118

52 6 0
                                    


Ano 983 – Verão – Cidade Xingun

O capitão foi até Shinji, que estava de pé já observando a cidade, com o dia tendo recém amanhecido.

– Estamos prontos. – Disse ele.

A princesa olhou para trás, com as tropas já em formação, com o ariete preparado e a catapulta pronta para disparar.

– Mirem no portão e disparem com a catapulta.

– Sim, princesa! – O capitão saiu para despachar a ordem.

Em pouco tempo, uma enorme pedra já passou voando em direção ao portão. Vários disparos foram feitos, com a maioria pegando na muralha e no chão, até que finalmente o portão desabou. Shinji ergueu a espada para ordenar o ataque, mas ficou surpresa ao ver a força defensora sair.

O comandante deles foi até a metade do caminho, sozinho.

– Que se apresente o general desse ataque!! – Gritou a plenos pulmões.

Os arqueiros atacantes prepararam para disparar, mas Shinji ergueu a mão, os fazendo baixar os arcos. Ela foi sozinha até o homem parrudo de armadura pesada, com o elmo tendo três penas de pavão no topo.

– Eu estou liderando esse ataque. Veio render a cidade para mim?

O homem se curvou respeitosamente.

– Soube o que aconteceu em Wangmu, então proponho um acordo. Nós deixaremos você e suas tropas entrar na cidade, mas não a renderemos, mas também não faremos nossas tropas lutarem.

– Hm? – Shinji o olhou como se ele fosse um louco.

– Digo para decidir o destino de Xingun não com nossas tropas, mas com nossa própria força.

– Um duelo?

– Sim. O acordo será, que após o duelo, haverá paz, poderemos até todos bebermos juntos, não importa quem vença e quem perca. – Suor correu pela lateral do rosto do comandante, temendo que a princesa não aceitasse. Na verdade, até mesmo ele achava a ideia uma loucura, mas foi a única solução que conseguiu pensar para evitar derramamento de sangue e a morte de seus soldados, os poucos que restaram para cuidar da cidade.

Shinji ficou séria, pensativa, por um momento antes de cair na gargalhada.

– Bom! Gostei! Aceito o desafio e os termos! – ela olhou em direção a suas tropas – Vamos entrar na cidade, mas guardem suas espadas e não as empunhem a menos que eu ordene! Estamos entrando com trégua!

O comandante também virou para suas tropas, que eram pouco mais que os números dos atacantes.

– Ela aceitou! – eles comemoraram, então o comandante voltou a fitar a princesa – Por favor. – Ele estendeu o braço para ela.

Shinji deu um sorriso empolgado, prendendo seu braço no dele, entrando todos juntos na cidade. Eles foram até a arena militar, onde as tropas normalmente treinavam, e agora seria o campo de batalha de um duelo entre os dois líderes.

As duas forças cercaram a arena, com os defensores temerosos e os atacantes, ao menos as tropas imperiais, confiantes.

– Como se chama? – Perguntou Shinji ao ficar frente a frente com o adversário na arena.

– Bei Wandun!

– Baishe Shinji. – Disse ela enquanto tirava sua armadura, ficando apenas com a roupa por baixo.

Sou: Um mundo de cultivoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora