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Ano 983 – Primavera – Cidade Imperial Han

Em uma manhã fria, o imperador estava dormindo se revirando na cama, suando muito.

– Huli. Huli! – Pan, que dormia ao lado dele, acordou e o sacudiu, em vão, era como se ele estivesse em coma e o corpo tendo espasmos.

O imperador sonhava com uma mulher de olhos carmesins que chacinava uma cidade inteira. Deuses desceram e lutaram contra ela, e, o mais estranho, é que o imperador se viu como um dos deuses. A mulher se transformou em uma criatura gigantesca que começou a derrotar os deuses, até ele ser o único restante. A criatura voltou a ser mulher, com ambos enfraquecidos e feridos. Eles lutaram até a morte, e no fim, o imperador sentiu a dor como se fosse real ao ser morto pela mulher, que enquanto ele caía, lhe gritava pedidos de perdão em meio as lágrimas.

No seu último suspiro, o imperador conseguiu lançar um poder que a prendeu e começou a puxá-la para dentro de um portal. Ela gritou com a mão estendida em direção ao imperador, até ser totalmente sugada pelo portal, sendo selada. No entanto, antes de ela desaparecer junto com o portal e ele dar seu último suspiro, ele ouviu a mulher gritar um nome que fez todo seu corpo se arrepiar. "Yanluo!"

– Ah! – Ele acordou no susto, quase acertando uma cabeçada no rosto da esposa, que estava próximo ao dele, com ela sentada na cama ao seu lado, só de camisola de seda.

– Que susto que você me deu. – ela o abraçou, puxando a cabeça dele para repousar sobre seus seios enquanto lhe acariciava os cabelos – Teve um pesadelo?

– É a segunda vez esse mês... Me sinto sempre inquieto, como se tivesse esquecido de algo muito importante que não deveria ter esquecido. É agoniante.

– Não se preocupe com nada, estou aqui com você.

O imperador a afastou, levantando da cama.

– Vou me banhar e caminhar um pouco.

– Sua caminhada matinal diária. – Disse ela em meio a uma risadinha.

O imperador a ignorou, seguindo seu ritual matinal. Ele se banhou, um banho demorado onde organizou sua cabeça, com o pesadelo desaparecendo aos poucos de sua mente, e então se arrumou, saindo para caminhar pelo palácio.

– Pai! – Chamou Chiaer mais adiante no corredor do jardim, acenando para o pai, antes de voltar a se olhar em um espelho de mão.

 – Pai! – Chamou Chiaer mais adiante no corredor do jardim, acenando para o pai, antes de voltar a se olhar em um espelho de mão

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O imperador se aproximou, gostando de como sua filha estava vestida. Estava mais meiga, tendo abandonado o estilo sensual.

– Bom dia.

Ela baixou o espelho, sorrindo para o pai.

– E então? Gostou do vestido? A mãe me ajudou a escolher vários para a viagem.

Sou: Um mundo de cultivoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora