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Quatro anos depois.
14 de Maio de 2023

📍 Lisboa, Portugal.

- Rapazes, por favor, tenham cuidado com o pequeno cachorro. - pedi a Francisco e João Pedro, enquanto estes corriam atrás do animal, chegado alguns dias antes a casa, como um presente do avô paterno.

Deixei a pequena Clara, de apenas seis meses, entre as almofadas, esta que dormia profundamente no sofá e dirigi-me até ao exterior onde os dois miúdos, o mais velho com quatro anos e o do meio com dois, ainda corriam atrás de Luke, enquanto riam à gargalhada.

- Meninos, vamos tomar duche para que não cheguemos atrasados ao jogo do pai ou irei dizer-lhe que, não se portaram bem e, por consequência dos vossos atos, não poderão acompanhar-lhe na entrada em campo. - ameacei e logo pararam deixando, finalmente, o pobre animal em paz.

- Isso não, mãe. - Francisco, o mais velho dos nossos três filhos, suplicou e sorri-lhe fraco.

- Então, por favor, obedeçam. - solicitei e os dois, de imediato, acenaram.

- Onde está a mana, mamãe? - foi a vez de João questionar e eu sorri-lhe, beijando os seus cabelos.

- A Clarinha está a dormir para que, durante as próximas horas, não fique irrequieta. - expliquei-lhe.

- Está bem. - a sua inocência fez-me sorrir.

Segurei as suas mãos e conduzi-os para o interior, deixando-os junto do sofá para pegar a bebé que, continuava profundamente adormecida.

- Vamos para o andar de cima. - sussurrei, enquanto acariciava as costas da princesa da casa.

Assim que chegámos ao meu quarto, deitei a menina no seu berço, com todo o cuidado para que não acordasse.

Beijei a sua testa e cobri-a, para que esta ficasse aconchegada.

- Mamãe, posso dar um beijinho na mana? - João sussurrou e eu ri, assentindo.

Segurei-o no colo e deixei que se inclinasse para depositar o seu carinho na testa da irmã. Sorri enamorada para o ternurento momento entre irmãos.

Francisco que assistia a toda a cena, decidiu replicar o gesto de João Pedro, o que contribui para que o meu sorriso apenas aumentasse.

- Para o banho, meus trafulhas. - num murmúrio, insisti e, logo, desataram a correr para a casa de banho.

Ri sozinha e segui os mesmos, não sem antes olhar Clarinha, verificando se a mesma estava bem.

- Vocês estão crescidos. - brinquei ao observá-los já dentro da banheira, enquanto me esperavam para que lhes pudesse dar algum auxílio.

Francisco, já com mais autonomia, conseguiu preparar-se sozinho; o mesmo não aconteceu com o irmão que, passava mais tempo a deixar água no chão do que qualquer outra coisa, para seu grande divertimento, expresso pelas suas constantes gostosas gargalhadas.

Deixei que permanecessem mais algum tempo dentro de água, enquanto prepara as vestes dos miúdos, que consistiam no equipamento do Sport Lisboa e Benfica, equipa do coração da nossa família. O número do pai e os seus respectivos nomes decoravam a parte de trás da veste.

Opostos | Rúben Dias Onde as histórias ganham vida. Descobre agora