- Resolveu procurar? - perguntei  com deboche e ela revirou os olhos.

- O que eu tenho para falar é importante, Morena. - falou me olhando e eu assenti me sentando.

- Então diga. - falei e ela suspirou começando.

- Tenho certeza que você percebeu que a gente não anda muito bem. - falou e eu assenti. - Não queria que isso acontecesse, tenho certeza que você também não. Não nos falamos e muito menos agimos como antes, nós éramos inseparáveis. - falou e deu um sorriso de lado. - Mas agora eu não preciso mais esconder o que eu quero falar há duas semanas. Tenho duas opções. - falou e eu escutei atenta. - Ou tudo volta ao normal, ou tchau, tchau. Não queria chegar a esse ponto, mas isso não sai da minha cabeça. - falou e eu pensei por um tempo.

- Agora eu que te pergunto, o que você decide? Porque foi você que se distanciou, você que parou de falar como antes, não foi eu. Eu tava lá, do teu lado, mas você saía do lugar quando eu chegava, então...e aí, Bianca, duas opções. Ou tudo volta ao normal, ou tchau, tchau. - repeti o que ela falou.

- A culpa não é só minha também, você poderia insistir. - falou e eu ri.

- Eu não insisto, Bianca. Se uma pessoa quer alguém na sua vida, ela te coloca lá, você não precisa correr atrás e ficar mendigando afeto. - falei e ela assentiu.

- Beleza. - falou e eu me calcei.

- Beleza. - falei e saí.

Fui para casa e me joguei no sofá. Fiquei mexendo no celular até ver uma notificação. Publicação da Bianca.

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Fala das putas, mas você é igual, querida🌝

Thais Tavares: Que?


×××

Essa foi a gota d'água. Me levantei e saí de casa rápido. Abri a porta com força e Bianca me olhou.

Joguei ela na parece com força para ela não saí.

- Na internet é fácil falar, agora repete na minha cara. - falei e ela sorriu.

- Tenho coragem de falar lá, aqui e até em cima de palco. A verdade dói, fazer o que. - falou e eu dei um tapa nela.

- Ainda tô esperando. - falei e ela sorriu.

- Tenho outras aqui, mas já que você quer que eu repita aquela, beleza. Você, Andressa, fala das putas, mas é igual a elas, ficando com gente que já tá com alguém. - falou e eu dei outro tapa nela, mas agora ela revida me dando um também, depois tenta sair de casa, mas eu puxo ela pela blusa e nós caímos no chão.

Dei um soco nela e me levantei.

- Aprende a brigar, porra. Só puxa cabelo. - falei e ela sorriu me dando uma rasteira. Voltamos com os tapas, mas agora eu batia bem mais nela.

Menor e FP me puxaram e um vapor pegou Bianca.

- Que merda tá acontecendo com vocês? - FP perguntou quando eu tentei me soltar.

- Essa desgraçada aí vindo me bater. - falou e eu ri.

- Como é que é? Cê me chama de puta E QUER QUE EU FIQUE QUIETA?

- É, quando você aprender a brigar de verdade, vem falar comigo. - falou e eu gargalhei.

- Como? Cê só sabe puxar cabelo, fia. - falei e ela se soltou do vapor. Até porque todos sabem que só a Bianca tava apanhando.

- Pois bem. - falou me dando um tapa e depois indo para perto do vapor de novo.

- SE NÃO TEM CORAGEM DE MORDER, BIANCA, NÃO ROSNA. - gritei e ela riu.

- Tenho coragem, mas não gosto de bater em bosta. - falou e FP me segurou mais forte.

- EU ATÉ IA DISCUTIR COM VOCÊ, MAS AÍ CÊ IA COMEÇAR A LATIR E EU NÃO IA ENTENDER NADA. - gritei e as pessoas que estavam vendo a gente gritaram.

- OWWWWWWW.

- Melhor ser cachorra, como você tá me chamando, do que ser a desgraça que ninguém suporta e quer por perto, como você é. Ah, e me diz uma coisa, você não era a que tinha nojo de traição? Como assim? Não é você que tá fazendo o amiginho Digory trair a Valéria? - falou e eu explodi ali, mano, FP e Menor tentaram me segurar, mas eu fui com tanta força pra cima da Bianca, que ninguém conseguiu me segurar.

Para mim, o tempo tinha parado, eu só via meus socos na Bianca e ouvia as pessoas gritarem.

Eu fazia isso, mas uma coisa dentro de mim, mandava eu parar, e foi o que eu fiz. Me levantei e olhei ao redor.

- FALA NA CARA, PORQUE NAS COSTAS "NOIS" FAZ É MASSAGEM. - gritei e fui para casa.

Entrei em casa e tranquei a porta, fui para o banheiro e entrei no chuveiro, de roupa mesmo. Senti as lágrimas grossas rolarem pelo meu rosto e soltei um soluço enquanto tirava o sangue das minhas mãos.

Fiquei mais ou menos meia hora no chuveiro, saí e tirei aquela roupa. Me enxuguei, coloquei uma lingerie branca, uma blusa grande e um short.

Me deitei na cama e me encolhi. Ouvi a campainha tocar e pensei em ir ou não, mas acabei indo.

Amor Bandido Onde as histórias ganham vida. Descobre agora