Conhecendo Diane

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Sidney

No caminho passamos na floricultura e seguimos para o apartamento de Andrew e Diane, ao lado do meu marido até estava confortável e não ligando para a ideia de estar tão perto de Andrew, sei que Thony o manteria longe e me protegeria.

Subimos até o apartamento, da porta já dava para escutar o burburinho de gente, Thony tocou a campainha e Diane apareceu sorridente abrindo a porta. Ela usava um lindo vestido longo, branco com flores desenhadas na barra, confesso que amei aquele contraste de vermelho com o branco.

- Que bom que vieram! - ela exclamou feliz e pareceu duvidar até o último minuto que nós apareceríamos. - Você está linda, Sidney! É um prazer finalmente conhecê-la.

- O prazer é meu, e amei seu vestido... - Estalei a boca. - Me deu vontade de comer furtas vermelhas! - Rimos e lhe entreguei o buquê de flores.

- Não seja por isso, temos maçãs, framboesas, amoras, morango... É só escolher!

- Bem vindos! - Andrew se aproximou e eu me juntei mais a Thony. - Finalmente vieram em nossa casa!

Andrew e Thony se abraçaram apertado, se estapiando nas costas.

- Você está diferente, meu irmão!

- Muitas novidades! - ele deu passagem e me olhou. - Nossa! você está linda! - ele abriu os braços. - Posso?

- Há! Claro! - Sorri sem jeito e lhe dei um abraço tímido e rápido.

- Os pais de Diane acabaram de chegar a irmã... - A campainha tocou, e ele deu de ombros. - A casa é de vocês, por favor, entrem!

Peguei a mão de Thony e nos aproximamos do sofá, A senhora e o Senhor que ali estavam sentados se levantaram a nos ver, o homem me olhou e sorriu sem jeito a senhora quase engasgou com a própria saliva.

- Boa noite! - disse tomando distancia e me sentando do outro lado, deixando Thony sozinho para apertar a mão daquela gente, me sentei de lado ajeitando meu vestido e minha barriga.

- A sua barriguinha já está bem roliça! - Diane sentou-se ao meu lado. - Não ligue pra o jeito dos meus pais, eles são um tanto conservadores!

Respirei fundo e a olhei sorrindo forçado.

- Até quase um ano atrás... eu achava que a minha vida se resumia ao meu tratamento, ter um amor impossível por Thony e era filha de pastor. - Ri tristonha. - Lindo seu apartamento... Tem ótimo bom gosto para decoração.

- Você ainda é a filha do pastor em tratamento, só não tem mais um amor impossível, pelo Tom! Agora é um amor perfeitamente possível e lindo... Eu posso tocar a sua barriga?

- Há! Claro! - Me aprumei sorrindo. - Não resisti... é uma menininha! os olhos do papai!

- Eu estou tão ansiosa pra minha barriga ficar assim! - Ela confidenciou rindo.

Abri a boca surpresa.

- Jura? - Falei um pouco alto, e segurei as suas mãos. - parabéns!!!

- Xiii! - ela sorriu. - Papai e mamãe ainda não sabem.

- Ops! - tapei a boca.

Andrew apareceu na sala com uma taça na mão, batendo com o talher, todos nós a olhamos. A irmã de Diane chegou a torcer a boca como se achasse aquilo piegas.

- Peço a atenção de todos vocês. - Ele estendeu a mão para Diane. - Amor!?

Diane aceitou a mão de Andrew e levantou com um sorriso

- Eu sei que é uma quinta-feira... todos tem seus compromissos. - Ele a olhou, parecia realmente apaixonado.

Thony se sentou ao meu lado, apoiando a mão no meu joelho e eu coloquei a minha sobre a dele, sorrimos um para o outro e voltamso a prestar atenção.

- Diane entrou na minha vida num momento dificil... onde eu não tinha mais motivação pra viver... Resultado este que estou com seis pinos na perna e precisando de uma enfermeira. - Todos riram. - Mas! aprendi a olhar para o meu patinho feio se transformar num lindo cisne branco... Começamos um namoro e a cada dia convivendo com essa mulher incrível, eu descobri que não posso viver sem seu sorriso, sem seu bom dia todas as manhãs.... sem a sua implicância para eu não esquecer os meus remédios, a hora da terapia.... - ele sorriu largo. - então!!! - Andrew tirou uma caixinha de veludo do bolso e se ajoelhou a sua frente. brigou com a caixinha para abri-la e estendeu a sua frente. - Diane! aceita se casar comigo, ser a esposa dedicada deste homem em construção e a mãe dos nossos filhos?

Diane não sabia se ria ou chorava e tocou o seu rosto.

- Eu amo você, seu menino grande! - Ela se curvou e o beijou suave. - Casar com você é tudo o que eu quero pra minha vida!

- hurrulll... - Soltei na empolgação. - Desculpa!

- Ah! Obrigado! - Andrew riu aceitando minha comemoração. - pelo menos alguém não ficou chocado nesta sala!

- Isso não é muito precipitado? - A irmã de Diane se levantou, parecendo indignada e todos se voltaram pra ela. - Qual é? Eles se conheceram praticamente ontem! Você tá grávida, Diane? Só pode, é a única explicação!

Diane encarou a irmã e notei a amargura em seu olhar.

- O que eu fiz pra você, Sarah? - Ela soltou magoada. - Caralho, você é minha irmã e é pior que um inimigo! Você já me roubou um homem, não pode ficar feliz por eu ter conseguido outro, ou vai tentar seduzir o Andrew também?

Um silêncio angustiante imperou na sala, antes de Diane finalmente sucumbir as lágrimas e deixar a sala.

- Há! - Andrew se levantou rapidamente. - Eu já volto!

Olhei para Thony e para a irmã de Diane.

- Isso foi deselegante.... Muito deselegante! - Encarei a garota, os pais em silêncio e o marido dela então.

- Ela tá grávida, né? - A garota perguntou com um sorriso triunfante.

- E qual o mal disso? Um filho não segura um marido, ainda mais se tratando de Andrew! - Apertei a mão de Thony para ele falar alguma coisa e ajudar a melhorar a cituação.

- Sinceramente, Sarah! Acho que já passou da hora de você deixar essa rivalidade com a sua irmã de lado. Você já tem o seu marido-troféu, contente-se com o que você conquistou!

- Ai gente que exagero, eu só fiz uma pergunta! Não precisava a Diane fazer esse melodrama.

- Acho que já deu por hoje, não é, Sarah! - O marido dela a enlaçou pela cintura e emendou baixo. - Vamos embora!

- Não!!! - Fiquem. - Me levantei. - Se isso não a incomoda e foi apenas uma brincadeira, porque não celebrar com a sua única irmã... afinal de contas, ela assistiu calada a sua felicidade... agora é a sua vez de apoia-la. - Sorri e os deixei indo para a mesa de frutas.



Mata-me de Prazer - RedençãoWhere stories live. Discover now