Diane e Andrew

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Diane.

Eu me sentia pesada como uma porca e eu sabia que isso era perfeitamente natural no meu avançado estágio de gravidez. Eu já estava em dias de parir e só aguardava o momento que meu garotinho decidisse nascer. Naquela manhã, resolvi sair um pouco de casa a contragosto de Andrew, eu não suportava mais ficar enclausurada, então resolvi pegar uma praia, sob as queixas do meu novo, que não devíamos, que eu poderia parir no trânsito, ou pior numa cadeira de sol na praia, mas eu não estava nem aí, eu queria tomar um banho de mar.

 Seguimos para a praia, e mesmo me sentindo pesada, adorei a sensação de por os pés na areia

Estendi a minha canga na areia e repousei sob o sol, mas senti um súbito desconforto na barriga, me virei de lado e a sensação persistiu, então levantei, dei um beijo em Andrew, tentando disfarçar o que sentia.

- Vou tomar um banho de mar, esse calor está me deixando um pouco sufocada

- Eu vou com você... - Andrew se levantou, segurou minha mão.

Sorri para ele e me apoiei em seu corpo, seguimos para o mar e o abracei.

-Me sinto estranha, Drew!

- Como... Estranha? - Ele me olhou preocupado.

- Estranha! - dei de ombros e senti algo escorrer pela minha perna- Ah, , caramba isso não é xixi!

- Caramba... - Ele segurou forte a minha mão. - Vamos sair devagar da água.

- Oh nossa! Não acredito que a bolsa estourou aqui.

Andrew riu.

- Acho que o nosso menino será nadador.

Saímos da água, Andrew recolheu tudo enfiando debaixo do braço.

- Você consegue andar até o carro?

- Acho que sim!- emendei

 Me apoiei em Andrew, percebendo que ele tentava ocultar a tensão.

-Acho que não foi uma boa ideia vir a praia!- sorri sem graça

 - Não vamos pensar assim... - Ele sorriu nervoso.

 - Vamos direto para o hospital,

 - Com certeza... - Andrew jogou tudo no banco traseiro, abriu a porta para mim e me ajudou a estratégia.

 Me acomodei no banco e mais uma vez aquela velha sensação de desconforto

- Tudo bem? - Andrew se sentou no banco do motorista ligando o carro.

- Mantenha a calma, Amor!- ele estava um pouco pálido- Eu estou ótima! -sorri para ele- Seu filho está chegando, Drew

- eu nem acredito nisso! - Ele riu soltando o ar pela boca. - Estou tremendo.

- Mantenha a calma!- sorri

Seguimos rumo ao hospital e nem sei como Andrew conseguiu dirigir até lá, já que ele tremia muito quando deixamos o carro.

Eu estava ansiosa para ter o meu bebê nos braços, mas ao contrário do que imaginei, meu trabalho de parto foi longo.

Tive contrações por horas, que foram gradualmente se intensificando.A medida que a hora do parto se aproximava.

Andrew estava muito ansioso e a toda hora perguntava se era normal toda aquela demora.

- Isso não está certo.. já está amanhecendo... - Andrew se levantou.

A enfermeira o olhou sorrindo amável.

- Não se preocupe... Estamos monitorando. - Ela disse calma.

- Tem certeza?

Logo as últimas contrações se fizeram mais presente e essas eram realmente intensas, me fazendo desejar que aquilo acabasse logo. Atingi a dilatação completa e logo senti que perdia mais líquido e que meu bebê já estava a caminho.

- Vamos começar? - A médica entrou no quarto.

- Já estava na hora.

Andrew estava do meu lado acariciando meus cabelos suados.

Fui acomodada na cama e passei a fazer a força necessária para ter o meu bebê. Era chegada a hora

 A dor era lancinante e houve um momento em que eu acreditei que não conseguiria, até que o choro estridente do meu garotão ecoou pelo quarto.

 Eu quase desfaleci devido a exaustão e Andrew era todo sorrisos.

-Nosso filho está aqui, Amor!

Andrew sorriu e chorou ao mesmo tempo, era como se aquela dor tivesse acabado para ele também. A médica e as enfermeiras brincaram com ele que recebeu a tesoura para cortar o cordão que nos ligava. Andrew tremia tanto.

- Você foi maravilhosa! - Andrew disse me dando um beijo na boca, senti o gosto salgado das lagrimas dele.

 - Você também foi, Amor! Obrigada por não ter saído do meu lado!

- Como eu podia fazer isso com você! - Andrew riu secando as lágrimas. - Olha só?! - A enfermeira trouxe o nosso pequeno e o colocou sobre mim.

Chorava o menino, louco para mamar, Andrew ria apaixonado pela cria.

- Ele é tão perfeito! -sorri e aninhei o meu pequeno nos braços- Ele é o nosso tesouro!

 - Sim! - Andrew beijou o rostinho do nosso pequeno. - Jpa decidiu pelo nome?

 - Na verdade, não! -sorri arteira- Acho que vou chamá-lo de bebê até a puberdade

 - Não faça essa maldade!! - Andrew soou chocado. - Sabe... Olhando para ele... Que tal Jackson? podemos chama-lo de Jack? um bom apelido.

 - Ele tem cara de Jack! - concordei

- Então vamos chamá-lo de Jack. - Andrew estava feliz.

- Vai ser o xodó do papai! - sorri. -Te amo ainda mais por me dar ele, Drew!

- Meu menino! - Andrew sorria como um menino. - Vamos nos divertir e muito.

- Tenho certeza que vão me enlouquecer! - bocejei. - Eu me sinto exausta!

- Dorme um pouco... Vou ligar para o Tom e contar a novidade! - ele me deu um beijo, levantou a grade da cama para eu e o bebê não cair.

 - Vou fazer isso! Você também devia.

 - Eu estou bem! Você sabe que não sou de dormir e ficar cansado. - Ele piscou para mim. - Assim babo mais pelo meu filho!

- Então babe, meu meninão!

Andrew riu acariciando meus cabelos.

- Há! Diane, você é tão importante para mim. - Seus olhos marejaram. - obrigado! Você me fez um homem melhor!

- Eu te fiz um homem feliz! - sorri e bocejei novamente, aninhei nosso filho mais a mim, que mamava guloso, esperei-o terminar e o ajeitei na cama, acarinhei seus cabelos e me ajeitei ao seu lado, pegando no sono.


Mata-me de Prazer - RedençãoWhere stories live. Discover now