Sou: Um mundo de cultivo

37

Ano 958 – Primavera – Cidade Huang

Após muito tratamento e tentativas de cura, Ma Jun, que nunca se recuperou dos ferimentos sofridos na competição na seita Estrela Vespertina, faleceu.

– Tadinha... – Comentou Shun Biao no funeral de Ma Jun, com Ma Zhen de joelhos, aos pratos.

– Aqueles malditos fizeram de propósito... A intenção deles era matar os melhores combatentes naquela competição sem sentido, para não os enfrentar no campo de batalha. – Disse Shun Liang, com as mãos fechadas apertadas, enraivecido.

– Ela, que não queria ir para a academia, para ficar ao lado de Ma Jun, agora não terá mais nada a prendendo aqui. – Disse Jia Ran.

– Seus filhos enviaram alguma notícia de como as coisas estão na academia, mesmo sendo neutra? – Perguntou Lu Teng.

– Está tudo normal. É como se a academia fosse até de outro mundo, afastada de todo o caos aqui fora. – Respondeu Jia Ran.

– Agora não é hora para isso, respeitem. – Os repreendeu Lu Dian, encerrando o assunto, mantendo o silêncio em respeito de seu antigo rival, Ma Jun.

Ano 958 – Verão – Vila Sociedade Secreta

Kun e Zhu treinavam com suas lanças em um duelo, enquanto Chen Hua fazia novos talismãs e Yen dava banho em Tiandi, o cavalo de Yanluo, aproveitando a tarde ensolarada.

– Hm? – um assovio alto ecoou no ar – E-ei! – Yen caiu senta para trás quando Tiandi saiu dando pinote.

O grupo parou o que estava fazendo ao ver Yanluo se aproximando mais adiante, com Tiandi ficando dando pulos ao arredor do garoto, contente. Yanluo abraçou seu cavalo pelo pescoço, o acariciando.

– E ai garotão, sentiu minha falta? – O garoto não se importou em se molhar, já que o cavalo estava molhado.

Zhu cutucou Kun, sorridente.

– Olha só quem decidiu dar as caras.

– YAAAN!!! – Yen correu até o garoto, o abraçando apertado – Senti sua falta!

Yanluo acariciou o cabelo da garota.

– Também senti falta de vocês.

Yen o soltou, indo juntos, com o cavalo os acompanhando, até o grupo.

– Como foi? – Perguntou Chen Hua, curiosa.

– Foi... Diferente. Por todo esse tempo eu tive que enfrentar todos meus demônios interiores, que tomou forma de pessoas importantes para mim, aprendi muitas lições e me acertei com meu passado. – ele respirou fundo, contente – Dia após dias, lutando, lutando e lutando. Mas consegui sair.

– Long Mu levou uma bronca daquelas por ter te largado no fundo de uma caverna. – Disse Yen.

– Ela apenas cumpriu o que me prometeu, antes mesmo de virmos para cá.

Yanluo percebeu Kun o encarando, o analisando de baixo a cima.

– Não mudou nada.

– Quer que eu abaixe as calças e te mostre o tamanho do monstro?

– Desculpe, prefiro fadas sem surpresa, você não faz meu tipo.

Eles se encararam por um momento, para então cairem na gargalhada, se abraçando.

– Eu realmente senti falta de vocês!

– E nós a sua, irmão. – Disse Kun.

Eles se soltaram quando viram Xin se aproximando.