- Eu tô sobre efeito de três remédios diferentes, já você não. - falei e ele me olhou.

- Na verdade, os remédios não mexem com tua mente, você só tentou dar uma desculpa, mas não colou. - falou e eu suspirei. - Sério, desculpa por aquilo. - pediu e eu assenti.

- Tô de boa. - respondi dando de ombros, ele sorriu e me beijou de novo, o olhei séria.

- Atitude.  - falou e eu continuei olhar pra ele, depois acabei rindo, ele me deu um selinho e eu levantei uma sobrancelha.

- Você ainda tá com a...- ele me cortou.

- Ninguém. - completou e eu levantei mais a sobrancelha. - Terminei com ela ontem. - falou dando de ombros.

Por fora eu tô normalzinha, por dentro tá tendo a festa do século, mesmo.

- Ela tá grávida, seu jumento. - falei e ele me olhou.

- Eu larguei a Valéria, não meu filho. - respondeu me olhando. - Ah se tem uma coisa que eu nunca vou fazer é Tiffany ou Yuri passar pelo que eu passei e antes de falar qualquer coisa, eu sei que meu pai fez aquilo pra tentar me proteger, e não culpo ele mais por isso. - falou e eu dei de ombros.

- Não ia falar nada. - respondi e ele sorriu me beijando de novo.

Sorri entre o beijo e devolvi. Mas que momentinho mais ITI MALIA e ao mesmo tempo tão CREIO EM DEUS PAI. Senti a intensidade do beijo aumentar e nos separei. Ele me puxou para seu peito, eu coloquei minha perna em cima dele e ele passou o braço pela minha cintura.

- Eu tô com sono. - falei bocejando.

- Dorme, então. - falou começando a fazer cafuné em mim, sorri de lado e me aconcheguei mais.

Flashback

Ele destrancou a porta e entrou me levando. Me segurei para não cair e Digory me colocou no sofá, ele voltou e encostou a porta, ele me pegou de novo e subiu as escadas, parou em frente o meu quarto e abriu a porta. Ele foi caminhando até o banheiro e eu segurei na porta.

- Você tem que banhar. - falou e eu neguei.

- Vai que você faça o que o homem lá fora não fez. - falei segurando mais forte.

- Cara, se tem uma coisa que eu nunca vou fazer com você é te estuprar. - falou e eu continuei me segurando. - Te deixo no box e você banha. - falou e eu pensei por um tempo, depois soltei a porta. Ele me colocou no box e ligou o chuveiro, depois saiu. Fiquei parada mas logo tomei meu banho e depois me enrolei na toalha. Saí do box e fiquei parada no tapete.

- Tá aí? - Digory perguntou batendo na porta, abri a porta e peguei um pijama no guarda-roupa, voltei para o banheiro e me vesti.

Saí e Digory tava em pé perto do guarda-roupa. Me deitei e me embrulho com o lençol. Digory abre a porta mas eu o chamo.

- Digory. - o chamo e ele olha. - Não vai.- pedi e ele sorriu de lado voltando.

- Vou pegar um remédio e ir banhar. - falou e eu assenti.

Ele saiu e eu me sentei na cama.

Não sei do que eu vou me arrepender mais amanhã, se é de ter bebido tanto, de ter entrado naquele beco, ou ter feito o que acabei de fazer. Mas beleza, agora eu tô loucona e não tem mais volta.

Coloquei as mãos na cabeça e fiquei pensando o que seria de mim uma hora dessas, se o cuzão não tivesse aparecido lá.

Tava tão perdida nos meus pensamentos que nem vi quando Digory entrou no quarto, se abaixou na minha frente e levantou minha cabeça.

- Você não pode ficar pensando nisso o tempo todo. - falou me dando um copo de água e um comprimido. Engoli o comprimido e tomei um gole de água. Ele se levantou e entrou no banheiro, eu continuei do jeito que tava, se eu me mexer, acho que é capaz de vomitar o piso do quarto todo. Fiquei mais um tempo daquele jeito e me ajeitei na cama, tava me embrulhando quando Digory sai do banheiro.

Ele se ajeitou e eu continuei do jeito que tava, Digory me puxou para seu peito e ficou mexendo no meu cabelo. Tava quase dormindo quando ele fala:

- Desculpa. - falou e eu o olhei.

- Pelo que? - perguntei voltando a olhar para a cama.

- Por tudo. - falou e parou por um tempo. - pelas coisas de anos atrás e pelas coisas de atualmente. - falou e suspirou. - Eu sei que foi errado o que eu fiz, naquela época, me arrependo daquilo. - falou e eu ri.

- Você sabe que quando eu acordar Não vou me lembrar de exatamente nada que tá acontecendo aqui né? - perguntei e ele assentiu. - Mas sabe, antes eu pensava nisso. Pensava assim "Eu sou uma mina mó firmeza, sou legal e caralho eu sou muito daora, não entendo como alguém me troca por uma desgraça chata daquelas. - falei e ele riu. - Mas aí eu me lembrei dos bilhões de pessoas que existem no mundo e me lembrei que alguém ia me valorizar, ao contrário de você. - falei e fiquei um tempo em silêncio. - Você sabe que amanhã quando eu acordar não vou me lembrar de nada que tá aconteceu aqui né? - perguntei e ele assentiu.

- Mas eu sim. - respondeu voltando a mexer no meu cabelo.

Flashback

Sorri de lado e me embrulhei.

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