Capítulo 11 - Problemas

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Não pude conter um sorriso de satisfação assim que fechei a porta de meu apartamento. Sentia-me como uma adolescente que tivesse acabado de chegar do primeiro encontro com um garoto dos sonhos. Embora o encontro houvesse sido totalmente fora do convencional, havia sido especial para mim. Por um lado, tinha conseguido que Aleksander mudasse de ideia novamente sobre o rumo de nossa relação, parecia disposto a continuar com os pequenos encontros furtivos que só deveriam envolver sexo. Ainda era pouco, mas já era um começo. Por outro, e mais importante, ele havia me mostrado um lado seu que era novidade para mim. Apesar do pouco tempo que nos conhecíamos e trabalhávamos juntos, nunca me pareceu que ele não gostasse ou não se sentisse confortável com sua profissão. Ele é um homem extremamente habilidoso e inteligente quando o assunto é economia, parecia ter nascido para trabalhar com grandes negócios frente a uma empresa do porte da Lynx Enterprise.

Comecei a pensar a respeito das revelações que ele me havia feito no carro e compreendi, de certa forma, porque ele não conseguia contar para mim o que realmente ele era. Tive a impressão que o fardo daquela provável maldição era tão grande e excruciante e o havia feito renegar tantas coisas, que parecia impossível que ele o dividisse tudo com mais alguém. Talvez, de fato ele estivesse apenas tentando me proteger de algo terrível e que por mais que eu tentasse e me esforçasse nunca compreenderia. Nunca poderia entender ou sentir a aflição pela qual ele passa todas as noites de lua cheia. Quem sabe ele não fosse subjugado a essa transformação somente nesse período e porventura houvesse algum detalhe a mais que torne tudo isso ainda mais insuportável para ele. Essas eram apenas minhas observações com base no que eu havia visto e lido na internet. Não tinha certeza de nada, apenas esperava que um dia merecesse saber mais a respeito de sua vida.

Segui até o banheiro para me arrumar para dormir, precisava de um banho urgentemente. Minha pele estava pegajosa por causa do suor e ainda podia sentir o perfume de Aleksander impregnado em todo meu corpo, como se ele ainda estivesse colado a mim. Só de imaginá-lo ali comigo deixou-me excitada e torcia para que ele aparecesse em minha porta como na noite anterior e me tomasse de maneira selvagem. "Não, ele não irá fazer isso de novo. Acalme-se Daniela! Já está querendo demais!". Liguei a torneira e deixei que a água escoasse lentamente até preencher todo o volume da banheira, uma ducha não seria o suficiente para acalmar meus ânimos. Enquanto esperava meu banho ficar pronto, fui retirando minha roupa lentamente como se ele estivesse ali, me observando. Tomei o vestido em minhas mãos e cobri meu rosto com ele para inalar o perfume que tanto me inebriava, imaginando que cheirava seu pescoço, seus cabelos... Fiquei perdida em meio a muitas sensações e senti meu corpo corresponder rapidamente...

Coloquei o vestido de lado e joguei sais de banho na água até obter espuma. Prendi meus cabelos no topo da cabeça e entrei na água. O toque da água quente em minha pele fez com que eu me sentisse lânguida e fiquei mais excitada do que já estava. Fechei meus olhos e fantasiei Aleksander parado ao lado da banheira tirando sua roupa vagarosamente para que eu pudesse contemplar cada detalhe daquele corpo perfeito, sempre com seus olhos selvagens fixos em mim. Visualizei-o entrando na banheira e ajoelhando-se a fim de me tomar nos braços e me beijar vorazmente. Imaginei suas mãos hábeis acariciando todo meu corpo até que eu estivesse pronta... Agarrando minhas pernas com força e colocando-as em volta de sua cintura para que pudesse me preencher impetuosamente. Leves tremores de prazer percorriam meu corpo até que finalmente atingi um orgasmo.

Deixei-me ficar na banheira, ofegante e esperando que as batidas de meu coração diminuíssem. Era a primeira vez que conseguia satisfazer-me sozinha e me senta mais sensual do que nunca. Estava entrando em um novo mundo de percepções e emoções. Só poderia ter sido melhor se o próprio Aleksander estivesse ali, nada se comparava com a sensação de senti-lo completamente. Tinha esperança de que de fato ele considerasse um caso entre nós dois. Decidi que não iria mais pressioná-lo e esperaria uma nova oportunidade e então o deixaria querendo mais, até que ele me conhecesse melhor e se apaixonasse por mim. Parecia o melhor plano naquele momento, pois não conseguiria negar se ele quisesse me tomar novamente...

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