129°

3.3K 229 8
                                    

Morena

- Soph, eu quero ir pra casa. - falei quando ela passou da minha  casa e ela me olhou.

- vish, os meninos tão na casa do Digory, tenho que ir pegar eles. - falou parando na casa do Digory.

- ele não tá na boca? - perguntei e ela negou.

- vai lá chamar os meninos pra mim, por favor. - pediu e eu bufei saindo do carro.

- porra Sophia, vai me fazer andar. - resmunguei abrindo a porta - OS DOIS LUIZ, VAMOS QUE EU TENHO PRESSA. - gritei entrando na sala.

- eles não estão aqui. - João falou nas escadas - vem aqui, mãe. - falou me puxando.

- eu tenho que avisar pra Soph que os meninos não estão aqui! - falei e ele riu.

- ela sabe. - falou me empurrando para o quarto do Digory.

- João é sério. - falei e ele negou.

- ah mãe, entra logo, por favor. - pediu e eu entrei no quarto.

Vi minhas coisas pelo quarto e Digory se virou.

- eu ia te dar a resposta de noite. - falei me aproximando dele.

- e qual seria? - perguntou me olhando.

- ah... seria...- fiz uma pausa - seria um "trago minhas coisas semana que vem". - falei e ele sorriu.

- parece que vai ter que adiantar um pouco. - falou sorrindo e me beijou.

- olha, não é querendo quebrar o clima meloso, mas tem uma barca de açaí pra devorar. - João falou e eu olhei pra ele.

- como é a história? - perguntei correndo pra fora do quarto.

- não venha, eu vou comer. - João falou se sentando no quintal onde tinha uma mesa com algumas comidas e uma barca de açaí enorme cheia de morangos, chantilly e Nutella.

Lambi os lábios e peguei uma colher.

- me esperar que é bom, ninguém espera. - Digory falou pegando uma colher e se sentando também.

- é açaí! Não da pra esperar pra comer. - falei com a boca cheia.

- pois é né, eu só tenho uma coisa a falar. Concordo com a mamãe. - João falou pegando uma colher cheia.

>>>

- vai João. - falei subindo na cama com uma escova de cabelo como microfone.

- não vou cantar. - falou dobrando uma blusa minha.

- te perder
Foi a dor mais doída que eu senti na vida
Sem você
Joguei bebida na ferida. - cantei dançando em cima da cama e João bufou.

- Joguei bebida na ferida
Que bom que o álcool cicatriza. - cantei descendo da cama e andando pelo quarto dançando.

Dobrei uma calça jeans, coloquei no closet e olhei pra João.

- a não, só tem sertanejo nessa playlist é? - ele perguntou e eu ri.

- Já doeu
Mas hoje não dói mais
Tanto fiz
Que agora tanto faz. - comecei guardando algumas roupas.

-O nosso amor calejou
Apanhou, apanhou que cansou
Na minha cama cê fez tanta falta
Que o meu coração te expulsou. - cantei dançando e peguei mais algumas roupas que João tinha dobrado.

- Não tem mais eu e você
Tá facin de entender
Você me deu aula de como aprender te esquecer. - cantei aumentando o tom de voz.

-Foi, mas não é mais a minha notificação preferida
Já foi, mas não é mais a número um da minha vida
Sinto em te dizer
Mas eu já superei você. - cantei/quase gritei dançando de braços abertos indo até João.

- mãe, já chega. - falou quando eu peguei no braço dele e comecei a dançar com ele, mesmo sem querer.

-O nosso amor calejou
Apanhou, apanhou que cansou
Na minha cama cê fez tanta falta
Que o meu coração te expulsou

Não tem mais eu e você
Tá facin de entender
Você me deu aula de como aprender te esquecer

Foi, mas não é mais a minha notificação preferida
Já foi, mas não é mais a número um da minha vida
Sinto em te dizer
Mas eu já superei você

Foi, mas não é mais a minha notificação preferida
Já foi, mas não é mais a número um da minha vida
Sinto em te dizer
Mas eu já superei você

Já doeu
Mas hoje não dói mais. - cantei bem alto e João bufou.

- mas gente, que sofrência é essa? - Isa perguntou rindo e entrou no quarto com Soph e Késia.

- tia Soph, diz que os meninos vieram por favor! - João falou se soltando.

- tão lá embaixo com o Gusta. - falou Soph rindo e João correu.

- tadinho dele, ter uma mãe dessas! - Isa falou e eu ri.

- bora me ajudar? - chamei e as duas começaram a dobrar algumas roupas que estavam espalhadas pela cama.

- dá pra fazer um bazar com isso! - Soph falou dobrando algumas blusas.

- nem é tanto assim! Metade é baby doll e camisetão. - falei colocando um vestido no cabide.

- percebi! - Isa falou vendo uma pilha só de baby Doll.

- olha que ela gosta de uns baby doll curtinho. - Soph riu falando e eu ri também.

- é confortável, deixa de ser safada, porra. - falei rindo.

- sei desse teu "confortável". - Isa falou e eu ri negando.

- parem de ser mente poluída, pô. - falei mudando de música.

- desculpa amor se eu não tô te dando atenção
É que todo dia do ano pra nós é verão
E eu tô tipo como? Como eu sempre quis!
Tô bem, tô zen, no baile funk eu tô assim
Com um copo de drinque, dois dedo de uísque
Cigarro na mão, tô tipo favelado chique
Encostado bem do lado do paredão
Vendo as bandida jogar
Jogar seu bundão, dão, dão, dão
Jogar seu bundão, dão, dão, dão
Jogar seu bundão, dão, dão, dão
Jogar seu bundão, dão, dão, dão. - cantei dobrando um macaquinho.

- Copo com gelo, garrafa de uísque
Cama redonda, nossa suíte
Quadrilha maloca, com o W no beat
Parça, acende e chapa com as gata de elite
A erva é natural, au, au, au, au
Todo dia é Carnaval, vrau, vrau, vrau, vrau
Sem calendário, não tem horário
Vivo todo dia como fosse aniversário. - Soph cantou subindo na cama.

-Ela se envolve com força pois sabe que tem, tem, tem
Vira de costa e rebola pra mim, vem, vem, vem
Ela se envolve com força pois sabe que tem, tem, tem
Vira de costa e rebola pra mim, vem, vem, vem
Garrafa de vinho tá na mesa
E hoje tu vem de sobremesa, minha princesa
Garrafa de uísque, um balde de gelo
Me empresa um cigarro que eu já tenho o isqueiro
Garrafa de uísque, um balde de gelo
Me empresa um cigarro que eu já tenho o isqueiro. - Isa cantou colocando algumas roupas nos cabides.

Amor Bandido Onde as histórias ganham vida. Descobre agora