Capítulo 21 - Investigar

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"Eu não vou parar de procurar, Harry. Se quiseres podes ir embora mas eu vou continuar a investigar" disse num tom firme e voltei a levantar a tampa do meu macbook.

Harry suspirou e sentou-se ao meu lado. Já sabia que ele não me ia deixar sozinho. Assim que abri a décima página, os meus olhos ficaram com o dobro do tamanho e a minha boca ficou em forma de 'o'. Olhei para Harry e reparei que se encontrava no mesmo estado que eu.

No ínicio da página haviam duas fotografias. A primeira era de uma Carol sorridente e aparentava ter perto de 16 anos. Não foi essa foto que nos deixou chocados, foi a foto que estava ao lado. A segunda fotografia, mostrava uma rapariga deitada numa maca, manchas de sangue no lençól que a embrulhava e tinha uma mascara que lhe proporcionava oxigénio. Decidi que o melhor era ler a notícia.

Rapariga de 16 anos quase morre após ter caído em cima de uma mesa de vidro

Carolina Magalhães, rapariga de 16 anos, foi encontrada inconsciente, rodeada pelo seu próprio sangue e por pedaços de vidro, no meio da sua sala de estar. O 112 recebeu a chamada da sua irmã de 3 anos, Beatriz Magalhães, que se encontrava a dormir quando o acidente aconteceu e só acordou 1 hora depois do sucedido. Pelo que se sabe, o seu padrasto encontrava-se em casa nessa altura e saiu de casa sem chamar uma ambulância. Até agora ainda ninguém sabe onde ele está e as autoridades desconfiam que o padrasto da rapariga teve alguma coisa a ver com este infeliz incidente.

Um sentimento de raiva apoderou-se do meu corpo ao ler a parte do padrasto. As minhas mãos fecharam-se em forma de punhos e a minha respiração tornou-se pesada. Como é que ele pode ter saído de casa sem ter chamado uma ambulância? Ela ia morrendo devido á enorme quantidade de sangue que perdeu.

Senti uma mão colocar-se no meu ombro e o meu olhar caíu em Harry. Este possui tristeza no rosto depois de ter lido a notícia e eu compreendia-o.

"Tinhas razão, Liam. Ela está a esconder algo" afirmou Harry.

"Tenhos de descobrir o que aconteceu, Harry. Tu és amigo da Maria, pergunta-lhe" pedi

Harry tem falado muito com Maria por skype desde o jantar em que eu lhes apresentei a Carol. Eles tornaram-se bons amigos e eu sei que Harry tem bastante carinho por ela. Ao ínico achei um pouco esquisito, mas depois fiquei feliz por ele.

"Vou ver se ela está online e pergunto-lhe"

Abriu a aplicação do Skype e inseriu lá a sua conta. Procurou na sua lista de contactos e um sorriso formou-se nos seus lábios quando viu uma bolinha verde ao lado do nome Maria Mendes. Carregou no botão ligar e esperou que ela atendesse. Afastei-me da câmara pois não queria que ela soubesse que eu também estava presente.

Maria atendeu a chamada passado alguns segundos e a imagem de uma rapariga de olhos castanhos e olhos da mesma cor pareceu no ecrã. Maria esboçou um enorme sorriso assim que viu Harry e Harry retribiu o gesto.

"Olá, Harry. Há muito tempo que não ligavas" disse ela.

"Olá Maria. Peço desculpa por não te ter contactado, mas tenho estado ocupado com as coisas da banda"

Continuaram a falar sobre coisas bastantes desinteressantes, tal como, o que ela tinha feito nos últimos dias, a viagem que fez a casa de avós que viviam no Algarve e outra conversas que não ajudam a descobrir o que tinha acontecido com a Carol.

Lancei uma olhar como que a dizer a Harry para lhe perguntar e ele respirou fundo. Os meus dedos punham o cabelo para trás repetidamente devido ao nervosismo que estava a sentir.

"Posso te fazer uma pergunta, Maria?" perguntou Harry e Maria assentiu com um sorriso "O que aconteceu para a Carol ficar com aquelas cicatrizes?"

No momento em que as palavras abandonaram a boca de Harry, o corpo de Maria ficou tenso e começou a mexer no seu cabelo com nervosismo. Eu aproximei-me mais do computador e esperei que ela começasse a falar.

"Uhm--Eu- Ela-" gaguejou e soube imediatamente que iria ouvir mais uma mentira acerca desse dia "Ela caiu de uma árvore quando era pequena e magoou-se gravemente" disse e desviou o seu olhar.

Levantei do sofá num ato brusco e dirigi-me á cozinha para beber um copo de água. Odeio não saber o que se passa. Odeio não poder ajudá-la. Mas o que eu odio mais nisto tudo, é o facto de ela não confiar em mim para me contar.

Achei que a melhor ideia era confrontá-la, por isso dirigi-me ao seu quarto e abri a porta com força. Parei no meio do quarto quando vi que Carol se encontrava deitada no chão perto da porta e estava a dormir. Aproximei-me dela, desta vez mais devagar, e ajoeilhei-me ao seu lado. No canto dos seus olhos encontravam-se algumas lágrimas e eu limpei-as com delicadeza. Coloquei uma mão por baixo do seu pescoço, outra por detrás dos seus joelhos e tranportei-a até á cama em forma de noiva. Quando alcancei a sua cama estilo de princesa, deitei-a por cima da coberta e coloquei uma manta a cobrir o seu delicado corpo.

Sentei-me ao seu lado e observei a sua beleza. Afastei um bocado do seu cabelo castanho e coloquei-o atrás da sua orelha.

"Eu queria tanto que confiasses em mim, Carol" disse enquanto remexia no seu sedoso cabelo castanho "Nem sabes o quanto me magoa ver-te tão infeliz. Tu não sabes, mas sempre que a Sophia não está cá eu passo a noite ao teu lado. Tu estás sempre a ter pesadelos e eu sussurro palavras confortantes ao teu ouvido para te acalmar. Envolvo os meus braços em tua volta para te fazer sentir protegida e deixo-te leves beijos no cabelo para te fazer sentir melhor. Eu perderia uma noite inteira mesmo que no dia seguinte tivesse um concerto, só para transformar os teus pesadelos em sonhos cor-de-rosa"

Aproximei o meu rosto do dela, e os meus lábios tocaram nos seus lábios suaves num beijo delicado "Eu gosto tanto de ti, Carol" os meus lábios deixaram os seus lábios e tocaram na sua testa.

Levantei-me da cama e ajeitei a manta que a cobria. Observei-a mais uma vez e saí do quarto. Harry encontrava-se junto á porta e lançou-me um sorriso fraco.

"Ouviste o que lhe disse?" perguntei. Ele assentiu e eu dirigi-me á sala. Sentei-me no sofá e liguei a televisão. Harry sentou-se ao meu lado e eu pus um filme.

Já estavamos a meio do filme, quando ouço alguém a bater á porta. Levantei-me do sofá e dirigi-me á porta. Assim que a abri e vi quem é que tinha interrompido o filme, o meu olhar tornou-se duro e fiquei bastante zangado.

"O que é que estás a fazer aqui?" 

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Olá queridos leitores :) Peço imensa desculpa pela demora, estava sem imaginação para escrever e queria que este capítulo ficasse bom.

O que acharm do discurso que o Liam fez á Carol enquanto ela dormia?Quem é que será que bateu á porta?

Deixem as vossas opiniões sobre o capítulo :3

A pessoa que acertar quem é que bateu á porta recebe uma dedicação. Se houver mais que uma resposta certa, escolho quem disse primeiro.

Já agora, leiam a minha nova fic Snow.

Por favor votem e comentem...

Kisses, Ana <3

A Time to Love // L.P.(parada)Where stories live. Discover now