STAR - de onde surgem as estrelas - Livro 1

Capítulo 5 - O Segredo de Jéssica

-Então Kerman, verdade o que falou sobre o Jeff ou o Adam tá brincando? - Jace perguntou.
-Você não foi a única que eu dei dez por cento de todo o salário do Jeff, após descobrir o que ele andava fazendo com a galera eu decidi que tomaria a empresa das mãos dele pegando tudo o que ele já roubou e devolvendo ao povo, então todos os novos empregados começando com você tiveram sua porcentagem de acordo com a demonstração de merecimento nas entrevistas que eu fiz.
-Deu uma de Robin Woody então? - Tom perguntou rindo.
-Não sabia que livros liam Tom, mas sim! Dei uma de Robin Woody. - Kerman respondeu sarcástica.

   Terminaram de jantar e os garotos se recolheram, mas antes Adam falou:
-Kerman, que tal irmos às compras amanhã?
-Os amigos dela a chamam de K. - Jace falou se metendo.
-Não precisamos comprar nada que eu não tenha Adam. Tenho pessoas para fazer compras pra mim.
-Como ficou tão rica "K"? - Adam perguntou fazendo as aspas com as mãos.
-Investi numas bolsas de valores e tô pensando em comprar umas empresas mais futuramente.
-Vão subir agora? - Adam insistiu na conversa.
-Melhor irem dormir! - Kerman falou. - O dia amanhã vai ser longo.
Adam virou as costas e subiu.
-Bom, eu acho que já vou... - Jace falou.
-Espera Jay, tem uma coisa que quero te mostrar.

   Kerman olhou conferindo se os meninos foram mesmo se deitar e viu que a luz do quarto estava acesa e depois se apagou, então ela segurou a mão de Jace e a levou até a garagem onde abriu a porta para que Jace entrasse.
-Vamos sair a essa hora? - Jace perguntou.
-Ainda são dez horas, não está tarde na minha concepção.
   Jace entrou no carro e depois Kerman deu a volta no carro e entrou também, ela apertou o botão que abria a garagem e saiu com o carro, depois apertou o botão pra fechar a garagem. Saiu com o carro até o portão da casa e então apertou outro botão para que ele também se abrisse, já que ela não havia trancado com digital. Os portões de prata se abriram e Kerman passou com o carro subindo na ponte que fica à frente de sua casa, depois fechou também este portão e passou pela ponte.

   Logo na saída da ponte haviam dois caminhos, um reto que as levaria para a cidade e outro à direita que subia uma grande ladeira, Kerman tomou o caminho pela direita e subiram até uma montanha asfaltada onde só havia aquele caminho para subida e descida de carro lá tinha uma plantação de trigo, uma de melancias, tinha outra coisa lá e algumas árvores. Em uma das árvores havia uma casinha feita de madeira com porta de madeira e janelas de madeira também, tinha uma escada feita de...enfim...
   Kerman parou o carro à frente das plantações e saiu, Jace saiu do outro lado e Kerman trancou o carro. Jace cruzou os braços com frio e seguiu Kerman que se dirigiu a casa na árvore. Ao chegar aos pés da árvore, Kerman subiu pela escada de madeira e corda pendurada na árvore presa a casa, mas Jace ficou embaixo.
-Kerman... - ela falou
-Oi? - Kerman disse olhando pra baixo.
-Eu...tenho medo de altura, não vou subir aí.
-Tudo bem, espera que eu desço.

   Logo Kerman desceu com duas cadeiras de praia e dois casacos que Jace a ajudou a segurar antes que ela caísse. As duas se dirigiram a beira da montanha no canto mais iluminado, onde dava pra ver a cidade de tão alta que a montanha era, mas a visão era meio empatada por outra montanha que havia na frente e isso incomodava Kerman, mesmo não sendo a cidade o alvo do seu passeio aquela noite.
-Qualquer dia desses eu mando derrubar aquela montanha. - Kerman falou se referindo a montanha de sua irritação enquanto ajudava jace a pôr seu casaco de pele de animal.
-O mundo não pode ser do jeito que você quer que ele seja Tony Stark. O dinheiro não move o mundo.
-Essa é a pior parte Jay, o dinheiro move o mundo, mas mudando de assunto, não viemos aqui para filosofar. Mais cedo você me perguntou se eu tinha um lugar em que ninguém nos espiasse enquanto conversávamos, e eu disse que sim. Então aqui estamos no meu pedaço de paraíso. É o melhor lugar da América.
-Por causa das plantações? Da vista para a cidade? Ou pela casa na árvore?
-Porquê é meu Jay! Aqui eu sei que mesmo que eu não cerque ninguém vai encostar no meu pedaço de natureza, ninguém vai poluir minha cachoeira, nem encostar nas minhas plantações...principalmente porque eu nunca trouxe ninguém aqui.
-Como sabe que ninguém vem aqui quando você não está vendo? Que ninguém toma seu trigo ou colhe suas melancias?
-Eu não ligo que peguem contanto que sempre tenha. Ninguém que suba esta montanha jamais destruiu nenhuma partícula dela.