E ainda estou confuso

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As duas olharam para a porta. Clara não conseguia esconder sua raiva, principalmente depois de ver, que era uma mulher jovem que estava na porta, chamando ansiosa por Marina. A fotógrafa sorriu, e desceu da cama de Clara.

–Gi. – Marina sorriu e abraçou a mulher apertado, enquanto Clara se remexia de ciúmes na cama.

–Mari, fiquei tão aflita quando soube o que aconteceu. Meu Deus, você está bem? – Gisele sorria para a fotógrafa, passando a mão no rosto e corpo, para ter certeza de que Marina estava realmente bem.

–To sim. Foi um susto enorme, mas já passou. – Marina sorriu. Segurou o rosto de Gisele e deu dois beijos longos nas bochechas. – Graças a Clarinha aqui. – Marina apontou para Clara, que olhava séria para as duas.

–Ah sim, claro. Ouvi falar de você. – Gisele disse sorrindo. – Não tem como agradecer o que você fez pela minha prima, muito obrigada.

–Prima? – Clara perguntou olhando de Gisele para Marina, que abria um sorriso enorme.

–É Clarinha, a Gi é minha prima. – Marina se aproximou da cama, trazendo a prima pela mão. – Que bom que você só prestou atenção nisso.

–O que? Não, eu ouvi tudo. – Clara sorriu sem jeito. – Imagina, não foi nada, e além do mais, a Marina também ajudou.

–Você diz isso só pra inflar o ego dela né? Porque a Marina, nem pra matar uma formiga, imagina lutar pra fugir de sequestradores. – Gisele falou rindo.

–Nossa priminha, agora você acabou com a minha moral.

–A situação faz com que a força apareça, Gi. A Marina foi muito corajosa. – Clara olhou para a fotógrafa quando falou, e seus olhares se encontraram.

–Eu vou...pegar um café, e deixar vocês terminarem o que estavam fazendo antes. – Gisele disse rindo, deu um beijo no rosto de Marina e saiu do quarto.

–Engraçado, você não tem cara. – Marina sorriu para Clara, voltando a sentar na cama próxima a ela.

–Cara de que? – Clara abraçou a cintura de Marina, fazendo ela sentar em suas pernas.

–De ciumenta. – Marina passou os braços pelo pescoço de Clara.

–Mas eu sou. Não gosto de dividir o que é meu. – Clara disse olhando para a fotógrafa.

–Não sou sua. – Marina sorriu.

–Ainda. – Clara aproximou seus lábios de Marina.

–Convencida.

–Realista. – Clara sorriu e mordiscou o lábio inferior da fotógrafa.

–Sra Fernandes. – A enfermeira entrou no quarto. – O que vocês estão fazendo, isso é um hospital, sras por favor. – A enfermeira parou olhando séria para as duas. Clara bufou pela segunda interrupção, e Marina sorriu sapeca.

–Desculpa. – A fotógrafa falou para a enfermeira e desceu do colo de Clara. A enfermeira se aproximou da cama, ainda com cara feia. – Vou pro meu quarto Clarinha, logo a gente deve ganhar alta daqui.

–Tomara, por mais que eu gosto de uma cama, essa não é bem o meu estilo. – Clara respondeu ignorando a enfermeira que começava a preparar seus medicamentos.

–Srta por favor, pode se retirar. – A enfermeira disse para Marina em um inglês furioso.

–Só um momento, eu tenho que fazer isso. – Clara puxou Marina pelo braço, uma mão foi até a nuca da fotógrafa enquanto seus lábios beijavam com urgência a boca de Marina. A enfermeira brigou com as duas de novo, mas dessa vez elas ignoraram. As mãos de Marina subiram para o rosto de Clara, e o beijo urgente ficou calmo. A língua da morena pediu passagem, e a fotógrafa cedeu. As línguas se exploravam, se conheciam, as salivas se misturavam. Marina sentiu uma mão em seu ombro, e parou o beijo. Sorriu para Clara, e virou-se para a enfermeira que estava atrás dela.

Quase Sem QuererOnde as histórias ganham vida. Descobre agora