Sarah comete um deslize

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Sarah

Eu queria morrer! Essa era a verdade.

Mas, eu não tinha coragem pra tentar o suicídio. Aliás, eu não tinha força nem coragem pra nada.

Eu via a vida da Diane indo de vento em popa! Um lindo filho prestes a chegar, um marido que só tinha olhos pra ela, mamãe e papai a mimando todo o tempo, enquanto eu ia ficando de lado. Eu sentia como se a minha vida estivesse estagnada.

Eu não queria mais estar casada com o Jason, mas havia tanta pressão dos meus pais e da sociedade que preferi reatar com ele e tentar salvar aquela relação. Mas, eu sentia que aquele casamento estava fadado ao fracasso.

Eu ainda sentia tanta raiva do Jason por ter me traído e pior por ter deixado todos a nossa volta saberem, que eu só pensava e sentia que precisava dar o troco.

Naquela tarde me apossei do cartão de crédito de Jason e fui para o shopping, era sempre assim que eu me vingava das frustrações que ele me causava. Estourando o limite do seu cartão e o matando de raiva.

O que eu não contava é que aquele fim de tarde me reservava uma surpresa. Algo que mudaria totalmente a minha concepção.

Como eu costumava fazer sempre que queria desestressar e esquecer um pouco as minhas amarguras, passei a bater perna pelas lojas.

Observava as vitrines como um modo de me refugiar das minhas agruras. Foi quando eu o vi pela primeira vez, jamais poderia esquecer aqueles olhos escuros, que me fitaram através do vidro.

Era um homem bonito, de uma beleza rústica, alto, barba por fazer, aparentava ter entre trinta a trinta e cinco anos, um porte atlético e uma presença altiva. Fiquei naquela contemplação do desconhecido até que ele sorriu pra mim, e só então me dei conta de que eu estava trocando olhares com um total estranho. Ruborizei e mais que depressa procurei sair dali.

O que eu tinha na cabeça?

Deixei a loja, praticamente aos tropeços de tanta pressa. O que eu achava que estava fazendo? Flertando com outro homem? Eu era uma mulher casada!

Adentrei o banheiro do shopping e me pus diante do espelho, lembrei daqueles olhos e um calor percorreu todo o meu corpo, baixei a cabeça e joguei um pouco de água no rosto, eu precisava esquecer aquele fogo que ia subindo pelas minhas pernas, respirei longamente e quando ergui a cabeça.

Ele estava parado atrás de mim. Me voltei para aquele homem lindo atrás de mim. Era uma perfeita tentação

Me aproximei dele e desferi um tapa em seu rosto. O que aquele homem alto, lindo e estonteante pensava que estava fazendo?

Mal baixei a mão e ele me agarrou com suas mãos grandes, capturando minha boca com uma gula que não consegui resistir. Tentei afastá-lo e ao mesmo tempo o puxava para mim quando nossos corpos se tocaram.

Fui arrastada para um dos cubículos do banheiro, ele não me dava tempo para pensar, suas mãos me seguravam de uma maneira nada convencional, aquele tapa que eu havia dado a ele parecia ter liberado o animal que existia, não só dele, mas como em mim também.

"O que ele achava que estava fazendo?

Aquele homem me beijava, engolindo a minha boca, suas mãos exploravam o meu corpo e eu não conseguia contê-las.

Minha saia veio parar na minha cintura, minha blusa de seda caríssima estava agora aberta e ele sugava meus seios, suas mãos na base de um deles, apertando. Escutei o zíper e o cinto estalar quando foi abaixado e sua calça ir ao chão batendo a fivela no chão.

Minha perna foi erguida na lateral do seu corpo, seu dedo entrou em mim espalhando minha umidade e a primeira estocada foi abafada com um beijo. ele me tomava com uma ferocidade incrível, eu queria gritar, queria gemer, queria fugir... Queria uma cama para cair nela com aquele homem.

Minhas mãos apertavam seus braços me dando à noção do quanto ele era másculo, forte, seu peito peludo roçava nos meus seios cada vez que ele me abraçava arfando.

— Que espécie de maluco é você?

Ele não respondeu me tomando em outro beijo de língua.

Havia uma impetuosidade naquele homem no modo como me tocava, me beijava que me deixava totalmente fora de controle.

A cada beijo eu me sentia mais em fúria, a cada toque eu queria ir mais além e ele respondia com o mesmo desejo.

Eu gozei como nunca e senti como se fosse desabar em seus braços. Ele era tudo o que eu esperava de um homem.

Aquele homem me deu duas estocadas fortes e saiu de dentro de mim, gozando na parede entre as minhas pernas, seus grunhidos soavam no meu ouvido, sua respiração era um pedido para gozar novamente e pedir mais.

Ele me olhou como se agora tivesse notado o que tínhamos acabado de fazer, sorriu fraco, arfando.

— Oi! — Emendei com um sorriso.

— Oi... — Ele puxou o ar com força, tomando distancia do meu rosto. — Muito Prazer... Michael!

— Sarah! — respondi de modo limitado.

De repente eu estava morta de vergonha.

— Sarah! - Sua voz saiu rouca ao repetir meu nome. — Você tem a mão pesada... — ele riu e me deu um beijo e se afastou encostando-se na porta.

— Um pouco... — Eu não tinha reação e logo meu celular começou a tocar.

— Quer fugir? — Ele procurou meus olhos.

— Não posso!

— Porque não? — Ele espalmou as mãos na parede e me deu outro beijo molhado calcinha.

— Não é certo!

Meu telefone continuou tocando e eu atendi depois de alguma insistência.

"Era Jason"!

Falei brevemente com ele e me voltei para Michael.

— Era o meu marido! Eu... Preciso ir!

Michael desfez o sorriso, passou a mão no rosto e puxou a calça tomando distancia de mim.

— Me desculpe... — Ele me olhou sem jeito. — Não reparei em sua aliança... Eu espero você sair.

— Acho que eu que te devo desculpas.

— Não... — Ele sorriu amável. — Tome... Me ligue... — Michael me deu um cartão de visita.

#StudioAustin#

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— Não sei se é uma boa idéia! Talvez você não acredite, mas, eu nunca traí o meu marido antes.

— Eu não vou entrar neste mérito, Sarah! Mas você me pareceu muito interessada, não teria vindo atrás se não me deixasse claro isso. — ele tocou no meu rosto e me puxou, me dando outro beijo. — Gostei de você... Agora vai ou seu marido vem atrás de você.

— Foi bom conhecê-lo.

— Adorei te conhecer... E tenha certeza que gostaria de conhecer ainda mais. - Ele sorriu passando o polegar no lábio. — Retoque o batom antes de deixar o banheiro.

— Foi um prazer te conhecer, Mike!


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A continuação será no livro:

TENTAÇÃO 

Mata-me de Prazer - RedençãoKde žijí příběhy. Začni objevovat