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O dia naquela manhã estava ensolarado e o clima estava muito quente, os preparativos para o casamento estavam muito acelerados. Afinal, o casamento era naquele dia, tudo tinha que ser perfeito, a imagem de Sebastian e da família de Jean não podia se decair, o casamento tinha que ser o mais bombado de anos, dinheiro não era preocupação.

Sebastian parecia não ligar para o casamento, já Dulce estava nervosa e com medo, medo de que tudo o que ele havia falando no quarto há alguns dias atrás fosse mentira, medo de tudo ser de boca pra fora, só para ela se casar e depois ser inteiramente dele, ela tinha razão.

Ninguém conhecia Sebastian o suficiente para saber se ele falava a verdade, pra saber se ele não abusaria da pobre Dulce.

Estava nervosa porque ia ficar na frente várias pessoas que nunca tinha visto, porque tinha medo de que tudo desse errado, naquele momento ela só não queria pagar um mico na frente de todos, queria estar perfeita, mostrar que poderia ser alguém na vida.

Já Maria corria de um lado para o outro falando com um empregado, ajeitando algo, gritando — na maioria das vezes—, enfim, ela parecia a noiva.

A única coisa que a noiva fazia era olhar e concordar, era o máximo que ela poderia fazer, estava casando a força e ainda tinha que opinar? De modo algum.

Ela estava cansada de tentar aprender falar inglês, era fácil, mas era confuso e ela tinha dedicado quase todas as horas do seu dia para aprender aquele idioma, ela não queria depender de Sebastian para se comunicar, queria falar fluentemente e viver sem depender dele, ela queria que ele não passasse de mais uma pessoa na vida dela, mas mal sabia ela que ele toda sua estrutura.

Enquanto, Dulce olhava pela a janela do segundo andar escutava-se os gritos de Maria vindos de dentro de um quarto qualquer.

— Dulce — Maria gritou no pé do ouvido de Dulce, que deu um pulo para trás assustada, colocando logo em seguida a mão no peito esquerdo — garota faz horas que eu grito por você, onde você anda com essa cabeça? Vamos — ela disse puxando Dulce para seu quarto — Você tem que vestir seu vestido de noiva, para que nós possamos fazer alguns ajustes — Maria disse eufórica e agitada, entrando dentro do quarto, nossa protagonista se deparou com cinco mulheres a esperando.

Isso tudo para vestir um vestido? Dulce se perguntou, mas quando viu o vestido entendeu o porquê, ele era incrivelmente grande, a definição perfeita para a palavra exagero.

Ao colocar o vestido de noiva e se olhou no espelho, no seu reflexo viu seu futuro indeterminado, vou sua vida sendo destruída, viu a vida infeliz que ela tinha, por que ela simplesmente não poderia ser feliz como qualquer outra pessoa? Por que tudo tinha que ser mais difícil para ela? As lágrimas caíram dos seus olhos e todos da sala, menos Maria, pesaram que aquelas lágrimas eram de emoção, mas não, todas aquelas lágrimas eram do mais puro desgosto e solidão.

Se minha mãe estivesse aqui nunca apoiaria isso, Dulce pensou e mais lágrimas derramaram de seus olhos, ela colocou a mão no rosto para tentar esconder sua dor e vergonha. Idiotas, idiotas, eles me pagam, ela grunhiu mentalmente.  

  

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