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Ano 963 – Verão – Seita Lua Crescente

Chan Cong estava diante dos principais cultivadores de sua seita, reunidos no centro do recanto da seita. Ele andava de um lado para o outro, os olhando como se examinasse fundo a alma de cada um.

– Pai, acho que estão todos aqui já. – Comentou Chan Chow, logo atrás do pai.

Chan Cong parou com os braços para trás diante dos cultivadores.

– Alguém tem alguma dúvida do que porquê estão aqui?

– Nós atacaremos a seita Alma Dourada!

– Sim, mas não ainda, Dishi Enlai. Pelo olhar de Dishi Dai, ele sabe dizer porque estamos reunidos aqui hoje, nessa tarde nublada nada agradável.

– Por nem todos os clãs estarem de acordo com a agressão que estamos fazendo as outras seitas. – Respondeu Dishi Dai.

– Aqueles que não estiverem contentes, que deixem a seita e parem de perturbar o líder da seita!

– Calma, calma, Fa Feng. – disse Cong – Não viemos aqui para brigar entre nós.

– Até porque não é segredo que muitos clãs estão em desagrado com a situação.

– Verdade, Fa Genji. – Chan Cong voltou a andar de um lado para o outro, mantendo os braços para trás – Eu os reuni aqui, para dar a chance daqueles que não estão certos do que querem fazer e possuem dúvidas sobre a situação, falarem. Podem falar, tirar as dúvidas, ou simplesmente anunciar que não farão parte da guerra. Eu compreenderei e não haverá punição alguma. Vocês me conhecem. Todos vocês. Muitos aqui são meus amigos de infância, antes mesmo de eu me tornar o líder da seita.

– O clã Hao lutará por você, líder da seita!

– HOOO!!! – Os membros do clã vibraram.

Chan Cong deu uma risadinha.

– Obrigado, Hao Fei. Mais alguém tem algo a falar? Não ouvirei reclamações em privado depois. Quem o fizer, será punido. O momento é aqui e agora.

O silêncio foi total. Chan Chow deu uma risadinha debochada.

– Parece que os que são contra, são covardes demais para falar. Vamos os colocar na linha de frente para servirem de alvo para as flechas inimigas. – Zombou ela, fazendo alguns dos ali presentes rirem.

– Então está decidido. Marquem, a partir de hoje. Em um ano, quero o exército pronto partir na fronteira! A vitória!

– A vitória!! – Repetiram todos.

Chan Cong estava empolgado por finalmente ter alguma utilidade para seu bisavô. Esperava ter bons resultados para impressionar Xun, para ter coragem de pedir a ele lhe ensinar algumas técnicas poderosas do cultivo demoníaco.

Caverna do Imortal

Yanluo entrou na caverna que Long Mu havia lhe mostrado no passado. Ele, que mais do que nunca tinha tanto a acertar com seu passado, achou uma boa ideia ter adversários contra quem treinar as técnicas enquanto as aprendia, mesmo os adversários não sendo reais.

Ele entrou cada vez mais fundo, chegando até a árvore. Sentando embaixo dela, ele abriu a carta que Wei Annchi havia lhe entregando. Ele leu apressado, ansioso, se tratando na verdade de uma carta de sua mãe.

– Ha. Meu pai não quis me deixar nenhuma mensagem, hm? Não muda nada em minha vida. – ele guardou a carta e abriu a caixa de madeira, tendo quatro pergaminhos, outras duas cartas e uma máscara de raposa negra com detalhes em vermelho.

Sou: Um mundo de cultivoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora