Capítulo 26 - A Origem

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Aleksander tomou-me pela mão e me guiou até o enorme banheiro. A banheira ainda não estava completamente cheia e enquanto terminava de encher Aleksander aproximou-se e me beijou, acariciando meu corpo como se eu fosse uma boneca de porcelana e pudesse partir a qualquer momento. Era uma sensação boa ser tocada daquela maneira por ele, com carinho e afeto. Tomou uma pequena distância para que pudesse me despir.

Primeiramente baixou minha calça jeans até meus tornozelos e beijou de leve minhas coxas, fazendo-me sentir uma fisgada numa região que já sentia falta de seu toque. Em seguida retirou lentamente minha calcinha, contornando o caminho de minhas pernas com a ponta dos dedos. Levantou-se e, com o olhar fixo no meu, abriu com calma cada botão de minha camisa xadrez, retirou-a delicadamente e jogou-a longe. Abriu meu sutiã com cuidado e enquanto deslizava suas alças para retirá-lo completamente beijou suavemente meus ombros e meu colo nu. Aquela demora deixou-me impaciente e ávida por mais. Fiz com que ele levantasse o rosto para mim e beijei-o demoradamente, como se aquele fosse nosso primeiro beijo. Aleksander enlaçou-me pela cintura e colou seu corpo ao meu.

- Acho que não poderemos seguir a diante com o plano das algemas... – informei-lhe olhando-o nos olhos e com a boca ainda colada a dele.

- Não tem importância... Teremos muito tempo para fazer isso... – umedeceu os lábios e me beijou novamente, dessa vez com mais desejo e involuntariamente abracei-o com um pouco mais de força, sentindo imediatamente uma pontada de dor em minha costela.

- Ai droga! – desvencilhei-me dele como efeito do reflexo – definitivamente abraços apertados demais são impossíveis! – observei tentando recuperar o fôlego. Será que aquela costela iria me incomodar para sempre? – pare de me olhar com essa cara de preocupação Alek! A culpa não foi sua! Fui eu que te agarrei – brinquei e ele sorriu – agora vamos entrar nessa banheira de uma vez e parar de drama! – ordenei ainda em tom de brincadeira.

Aleksander entrou primeiro e sentou-se para que eu me acomodasse a ele da maneira mais confortável possível. Enquanto ele fazia isso procurei um elástico que estava perdido no bolso de minha calça e prendi meus cabelos no topo da cabeça, não queria que eles molhassem. Havia conseguido deixá-los mais ondulados e não queria que estragassem ao entrar em contato com a água. Sentei-me vagarosamente, moldei meu corpo ao dele e recostei minha cabeça em seu peito. Aleksander abraçou-me carinhosamente e pousou os lábios sobre meus cabelos. Ficamos nessa posição, curtindo silêncio, por um bom tempo. Disseram-me uma vez que você tem certeza se ama alguém não quando é necessário encontrar um assunto novo para manter a conversa viva, mas quando o silêncio ao lado da pessoa torna-se confortável. Naquele momento finalmente entendi o significado.

Após alguns minutos, senti que Aleksander começava a relaxar e sua respiração foi ficando mais leve. Aparentemente estava quase dormindo na banheira, devia estar muito cansado.

- Quer que eu faça uma massagem em você? – perguntei antes que ele dormisse de uma vez.

- Não precisa querida... Assim está ótimo! – depositou um beijo em meus cabelos e acariciou meu corpo em baixo d'água. "Ah ele não está com tanto sono assim..." concluí.

- Você não sentia falta disso? De ter intimidade com outra pessoa? – quis saber curiosa, afinal se ele havia se fechado depois de Sofia era a primeira vez em anos que ele compartilhava momentos mais "amorosos" com alguém.

- No começo sim, mas depois de um tempo é normal se acostumar com a solidão. Acordar sozinho e etc...

- E você sente falta de ser um "lobo solitário"?

- Nem um pouco... – sussurrou em meu ouvido e mordiscou de leve minha orelha. "Ah não vou aguentar até esse banho terminar..." pensei maliciosamente.

LunarWhere stories live. Discover now