Anthony vai até a Clínica

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Anthony

Eu estava nas nuvens, deixei Sidney na cama, precisava ir até a clínica, queria ver Andrew antes de viajar.

Me aprontei e segui para a clínica indo direto para o quarto de meu irmão.

- Bom dia, Andrew! - já fui abrindo a cortina e deixando o sol entrar. Ele sempre detestou isso. - Hora de acordar, meu irmão!

- Caramba! Tom... nem aqui eu posso dormir, mas que merda! - ele esfregou as mãos no rosto bufando de raiva.

- Pelo que vejo está melhorando. O "bom-humor matinal" está voltando com carga total. - sorri. - Como está se sentindo hoje?

- Estou quase ficando louco com a coceira do gesso. não consegui dormir bem essa noite... Estou um prego de cansado. - Ele me olhou. - Você me parece bem!

- Breve estará livre do gesso e da cama, Andy! É só uma questão de tempo. Você está vivo! - sentei a cama pensando que eu quase o perdi. - A sua vida está começando agora, Andrew!

Ele revirou os olhos desviando o olhar para a parede.

Suspirei.

- Está se dando bem com a Diane?

- levando da melhor maneira... Mas as vezes acho que ela vai me esfolar vivo.

- Paciência, Andy! Ela é uma mulher um pouco enérgica e durona, mas se souber conduzir ela será um poço de delicadeza

Gosto muito da Diane.

- Com certeza você gosta dela... é igual a você! - Ele me disse chateado. - Mas tudo bem... fui eu que provoquei o meu estado, agora tenho mais é que aguentar.

- Igual a mim? Queria eu ser tão enérgico quanto ela. Você precisava que alguém fosse duro com você. E qual é, cara? Te arranjei uma enfermeira gente boa, bonita! Devia me agradecer.

- Ela me trata como um cachorro! - Andrew mais parecia um garotinho falando. - Quando Sandy virá me ver?

- Sidney não virá, Andy! Meu irmão, por favor, esqueça a Sidney. Ela é minha mulher

- Eu só quero me desculpar... - Ele fez cara de arrependido.

- Ela não quer te ver, meu irmão! E eu não acho que seja saudável pra você essa aproximação.

Andrew ficou me olhando, digerindo aquelas palavras.

- Tudo bem! - A sua voz quase não saiu e ele baixou a cabeça.

- Eu... - engoli em seco. - Vou falar com ela, Andrew! Se ela quiser falar com você, eu a trago aqui.

- Não se preocupe com isso... Eu sei que ela me odeia.

- Lamento por isso, Andrew! Vou viajar alguns dias, se cuide!

- Viajar? mas... - Andrew se sentou na cama. - para onde vai? o casamento da nossa irmã é daqui a duas semanas!

- Eu volto em uma! - resolvi não dar detalhes. - Até breve.

- Tom!? Porque a pressa? - Andrew ficou agitado querendo se levantar da cama.

- Por que eu tenho de embarcar, Andrew! Você vai ficar bem, Dr Lamarck continuará acompanhando você e logo eu estarei de volta

- A Sandy vai com você?

- Sim!

- não vai me contar para onde vocês vão? e se eu precisar de você?

- Você não vai precisar de mim, Andrew! A Diane vai cuidar de você, o Lamarck também virá e tem toda uma junta médica aqui.

- Você já foi mais meu amigo... Me contava as coisas. - ele me olhou com tristeza. - Parece que nem quer que eu participe da sua vida. Como quer que eu melhore?

- Andrew! - suspirei e me sentei na cama. - Sidney e eu vamos fazer um passeio. Eu já havia prometido essa viagem a ela.

Ele concordou com a cabeça ainda chateado.

- Bom passeio... Se der me traga uma lembrancinha. - ele me olhou.

- Vamos nos casar, Andy! - Não sabia que impacto aquilo teria mas não achei justo mentir pra ele. - Estou viajando para me casar.

Andrew abriu a boca surpreso, depois se ajeitou na cama impaciente, olhou para os dedos.

- Eu sei que ela vai te fazer feliz... ela é uma mulher incrível... Sempre foi. - Ele engoliu em seco várias vezes, fungando. - Eu sempre gostei da risada dela... Espontânea... - Ele me olhou, sorriu triste. - Seja feliz, meu irmão.

Andrew abriu os braços pedindo um abraço.

- Me desculpa, Andy! - abracei-o apertado, detestando o fato da minha felicidade ser a razão da tristeza dele. - Eu amo você, moleque!

- Também te amo.. - ele me deu uns tapinhas nas costas se desvencilhando do meu abraço. - Agora anda! vai para casa arrumar tudo para a viagem.

- Você vai ficar bem?

- Sim!!! Pelo menos o Mikell vem me visitar amanhã... finalmente.. - ele riu sem jeito.

- Até a volta! - me levantei e segui para a porta com uma expressão de pesar

O olhei rapidamente antes de cruzar a porta, ele sorriu triste acenando para mim, baixou a cabeça logo em seguida.



Mata-me de Prazer - RedençãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora