Sidney se encontra com Victória

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Sidney

Não parei um segundo para que este casamento saísse em perfeitas condições e que os noivos não se estressassem. Anthony passou por mim enquanto ajeitava o arranjo de flores na escada.

- Amor! - Chamei e quando ele virou mandei um beijo para ele. - Nossos filhos estão no quarto de TV. De uma olhadinha neles por mim, por favor?! - Falei meiga, pois eu dizia que o filho de Diane e Andrew era nosso também.

- Acabei de passar por lá! Jack e Kristel estão dormindo tranquilos!

- Há! Graças a Deus! - lhe dei um beijo. - Nos vemos no jardim, vou buscar a noiva. Te amo!

- Theodoro e Victoria estão chegando! Vai falar com eles?

- Logo... - Sorri amarelo. - Uma coisa de cada vez, sim! - Pedi angustiada.

- Fique tranquila, meu amor!

- informe de que a noiva vai descer, para os fotógrafos ficarem a postos. - Subi a escada.

Andei pelo corredor daquela casa me despedindo dela, mal consegui curti-la, sentiria uma falta enorme. parei em frente a porta, bati e entrei.

- Minha nossa! Você está linda! - Tapei a boca encantada, olhando Diane vestida de noiva. - Você realmente está esplendorosa!

- Tem certeza? - ela pareceu insegura. Eu estou me achando tão... exagerada! Tem certeza que eu não pareço um bolo de aniversário,

- Linda demais, Diane! - Segurei suas mãos. - Andrew está tão nervoso, não sai daquele púlpito, já está lá tem vinte minutos, precisa descer, chegou a hora!

- Estou tão nervosa!

- Eu sei... - Sorri. - Por isso eu me casei em uma praia deserta, sem vestido, nua como vim ao mundo! - tapei o rosto rindo envergonhada. - Mas foi muito bom!

- Será que dá tempo de eu e o Drew fazermos isso?

Gargalhei me divertindo, sacudi a cabeça em negativa.

- Faça isso quando for nos visitar na Cicília, agora você tem que se casar de verdade e com esse vestido lindo. - apanhei o buque e lhe estendi. - Brilhe naquele tapete vermelho minha cunhada. Sua atenção é em Andrew, o homem que te ama, que é o pai do seu filho.

Diane suspirou e me abraçou espontânea.

- Vou morrer de saudades de você!

- Não fala isso... - Tentei não chorar. - Eu... estou me sentindo tão pequena... Sinto como se eu tivesse que sair correndo e deixar a minha vida para trás de qualquer jeito... Consegue entender? - Minhas lágrimas escorriam livremente.

- Você não é obrigada a ir se não quiser. Fale com o Tom!

- Ele está tão animado. - Olhei para o quarto. - Eu amo essa casa... Eu sonhei em ver todos os nossos filhos correndo por esses corredores. - Levei a mão ao meu ventre. - Estou grávida!!! - Ri entre choros. - Eu nem sei como contar a ele, mal a nossa pequena nasceu...

- Meu Deus, que maravilha!

Sequei as minhas lágrimas rindo como uma boba.

- Então? não vamos mais deixar seu noivo esperar ansioso.

- Você tem de falar com o Tom que não quer ir pra Itália

Sacudi a cabeça concordando, respirando fundo.

- Vou falar, prometo! - Segurei a sua mão. - Vamos descer, na escada terá fotos, tente não chorar, ok?

- Vou tentar! - ela sorriu.

Abri a porta e deixei Diane passar, ajudei ela com o vestido e o véu, suas damas já estavam apostos na escada, uma fileira a espera da noiva.

Diane desceu lentamente, fazendo pose, sorrindo nervosamente. A mim só restava observar a beleza da minha cunhada, torcer por sua felicidade.

Numa ponta da sala vi Victória, observando a descida da noiva, e nossos olhos se cruzaram, sorri triste para ela, acenei timidamente e esperei que Diane descesse toda a escada para descer também.

Lentamente me aproximei de Victória parando a sua frente.

- Como está?

- Estou bem! - ela sorriu. - E você?

- Estou bem na medida do possível. - Peguei em seu braço e a levei para o jardim. - Me perdoe em não ter ido te visitar... Precisava de um tempo... Eu... - Parei e a olhei. - Eu não... Consigo enxergar a mulher que Theodoro e Anthony me contaram. É como se não fosse eu.

- Porque não é você! Me desculpe por... ter te dado um tiro a queima-roupa e quase matado você.

Sorri triste.

- Eu te devo desculpas, o que fiz foi imoral... Te expus para muita gente...

- Então te contaram o que houve!- ela suspirou- Se o que você fez foi imoral, como nomear o que eu fiz? Eu lamento muito, Sid! Eu perdi totalmente o controle porque eu me senti traída. Você era a minha única amiga no mundo, antes de conhecer você eu só tive relações nocivas com pessoas venenosas. Eu não podia aceitar que você fosse uma delas.

Eu perdi o controle! Porque, acredite ou não, parte do meu coração era seu e a outra parte do Theo. Eu achava que vocês tinham me traído, os dois! Então, o único pensamento que eu tive foi que eu tinha de matar os dois e me matar em seguida, porque não havia mais nada que valesse a pena.

Eu sentia que o amor tinha falhado, a amizade tinha falhado... e a única resposta pra restaurar tudo era... Todos nós morrermos! Depois que eu atirei em você, eu tentei matar o Theodoro, mas eu não consegui, eu não tive forças... Ele era o pai do meu filho. Como eu não pude matá-lo, o próximo passo era... dar um tiro na minha cabeça, mas o Theodoro me impediu! Eu lamento que só você tenha pago pelos pecados de todos nós!

- Não vou dizer que mereço o tiro. - Falei com a voz embargada. - Assim como você eu deveria estar me sentindo perdida... Só que não me lembro e não tenho como justificar. Eu só... Sei que eu te amo como uma irmã. E me dói em pensar em te perder. - Chorei olhando para ela. - Sinto muito... E... Obrigada por ter salvado a minha vida.

- Estou perdoada, então?

Victória me puxou pra si e me abraçou forte. Chorávamos feito bobas e ela me apertava em seus braços

- Você é tão importante pra mim, minha amiga!

- Há! Vick!!! - Chorei agarrada a ela. - Não há o que ser perdoado. - Dei de ombros. - Eu não me lembro! - Rimos.

- Obrigada, Sidney!

- Obrigada por estar bem.

- O casamento já vai começar. - Michael veio nos alertar.

- Há! merda!!! Eu sou a madrinha! - Disse tentando secar os olhos sem borrar o delineador. - Ainda bem que maquiagem hoje em dia é tudo a prova D'água!

-Você vai para a Itália?

- É... Sim. Mas eu não quero ir... - peguei em suas mãos. - Explico depois, ok?

-Tudo bem! Vamos ao casamento.

Vamos ver o seu cunhado entojadinho subir ao altar

- Vamos!!! - Seguimos para o local.

Anthony pegou em minha mão e entramos quase que correndo tomando a lateral onde estava Andrew, sorrimos para ele que estranhou a nossa demora e correria.

Victoria sorriu e acenou pra mim, abraçando Theodoro pela cintura

- Estamos bem! - Disse baixo para Anthony. - Estou leve!

- Que bom! Fico feliz.

Sorri para Anthony segurando firme em sua mão. A música começou a tocar e Diane se colocou diante do tapete vermelho.

- Olha só como ela está linda!!! - Soei encantada. - ôh!!!!



Mata-me de Prazer - RedençãoWhere stories live. Discover now