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A nuca de Dulce doía, latejava, uma dor incessante, uma dor que a deixava tonta e que não permitia que ela abrisse os olhos, ela sabia vagamente o que acontecia, mas logo desmaiava novamente, ela estava atordoada e preocupada com Maria e também não tinha certeza se sua governanta tinha morrido realmente, mesmo que ela tenha visto o sangue, mas isso não significa nada, não significa que ela morreu, era isso que Dulce queria acreditar nos intervalos de desmaios, queria acreditar que poderia ser feliz novamente.

Por que simplesmente não desistia dessa loucura? Não me entendam mal meus leitores, mas é que é tanta persistência para uma pessoa só, tantos tombos e tropeços, mas Dulce não desistia, quer porque quer ser livre. Eu sei, eu sei, ela tem que lutar mesmo, tem que tentar, mas ela só pode lutar até o momento em que não prejudicará as pessoas ao seu redor, somente a si mesma. Mas foi o que ela não fez, Dulce foi egoísta com Maria, a sua segunda mãe morreu também, morreu por Dulce, para fazer seus gostos, mas se pelo menos Dulce tivesse fugido, porém a morte de Maria não serviu pra nada, só fez piorar ainda mais, trouxe sofrimento e dor para o coração sofrido de Dulce e o pobre guarda que morreu também, morreu por ajudá-la, Dulce se perguntava se ali não existia lei, se podia fazer tudo!

— Onde estou? — gaguejou a menina que tentava falar e abrir os olhos há algum tempo.

A mulher que cuidava dela a algumas horas se assustou, ela não esperava que Dulce se acordasse tão rápido. Ela olhou para a menina pálida a sua frente, a mesma estava acabada, desleixada, suas roupas haviam sido trocadas há algum tempo pela moça que cuidava dela agora. A mulher corre até ela:

— Não fale por favor — a mulher disse colocando a mão nos lábios de Dulce delicadamente, acabou percebendo, com isso, que a boca da menina deitada a sua frente estava muito fria.

Ela está quase morrendo, pensou antes de correr para fora do quarto e pedir para uma empregada chamar imediatamente Jean ou Sebastian.

Ela tentou sentar Dulce, sem sucesso, já que a menina estava sem forças e zonza, a mulher que cuidava dela não sabia o que fazer, ela tinha dito que Dulce precisava de um médico, mas Jean disse que não era necessário e que tinha sido só uma pancada, não ia matá-la. A porta se abriu bruscamente com Sebastian adentrando o ambiente e gritando por um médico depois de perceber o estado de Dulce.

— Ela não pode morrer, agora! O plano vai por água abaixo, pelo menos o meu — Sebastian dissera para Jean que acabara de entrar no local — Onde você estava com a cabeça? Era só um médico. Você quer mesmo estragar nosso plano? Quer se livrar dela, tudo bem! A gente combinou de fazer isso no momento certo.

Uma mulher entrou no quarto correndo e se sentiu ao lado de Dulce a examinando e lhe injetando um remédio na veia.

— Eu coloquei algo na veia dela que pode fazer um efeito positivo — a serva disse.

— Como assim pode? Você é a médica aqui, tem que ter certeza — Sebastian disse indignado.

— Eu não sou médica, senhor. Eu somente já trabalhei para um médico e digo que ela pode ficar boa.

— Seu desgraçado, vai buscar um médico para Dulce — Sebastian disse voando em Jean, seu negócio não poderia morrer.

— Não podemos, você sabe disso — Jean afirmou antes de ver Sebastian fazer uma ligação ele sabia que ele ligava para um médico.

— Alô, é o médico David? — um minuto de silêncio se ouve até Sebastian falar novamente — Você poderia vir até a mansão Rodríguez o mais rápido possível? Temos uma emergência, Dulce Rodríguez está abeira da morte.  

  

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