21. Uma ligação indesejada

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— Por favor, não fuja depois das crianças nascerem nem as leve com você. Aí concretiza o sonho que tive no qual você levava meus filhos embora — ele olhou bem para Jimin. — Você não está namorando comigo para ficar mais fácil de você levar os bebês, né?

— Por que essa desconfiança? — Jimin perguntou. — Eu tenho cara que sequestraria meus filhos do pai?

— Não. Não sei, hyung. Sabe, minha mãe teve essa loucura também. Vai ver, eu puxei ela.

— Fica tranquilo — Jimin puxou Jungkook para mais perto dele.

— Ah, meu Deus! — gemeu, fazendo um barulho com a boca. — Hoje eles estão agitados.

— Você está bem? — Jimin levantou-se, ajudando seu dongsaeng.

— Estou. Só que não é tão legal assim quando eles chutam minha costela — Jungkook deu risada, pondo a mão no lugar. — Acho que eles ficarão mais agitados e é agora que eu estou ferrado mesmo, porque eles se mexerão com tudo que eu fizer.

— Não era isso que você queria? — o Park sorriu.

— Queria que eles se mexessem e não que me agredissem — Jungkook sentou-se na cadeira.

— Lembra que a partir do sétimo mês, o bebê pode nascer a qualquer momento.

Jungkook parou um pouco, olhando para o horizonte, pensando se realmente já estava pronto para quando seus bebês saíssem de dentro dele. Estava tão bom daquele jeito e ele estava curtindo tanto sua barriga.

O Beta apenas sorriu, quando Jimin lhe entregou um copo com leite, tentando não passar para ele que já estava com medo de quando as crianças nascerem.


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Jungkook não conseguia se conter de fofura todas as vezes que fazia um ultrassom e ele podia ter aquele contato visual e auditivo com os bebês. Ele ficava tão animado que o Jungkook de dois anos atrás, estaria rindo dele e achando-o a pessoa mais idiota do mundo, por achar aquilo tão maravilhoso.

— 21 semanas e meia — a doutora falou para Jungkook. — O menino está com uns 22 centímetros e a menina com dezoito centímetros.

— E o quanto é o normal? — Jungkook perguntou, preocupado.

— Os gêmeos, naturalmente, são menores, mas a média é 25 centímetros.

— Então ela continua bem menor do que o normal? — o gestante ficou um pouco triste.

— Jeon, quando eles nascerem, talvez ela fique na incubadora por alguns dias a mais — foi sincera. — Mas fique feliz que ela vai estar viva. Se está sobrevivendo até agora, ela vai conseguir sobreviver depois.

— Eu só queria voltar com meus dois filhos no colo — seu semblante ficou mais triste. — Foi como eu imaginei.

Jimin ficou sentido com aquela frase. Por um momento, ele queria que a médica fosse japonesa e não coreans, assim ele não entenderia o que eles estavam falando e não criaria várias teorias em sua cabeça.

— A maioria das gravidezes não são como nós planejamos e, por isso, elas são tão únicas — explicou, tentando passar otimismo para o seu paciente. — Eu também não tive uma gestação que sonhei. Eu fiquei impossibilitada de andar direito, porém meu filho nasceu grande e ótimo! Você está tendo uma gravidez tranquila, entretanto um dos bebês precisará de mais cuidado.

— A outra médica disse que se as placentas se fundirem, ela pode ter mais chances.

— É por isso que falei dias. Talvez, ela nem fique! — sorriu. — Eu estou contando que se fundam. Quando isso acontecer, você poderá sentir pequenas dores como se fossem gases ou uma cólica abdominal e dores nas costas. Isso pode ser um bom sinal.

Entre Girassóis & Tintas: Golden Tokyo (ABO) • JikookWhere stories live. Discover now