Sou: Um mundo de cultivo

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Ano 959 – Primavera – Forte Arcadia

Uma grande caravana com oitenta guerreiros entrou no forte onde bandidos, contrabandistas e escravistas se reuniam. A caravana levava consigo cerca de cinquenta escravos, andando em fila com as mãos amarradas.

– Pau, teve uma boa safra, hã?! – Disse um homem baixinho, com uma armadura metálica toda suja, com um elmo de chifres de metal, ao se aproximar.

O líder de caravana escravagista, tomou à frente.

– Oh, é claro! É claro... – ele não conseguiu manter a confiança, quando um dos guerreiros, com o rosto ocultado por um turbante preto, tossiu duas vezes – Ah, por falar nisso, Bontai... Os outros estão aqui?

– Sim, sim. No último mês, muitas de nossas caravanas foram atacadas e os escravos resgatados. É como se soubessem de todas nossas rotas, esses malditos. Aposto que é algum contrabandista querendo assumir o poder do mercado de escravos também. Vamos ver os que não estão aqui, e vamos caçar os bastardos!

– Deve ser...

– O que foi, Pau? Parece nervoso.

– É... Bem... Como não estaria, com tudo isso acontecendo?!

– Hm. Verdade, verdade. Venha, os outros estão reunidos ali. – Bontai apontou para uma grande tenda.

– Oh, então ali estão todos os líderes que movimentam o mercado negro. – disse o guerreiro de turbante ao tomar a frente – Obrigado pela informação. – Ele tirou o turbante, se revelando Liu Yan.

– Qual o seu problema? Volte para o seu lugar, a reunião é apenas... – Antes que Bontai pudesse terminar, uma flecha lhe perfurou no meio dos olhos.

Os supostos escravos da caravana, soltaram as mãos e empunharam adagas, enquanto os guerreiros empunharam suas armas se unindo a eles, atacando todos ali presentes.

– Você fez bem. – disse Liu Yan, atravessando a lança no pescoço de Pau, que caiu agoniando, morrendo quando Peng lhe fincou a espada na cabeça ao passar por ele, ficando ao lado de Liu Yan – Peng, vamos esquentar as coisas.

Ela acenou com cabeça.

– Arqueiros! Flechas de fogo! – Ordenou.

Os dez arqueiros dispararam flechas flamejantes sobre a tenda, fazendo os líderes saírem já com armas em mãos.

– Arte do dragão, nível três. Grevas Dracônicas. – Escamas de energia escura surgiram no ar e se juntaram nas pernas de Caihe, que avançou correndo, usando as pernas para atacar e defender, com a proteção em suas pernas se mostrando resistente demais para ser partida por lâminas, com as escamas afiadas causando cortes profundos a cada golpe.

– Hm? – Peng viu quando um homem alto, musculoso, saiu da tenda em chamas sem nenhum ferimento, andando calmamente – Será que ele é...

O homem cortou o ar em um avanço ágil, acertando um soco em cheio, que fez raios de energia correrem pelo ar, nas costelas de Caihe, a fazendo se chocar diversas vezes contra o chão antes de cair sobre uma tenda, que se desfez, envolvendo a garota caída, se retorcendo de dor, sem conseguir levantar.

– Um cultivador... – Liu Yan segurou sua lança com as duas mãos, de ponta para baixo – Arte da serpente, estágio sete! Lâmina da Víbora! – Ele ficou a lança no chão.

Quando a primeira serpente de metal afiado brotou do chão em um bote mortal, o cultivador a partiu em pedaços com um chute, no qual ele depositou um poderoso Qi.