombro como forma de transmitir confiança.

Olhei ela descer as escadas de mármore até sair do meu campo de visão, suspirei fundo e passei minha mãos que estavam suando sobre meu vestido, tentando desamasa-lo, sorri ao pensar como seria a reação ao me ver de vestido, sabe eu acabei gostando.

Antes eu não tinha condições e costume de usar vestidos, mas a minha vida melhorou um pouco então resolvi experimentar pra saber como é. E curti bastante por sinal.

Olhei para o meu all-star e caminhei com confiança até o final do corredor parando no segundo quarto, assim como Lili me ensinou, bati na porta torcendo minhas mãos pela resposta da parte de dentro, então eu apenas escutei um  se for meu café, eu não tô com fome”, sorri e abri uma brecha entre o lado de fora e o lado de  dentro e falei:

— Ah que pena senhor Walker, eu estava pronta pro meu emprego de babá!

Landom levantou seus olhos até mim, e seu  semblante sério formou um belo sorriso mostrando seus dentes brancos.

— Pensando bem, vou querer meu café da manhã... - ele respondeu.

— Posso entrar? - perguntei envergonhada.

— Sim... Claro - ele piscou uma ou duas vezes - então eu entrei no quarto e olhei ao meu redor, me lembrando da última vez que eu estive aqui, sorri de novo e fechei a porta atrás de mim, ficando parada perto da porta em uma troca de olhar constrangedora com Landom.

— Eu queria ter vindo aqui antes, mas eu não sabia se devia. Sabe... sua recuperação... Sua mãe. Sei lá entendi? Vai saber se assim que eu entrasse no seu palácio ela me jogados na masmorra, por ter levado o filho dela pra uma quase morte - Landom jogou a cabeça pra trás e riu - não ria de mim! Sabe que você ainda tá nessa cama e se eu quiser eu posso te jogar dela! - ele continuou rindo assim como eu da minha própria ameaça, que encostei minha costas na porta.

Ele parou e me olhou com um sorriso bobo, então se ajeitou sobre a cama mas soltou um gemido, Landom estava com a bandagem um pouco abaixo do tórax cobrindo sua barriga, como ele estava sem camisa, podia ver mais nítido o quão grave foi.

— Precisa de ajuda? - perguntei ficando um pouco mais perto ( mas ainda com uma pequena distância)

— Não - ele fechou os olhos com força - eu odeio ficar neta cama - resmungou.

— Só tem uma semana Landom -  cruzei meus braços na altura do peito.

— A pior semana da minha vida - revirei os olhos com o seu drama - sabe que eu odeio ficar sem fazer nada, ainda mais deitado aqui - ele apontou pra própria cama - tô me sentindo um inútil.

Eu não sou tão fácil assim (Finalizado) Onde histórias criam vida. Descubra agora