Ano 983 – Verão – Costa Oeste
O imperador atravessou o enorme acampamento na praia a passos acelerados, quase correndo. Ele foi até a tenda de sua esposa, que estava de cama, tapada com um lençol branco, quase da mesma cor que ela estava, pálida, com os olhos com veias vermelhas e suando muito.
– Saiam. – Ordenou ele ao entrar na tenda, com os servos e alquimistas saindo, os deixando a sós.
– Huli... – Ela estendeu a mão ao marido, que a segurou ao sentar na beirada da cama.
– Chu... – ele afastou o lençol para tentar ver o ferimento, mas se espantou ao ver boa parte do corpo da esposa preto, necrosado. Ainda assim, ele tentou curar ela usando sua força, a assustando ao fazer chamas douradas se misturarem a energias nas mãos dele – Como pode é possível não surtir efeito... – Ele desistiu.
– Disseram que não há cura... Já tentaram de tudo. – Chu forçou um sorriso, que saiu fraco – Eu sabia que ser ferida por uma arma que pertenceu a um deus, não causaria um ferimento como uma arma normal...
– Talvez... – O imperador revirou suas memórias, mas não veio nada a mente capaz de curar a esposa, por nunca ter visto algo igual.
– Tudo bem... Huli... Estou feliz. Tive uma boa vida desde que conheci você. Nossos filhos já estão todos criados. Meu papel nesse mundo chegou ao fim... – A imperatriz respirava com dificuldade.
O imperador sabia que ela estava escondendo a dor. Com o corpo necrosado de tal forma, os órgãos dela estavam quase que parados.
– Tu, que és mãe e esposa. Tu, que és Imortal e imperatriz. Tu, que escolheu um escravo como marido. Tu, que curou minha maldição. Tu, que sempre lutou ao meu lado e me salvou tantas vezes. Eu lhe digo agora o que nunca tive coragem de dizer, pois entre todas as pessoas do mundo e de todos meus anos de vida, tu és apenas a segunda mulher que ouvirá isto de mim.
– A-ah... – Os olhos de Chu se arregalaram, começando a engasgar.
O imperador engoliu a seco, sabendo que sua esposa estava morrendo.
– Eu te amo, Chu, imperatriz do Império de Jade, minha esposa e mãe de meus filhos. Recobrei minhas memórias, e te revelarei meu verdadeiro nome. – o imperador a abraçou apertado – Yanluo. – Sussurrou ele.
Os lábios de Chu se contraíram em um sorriso ao deixar lágrimas caírem, para então sua cabeça amolecer no ombro do imperador, parando de respirar. Ele a abraçou ainda mais forte, engolindo a vontade de chorar pela morte da mulher que foi sua esposa, por quase a metade de toda sua vida.
Ele foi jogado no mar e expulso de seu continente quando ainda era apenas um jovem. Agora voltava como um homem. E teria sua vingança, pelo sofrimento que lhe foi causado no passado e no presente.
Seita Fênix Renascida
No recanto da seita, os poucos discípulos que permaneceram, corriam de um lado para o outro com bacias de água, panos e lençóis, alguns sujos de sangue e outros ainda limpos. Gritos ecoavam por todo o recanto, assustando os desavisados.
– Está quase lá querida. Mais um pouco. – A única alquimista da seita, uma velha senhora de pele da cor da noite, estava de pé diante da cama, aos pés, auxiliando no parto de Lu Lianshi.
– AAAAHH!!! – Lianshi chorava, suava e gritava entre um empurrão e outro.
– Mais um pouco, querida. Mais força.
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Sou: Um mundo de cultivo
ActionYanluo foi criado desde pequeno no caminho do cultivo, crescendo sendo evitado, até mesmo odiado, devido ao seu estranho poder. Em segredo, ele busca se tornar mais forte para não depender de ninguém, ao mesmo tempo que busca novas experiências e co...