capítulo 19 - Hayle

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(Molly Alexandra Davies na foto😍)

Eu ando em minha casa com medo, não sei o que estar por vim afinal eu bebi tanto que não posso distinguir medo de embriaguez, eu não posso ao menos pensar que tenho o meu resto de lucidez, minha mãe não confia mais em mim como antes, eu não confio em mim mesma, ela não deixa minha irmã ficar comigo tem medo de eu fazer besteira de eu descuidar e perder a minha irmã ou machuca-.

Mal sabe ela que que a única que vive machucada por dentro sou eu,eu que fico machucada de ver ela apanhando e ficar calada porque se eu falar eu vou apanhar junto com ela! Então eu me embriago e fico chapada, é como dizem minha válvula de escape, mas por favor faça silêncio ela nunca irá poder saber, ela não pode, isto faria a se sentir tão culpada, e minha reputação ficaria por água baixo. Prefiro fingir ser a filha rebelde e lhe trazer desgosto, do que ser uma garota boa e não conseguir fazer nada por ela!

Esta manhã eu cheguei em casa eu só vi apenas um vulto de uma pessoa alta e forte me colocando no chão... Eu tentei negar, mas ele sussurrava coisas sujas no meu ouvido, eu estou tão fragilizada que não consegui fazer nada! Eu não me mechi enquanto ele possuía o meu corpo, que estava em completo caus assim como minha mente!

"Me ajude! Me ajude"

Eu grito por dentro... Será alguém capaz de me ajudar?

Finalmente vejo um rosto entre vultos, é ele, ele a sombra alta e forte que sussurra coisas em meu ouvido. Não consigo me mover,um sorriso presunçoso está nos seus lábios. Mas os meus apenas caem lágrimas!

- Socorro! - eu não consigo me mover na minha cama apenas o suor que cai do meu rosto - socorro!

- Hayle? - minha irmã coloca sua mãozinha sobre o meu ombro, mas eu não consigo pegar nela - mamãe!

- Tá tudo bem! - eu finalmente consigo me mover, mas ainda suando frio - tudo. Bem! - eu me jogo da cama e me sento no chão frio, minha irmã tenta se sentar ao meu lado - Molly pelo amor de deus, não se aproxima! Eu não consigo respirar! - eu coloco minha mão sobre o peito, o que sinto é como se estivesse morrendo, e ninguém pode me ajudar! - vai precisar cama Molly... - eu encosto minha cabeça sobre o pé da cama, mas minha irmã não obedece - vai pra cama Molly! - eu grito fazendo ela correr pro outro lado do quarto. Eu nunca gritei com ela, mas nesse momento eu preciso de espaço, eu preciso gritar!

Depois de alguns minutos, ou melhor provavelmente uma hora inteira eu consegui me acalmar, me levanto e vejo minha irmã adormecida, caminhos até ela e a cubro com a coberta e me ajoelho no pé da sua cama, e fico a observando.

- Me perdoe... - eu falo num sussurro,e dou um beijo no seu rosto.

Coloco uma roupa de frio e minhas chaves de casa, eu preciso sair e pensar, eu preciso sair daqui, ficar em casa sempre foi difícil pra mim, mas agora é uma missão impossível, ficar aqui dentro, olhar nos olhos do Scott e esses sonhos são mais reais do que eu imagino.

Um vazio percorre por dentro de mim e quando eu vi já estava do lado de fora da minha casa, tranco a porta e coloco o molho de chaves no bolso da minha jaqueta de moleton, coloco a toca, e começo a andar pelas ruas vazias, um vento gelado vem sobre o meu corpo, causando um arrepio abraço o meu próprio corpo e atravesso a rua da minha casa, eu não sei pra onde eu vou ir, sei que é perigoso, mas eu já vivo o perigo ne onde era pra ser o meu porto seguro!

Vejo a pracinha onde minha mãe costumava me levar quando eu tinha sete anos, graças às condições financeiras, aqui era o meu único entretenimento, olho para um balanço de madeira e me sento em um deles e começo a me balançar sozinha, fecho meus olhos deixando a touca sair da minha cabeça e meus cabelos balançarem conforme o compasso da ventania, e nesse momento eu me permito a voltar a ser uma criança, um sorriso brota em minha boca, e solto uma gargalhada, quando o balanço volta para frente jogo os meus pés deixando eles no ar, e voltando pra trás, e foi assim por um bom tempo, quando eu voltava pra trás dois braços vieram por trás de mim e me viraram tampando minha boca. Tento gritar e empurrar mas não consigo.

Eu não sou tão fácil assim (Finalizado) Where stories live. Discover now