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Um vestido vermelho longo, decotado e com brilhos espalhados por todo ele, realçava a beleza estonteante de Dulce. Sua maquiagem era natural, deixando amostra sua beleza, porém seu batom era vermelho, realçando seus lábios.

Era exatamente 20 horas e 21 minutos, ela se encontrava no seu quarto e estava retocando os últimos detalhes. Dulce olhava para o espelho, analisava sua beleza que, por sinal, ela não enxergava, estava perdida nos seus pensamentos até escutar a fala de Joana:

— Mantenha a postura, Dulce — Joana disse.

— Já repetiu isso trinta vezes, Joana. Tenha calma, já estou começando a me habituar com esse negócio de fingimento, mesmo que eu não queira, as pessoas que me rodeiam são assim fingidas e eu sou obrigada a agir da mesma forma, mesmo que eu odeie isso.

Sebastian invadiu o quarto, que estava com a porta aberta.

— Vamos? — ele exclamou e Dulce simplesmente não respondeu, não ia perder sua saliva com ele. Afinal, não ia fazer uma mínima diferença — Não esqueça, me trate da mesma forma como no dia da entrevista, fique sempre ao meu lado na festa, fale poucas palavras, entendido? — Dulce balançou a cabeça positivamente, como um cachorrinho obediente.

O mordomo abriu a grandiosa porta e Sebastian guiou Dulce até o banco de passageiro sentando-se ao seu lado na limusine preta. Sebastian ficou uma distância segura de Dulce e o motorista seguiu seu caminho.

— Sebastian! — um homem alto, gordo e acompanhado por uma mulher linda chamou, aquele homem era desconhecido para Dulce, mas não para Sebastian

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— Sebastian! — um homem alto, gordo e acompanhado por uma mulher linda chamou, aquele homem era desconhecido para Dulce, mas não para Sebastian.

— Ana! Jonas! — disse Sebastian parecendo alegre.

— Como vai a vida de casado meu amigo? — perguntou Jonas com um sorrisinho.

— Até agora tranquila, Du é uma pessoa super calma, só ela para aguentar meu temperamento — Sebastian disse puxando Dulce para mais perto de si pela cintura e beijando o topo da sua cabeça — gostou do nosso casamento Ana?

— Muito, tudo estava belíssimo — Ana disse e logo em seguida olhou para Dulce a analisando — Como ela pode ficar mais bonita não usando aquele vestido de noiva?

— Você não imagina o quanto mais bonita ela pode ficar — Sebastian disse e Jonas sorriu.

— Como conheceu Bash, Jonas? — Dulce se atreveu a perguntar, ela estava curiosa.

— Eu, ele e Ana fizemos faculdade de administração, éramos como carne e osso — disse Jonas sorrindo — Mas agora temos que ir Sebastian e Dulce, temos que falar com o Alexandre sobre os negócios, até breve.

Jonas deu um breve abraço em Sebastian e em Dulce e Ana também, mas antes que o abraço fosse desfeito, Ana disse no ouvido de Dulce:

—Aprenda a jogar o jogo dele, sei o quanto ele pode ser idiota, mas ele já passou por muitas coisas — ela disse sumindo logo em seguida.

— Gostei deles — ela disse depois que eles saíram.

— A cala a boca — ele disse ríspido.

— Panaca — ela vociferou baixinho.

Sebastian sentou-se na cadeira que tinha seu nome, a mesa estava cheia de pessoas conversando, Dulce se sentia deslocada.

— Sente-se — disse Sebastian e Dulce o fez.

— Oi Sebastian, quanto tempo — uma mulher de vestido verde disse, com um sorriso insinuante.

— Olá, querida — Sebastian disse educado sorrindo para ela.

Eu mereço.

— Oi para você também — Dulce interviu olhando para ela com uma cara bem feia.

— Quem é essa? — ela perguntou para Sebastian sem me olhar.

— Quem eu sou? Sou a mulher dele — disse levantando sua mão e mostrando sua aliança de diamante.

— Não sabia que tinha casado — ela falou para ele ainda sem dar atenção para Dulce.

— Ou você não ler jornal, ou é burra mesmo — disse Dulce e Sebastian sorriu.

— Eu não estou falando com você — ela disse revirando os olhos.

— Sejamos claros, você estar dando em cima do meu marido, sendo assim, não preciso da sua permissão para me direcionar a você.

— Não estou dando em cima do seu marido — afirmou, agora a olhando.

— Pois não é o que parece — disse por fim.

— Chega meninas — falou e elas se calaram. — Ciúmes — Sebastian afirmou no seu ouvido. — Hoje eu sou todo seu, não se preocupe.

Ciúmes? Não mesmo. Dulce agora estava com vergonha, por que ela tinha feito isso?

Envergonhada procurou olhar para as pessoas a sua volta, as analisando minuciosamente, se impressionou como elas eram tolas, faziam de tudo para ter dinheiro, como se isso fosse tudo.

Ela mesma, tinha um pai que era um dos homens mais ricos da Argentina e um marido quase no mesmo patamar, mas não tinha a felicidade, não era livre, não tinha amor. Seus pensamentos se desfizeram ao sentir a mão de Sebastian na acariciar sua coxa, isso não fazia parte do acordo.

— Cuidado para não se sufocar com isso tudo que você finge não sentir — Sebastian disse sem olhar em seus olhos.

Sentir o que? Dulce definitivamente não sentia nada, só nojo.

— Sebastian — ele a olhou. — Você tem que parar com isso, eu não sou sua marionete, isso entre a gente é um contrato, eu não sinto nada por você.

Ele soltou um sorriso nasal e disse:

— Isso é o que você pensa, mas eu sei que você morreria por mim.

É, ele tinha razão, talvez agora ela não morresse por ele, mas definidamente no futuro ela morreria. 

Em Um Cativeiro ®Where stories live. Discover now