Vick passa mal e é levadas as pressas

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Victória

Algo não estava normal. Eu não estava me sentindo bem, meu corpo parecia mais pesado e minhas pernas doíam muito.

Desci as escadas para a sala e senti uma forte pontada na barriga, caindo de bunda no chão nos últimos degraus!

- SENHORA!!! - Melleky correu para me acudir. - Não se mova... - Ela pediu. - Senhor Austin! THEODORO!

Era a primeira vez que a escutava chamar meu marido pelo nome que desceu a escada ainda sem camisa.

- Vick... - Theo pulo sobre mim como um atleta e se abaixou a minha frente. - O que foi? você está pálida.

- Eu não me sinto bem! - Senti algo quente escorrer pelas minhas pernas e me assustei ao perceber que era sangue. - Theo... a Stacy... -  senti uma nova pontada. - Eu não quero perder a minha filha!

- Não vai... - Theo me pegou no colo sem titubear e correu comigo do jeito que estava para saída da casa. - Abra a porta do carro... Agora! - Ele rosnou para o segurança assim que saímos no jardim.

Theo me colocou no carro, o motorista se posicionou no banco da frente. - Respira com calma...

Theo me juntou em seu colo me segurando firme, o motorista saiu cantando pneu daquela residência que achei que iria passar direto pelo portão que mal esperou ser aberto, tirando uma fina dele.

- Tá doendo muito, Theo! - Apertei seu braço e levei a mão a barriga, senti a bolsa estourar e o liquido vasar entre minhas pernas. - Ela não vai esperar, Theodoro!

Theo me olhou sorrindo amável, acariciou meus cabelos levando a mão ao banco da frente.

- Corre e use todas as suas habilidades, Clayton! - ele me olhou. - Aguente mais um pouco, estamos a poucos metros do hospital.

- Tá doendo muito! - repeti e senti Clayton acelerar com o carro.

- Tudo bem... Já vai passar... - Theo me segurava entre seus braços, olhar atento ao transito.

Não demorou muito e a parada brusca fez com que Theo me segurasse com força, a porta do carro foi aberta, me puxaram do carro direto para a maca, Theo ia falando com o médico de plantão, eu já não escutava mais nada, apenas a dor intensa me deixava atordoada.

Logo fui encaminhada ao centro cirúrgico.

Recebi a anestesia e quis bater no médico, por isso, mas logo a dor foi arrefecendo.

- Vamos fazer uma cesariana de emergência! - o médico informou.

- O senhor quer acompanhar o parto?

- Claro... - Theo apareceu ajeitando a roupa esverdeada que lhe deram. - Não saio do lado da minha esposa.

- Não sei descrever exatamente a sentença dos fatos, eu estava anestesiada e só me lembro de ouvir o choro baixinho da minha filhotinha.

- Ela está bem? - perguntei preocupada.

- Sim! - O médico informou. - Mas, vamos precisar entuba-la.

Theo segurava a minha mão.

- Vai ficar tudo bem! - Ele dizia parecendo longe.

- Quero a minha menina! - Choraminguei.

- A respiração dela está limitada, Sra Austin? Temos de regular essa situação e ela também precisa ganhar peso, pelo menos mais 200 gramas! É uma situação temporária!

- Theo?

- Shhhhhhhh... ela vai estar em seus braço logo... Deixe que o pediatra faça seu trabalho, é para o bem de Stacy! - Ele me deu um beijo na testa e na boca. - Fica calma, ela está bem!

- Eu não vou perder a minha menina?

- Ela vai resistir, senhora Austin!

- Não! Ela é uma Austin! - Ele piscou para mim sorrindo.

- Ela é forte, não é? - Eu estava insegura.

- Muito forte... - Theo se ergueu para olhar o que faziam com pequena. - Agora descansa... Você passou por mais bocados... eu vou cuidar pra que a nossa garotinha fique bem. - Ele me beijou e aos poucos apaguei.



Mata-me de Prazer - RedençãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora