Eu não sou tão fácil assim (Finalizado)

capítulo 17 - Hayle

— Eu posso explicar essa confusão senhora Moreno... - eu falo mais calma do que antes enquanto a diretora me interrogava sobre o áudio com a minha confissão sobre as agressões.

— Senhorita Davies não tem o que explicar você estava fora de si lá fora, está na cara que este áudio é real e infelizmente eu não posso deixar de chamar a polícia para conversar com você sobre o que acontece na sua casa...

— Primeiro, eu só fiquei nervosa lá fora porquê fizeram um áudio falso sobre o meu respeito. Segundo, não precisa fingir que se importa comigo Moreno eu sei  que me odeia assim como metade da faculdade. Terceiro, eu não vou falar nem com você e muito menos com a polícia! Tenha uma boa noite senhora Moreno. - Pego minha bolsa e saiu a deixando pra trás, eu não posso colocar a vida da minha irmã em risco,não mais.

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Eu fui pra casa e assim que cheguei tudo estava apagado dessa vez eu não faço enrolação e vou direto para o meu quarto, assim que chego analiso minha irmãzinha para ver se ela está bem, depois fui garantir que a porta estava trancada, e só aí eu  resolvi  ir tomar um banho e ir pra cama, mas eu não consigo pegar no sono, então eu tive que tomar um remédio e enfim eu consegui adormecer.

Eu não sou eu agora, sou apenas uma criança de três anos minha mãe acabou de sair fiquei sozinha... Não eu não estou sozinha. Ele está comigo. Ele vem até mim e me pega no colo.

— Hoje vamos nos divertir bonequinha... - não é o meu pai! Mas merda eu nunca o conheci, cá estou eu com o meu pior pesado que vai me atormentar pelos meus  próximos quartoze anos. E o que eu poderia fazer ele está tocando e tirando a roupa de uma criança frágil que não consegui distinguir o que é um carinho de pai ou de  um completo de doente. Um monstro.

Gritos pedindo pra parar?

Não isso não havia...

Ele pede para mim ficar em silêncio, minha mãe  poderia chegar a qualquer momento... Mas isso não fazia diferença afinal não era a primeira vez que ele me toca  desta forma tão repugnante. Ele dava banho em mim e aproveitava estes momentos! Afinal minha mãe também encarava como um jeito inocente de um "quase pai" ele falava que ia me colocar pra dormir e tocava em mim  quando eu estava  adormecida.

Quando eu ficava em silêncio, ganhava a recompensa, afinal  pelo menos neste sentido para ele  eu era uma "boa menina".

—Hayle! Filha acorda. - eu abro os olhos em sinto meus pulmões queimarem como se faltasse oxigênio no meu corpo - vejo  Scott entra no quarto para ver o que acontece e repentinamente  aumenta a  queimação nos meus  pulmões e eu começo a  gritar.

— Tira ele daqui! - eu começo a chorar  - tira! - eu grito pra minha mãe e pela primeira vez ela toma um ação.

— Sai Scott! Sai daqui! - eu escuro apenas  a porta se fechar com força.

— Mamãe posso abaçar  a Hayle? - escuto a voz da minha irmã.

— Molly volta pra cama agora! - minha mãe ordena autoritária, mas pelo visto minha irmã não obedece e sinto o seu peso na cama e o seu bracinhos me envolvendo e deixo minha mãe e a aperto contra mim.

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— Hayle o que você teve se chama ataque de pânico...

— Tem certeza? - eu pergunto abraçando minhas próprias pernas.

— Esqueceu que por um bom tempo eu quis estudar psicologia? - eu dou uma leve risada.

— Uma pessoa que mal consegue entender a si mesma, estudando pra  entender outra pessoas, chega a ter uma ironia! - ela da risada e assenti.

— Não chega a ser irônico, é totalmente irônico... -  pela primeira vez no dia eu ri naquele dia - tem certeza que não quer conversar comigo sobre o sonho que te deixou daquele jeito?

— Prefiro não falar disso... Não agora você entende? - ela assenti.

— Vem vamos andar um  pouco! - ela me puxa pelo braço e eu reclamo descemos as arquibancadas que estavam totalmente vazias com excessão de nós duas sentadas ali, descemos delas e caminhamos até  a porta do pátio, e por coincidência do destino ou simplesmente rolou aquilo, e eu prefiro acreditar na segunda possibilidade, mas tava óbvio que era a primeira, eu simplesmente resolvi ou melhor eu acabei  sem querer esbarrando no Landon.

— Davies... -  um sorriso transparece no seu rosto, minha vontades era sorrir de volta, mas a minha raiva por ele impediu totalmente.

— Vamos Bryanna! - eu o ignoro mas ele me puxa pelo braço fazendo com que os nossos corpos se choquem, mas eu me afasto.

— Por favor Hayle dá pra me escutar? - ele estava mais paciente do que o normal.

— Não, não dá... Ah não ser que você queira outra gravação se quiser pode pegar o celular gravar mas o que eu vou falar acho que você não vai gostar de mandar pra faculdade inteira o que eu vou falar!

— Não vai deixar pelo menos eu explicar  a verdade?

— Não eu não tô afim de escutar  nada! Muito menos da sua parte...

—  Se não ouviu ela? Quer que eu te dou outro murro pra você entender?  - Bryanna se mete na conversa.

— Porque não fica na sua em garota? - Landon a confronta.

— Porque se mexeu com a Hayle mexeu comigo! 

—  Tô morrendo de medo de você! - ela tenta passar por mim mas eu não deixo.

— Bry me espera na sala... - ela nega e eu assinto e faço um olhar de " deixa comigo eu sei me cuidar", ela bufa e da um olhar cortante em Landon e nos deixa a sós.

—  Obrigada...

— Não aguardeça por mim eu deixaria Bryanna te dar outro murro, só não deixei porque ela corre o risco de perder a bolsa...  - eu o interrompo e vejo ele engolir em seco a sua vontade de me responder.

— Acha mesmo que eu faria isso? Que eu espalharia por aí que uma garota é espancada e as coisas horríveis que ela fez no passado?

— Com comprometimento... Pelo que eu vi no show que a sua namorada deu, já responde a sua pergunta...

— Eu nunca trai minha namorada?

— Deveria repensar no que fala! Porque pra uma pessoa que nunca levou um chifre sua namorada estava já criando os dela!

— Olha só não foge do assunto - ele me interrompe -  eu vim te entregar isso...  - eu o olho indiferente quando ele estende um celular - é o celular da Dina aí está o áudio do gravador que a minha irmã gravou, ela mandou pra minha namorada e  seguida deu  pra minha que resolveu contar pro conselhos da faculdade, quando Maya ficou sabendo do que a minha mãe fez resolveu espalhar por e-mail do celular que a minha irmã roubou  a gravação da nossa conversa! -  eu vi sinceridade nos seus olhos ele pega a minha mão e coloca o celular em seguida fecha ela, meus olhos estavam nas nossas mãos mas eu as tiro rapidamente e coloco o celular no bolso...

— É só isso? - eu pergunto fria.

— Sim Davies é só isso...

— Okay...

— Okay! - ele responde de volta.

—  Ibecil... -  eu falo baixo mas o suficiente pra ele escutar.

— Idiota! - ele retruca e em seguida eu dou um sorriso - até mais Hayle! - ele finaliza com um sorriso e segue o seu caminho pelo corredor, vejo ele sair do meu campo de visão e pego o celular abro ele e tiro o cartão de memória em seguida jogo o celular da Dina no chão e piso encima - acabou essa palhaçada... - eu falo em voz alta pego o celular e jogo no lixo.

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Hayle está  relembrando umas coisas bem tristes que acontece com ela na infância 😔 mas o pior ainda está por vim então aja coração!
Obrigada por ler pimpolhos comentem e deixem o voto de vcs!
Bjs💗💗💗💗💗