Procurei a Emma por toda a universidade mas não a encontrei. Será que aconteceu alguma emergência e ela teve de se ir embora? Mesmo que isso tivesse acontecido ela teria avisado. Nós eramos suposto ir almoçar juntas.
Remexi toda a mala á procura do meu telemóvel mas não o estava a conseguir encontrar. Sentei-me num dos bancos de madeira e tentei lembrar-me onde é que o poderia ter deixado. A última vez que mexi nele foi em casa e quando estava a desligar o despertador. Suspirei. Não acredito que deixei o telemóvel em casa.
Levantei-me a comecei a caminhar para fora da universidade. Se a Emma já não está na universidade também não vou ficar aqui. Não queria nada almoçar em casa pois isso significava que teria de enfrentar Blake, por isso decidi almoçar sozinha no primeiro restaurante que visse.
Enquanto passava pelo parque, um casal que estava sentado num banco chamou-me á atenção. A rapariga loira estava a chorar e o rapaz, também loiro, tinha os seus braços em volta da rapariga no que parecia ser, uma forma de conforto. Aproximei-me e reparei que a rapariga se tratava de Emma. Mas quem é o rapaz que está com ela? E porque é que ela está a chorar?
"Emma?" disse com pouca confiança na voz. O seu olhar encontrou-se com o meu e consegui perceber que não estava á espera de me ver ali. O rapaz olhou também para mim e eu abri a boca em choque "Niall?"
Ele levantou-se e abraçou-me. Olhei por cima do seu ombro e vi que Emma também se tinha levantado. O seu rosto estava agora livre de vestígios de lágrimas e um sorriso forçado formou-se nos seus lábios.
"Porque é que estavas a chorar, Emma?" perguntei
"Por uma coisa muito infantil. A minha escritora preferida vem cá e eu não a vou poder ir vê-la" olhou para o chão e eu soube imediatamente que estava a mentir mas decidi não insistir, por agora.
Voltei a minha atenção para o rapaz de cabelos dourados e olhos azuis que se encontrava um pouco desconfortável. Ele reparou que eu o estava a observar e a levou a sua mão para trás do seu pescoço, um gesto que mostra nervosismo.
"Não devias estar a gravar? O Liam disse-me que vocês hoje iam gravar uma música nova" questionei um pouco desconfiada.
"Eu já gravei a minha parte por isso decidi vir dar um passeio. E durante o meu passeio encontrei a Emma"
Assenti apesar de achar isto tudo muito esquisito. A história que o Niall contou fazia sentido mas a de
Emma eu tinha a certeza que era mentira. Eu posso-a conhecer á pouco tempo, mas sei que ela não é o tipo de rapariga que choraria só por causa de não poder ir ver a sua escritora preferida.
"Ainda vamos almoçar?" ela abanou afirmativamente e eu sorri "Queres ir almoçar connosco, Niall?"
Ele pareceu pensar um bocado e depois assentiu. Caminhamos os três em passos lentos enquanto tentavamos encontrar um lugar para almoçar. Niall disse que conhecia um lugar e eu e Emma seguimos o caminho que ele nos disse.
Quando lá chegamos, haviam poucas pessoas e todas cumprimentaram Niall e disseram que estavam felizes por o voltar a ver. Apercebi-me nesse momento que Niall era um cliente frequente deste restaurante.
Sentámo-nos numa mesa junta á janela. Eu e Emma ficamos lado a lado e Niall sentou-se em frente a Emma. Um senhor que tinha um bigode engraçado e que aparentava ter 60 anos aproximou-se da nossa mesa. Cumprimentou-nos e depois perguntou o que nós queriamos para o almoço. Niall pediu o seu menu habitual para todos e eu fiquei curiosa para saber como seria o 'menu habitual'.
Olhei em minha volta e o meu olhar caíu numa família no fundo do restaurante. Era constituída por um casal e dois pequenos meninos. Um dos rapazes tinha cabelo castanho e outro tinha cabelo loiro. O menino de cabelo loiro estava a brincar com o irmão e os seus pais olhavam para eles com amor. A mãe agarrou no menino loiro e o pai agarrou no menino de cabelo castanho. Olharam um para o outro com um sorriso malicioso no rosto e depois começaram a fazer cócegas aos seus filhos.
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A Time to Love // L.P.(parada)
Fanfiction"Ela estava sempre a sorrir, mas o que a maior parte das pessoas não sabia, era que ela utilizava o sorriso para mostrar que estava tudo bem, quando na verdade, nunca esteve" ...
