Capítulo 68

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Felipe: amor, já está quase na hora e você ainda nem se arrumou.

Eu: não é você que tem que arrumar uma criança- resmunguei.

Felipe: nossa, tudo bem estressadinha, estou lá embaixo te esperando- saiu do quarto.

Coloquei a tiara na cabeça da Isabela e sorrio contemplando o meu trabalho, ela estava com um vestido rosa com um laço na cintura, sua tiara tinha uma flor e seus sapatinhos são brancos com uma flor pequenininha.

Eu: AMOR- gritei. Logo ele estava na porta do quarto- fica com a Isa enquanto eu tomo banho.

Felipe: ok, vamos filha- pegou ela no colo.

Felipe saiu do quarto com a Isa conversando com ela como se ela estivesse entendendo tudo.

Vou no banheiro, e tiro minhas roupas, hoje é o aniversário de um ano do Rafa, o meu garotão é tão gordinho e fofo.

Entro no box ligando o registro do chuveiro, sinto a água descer pelo meu corpo me relaxando. Cuidar da Isa é um trabalho e tanto, mesmo sendo muito pequena ela é muito sapeca, mas não tem como ficar com raiva quando ela abre aquele sorrisinho de apenas um dente nascendo em baixo, o nascimento dela foi bem tranquilo, apesar da dor.

                   ***

Acordo sentindo uma pontada na barriga, me revirei na cama e logo as dores foi ficando mais intensas, já estava suando frio e um pouco pálida.

Eu: amor- cutuquei Felipe- amor acorda- sinto uma pontada forte- FELIPE ACORDA, ESTÁ NASCENDO.

Felipe: aí meu Deus, quem está nascendo?- deu um pulo da cama.

Eu: sua filha seu idiota- gemi de dor.

Felipe: calma amor, o que eu tenho que fazer agora?- perguntou para si mesmo andando em círculo.

Eu: vai pegar as bolsas.

Felipe: ah, claro, aguenta aí amor- saiu correndo do quarto.

Continuei me revirando na cama e falando todos os palavrões possíveis, nunca havia sentido tanta dor assim na vida.

Felipe: ok, bolsa, chaves do carro, estou indo- virou as costas saindo do quarto.

Eu: você não está esquecendo nada não?

Felipe: não, por que?- franziu o cenho.

Eu: VOCÊ ESTÁ ESQUECENDO DE MIM SEU IDIOTA- gritei irritada.

Felipe: aí meu Deus, claro.

Felipe veio em direção a cama e me pegou no colo saindo apressadamente, sinceramente, não sei como ele não caiu da escada.

Saímos de casa e Felipe me colocou no banco do passageiro, ele foi para o outro lado e se sentou no seu lugar.

Eu: vai logo Felipe- murmurei.

Felipe deu partida no carro e saiu praticamente voando, a cada minuto eu gritava algum palavrão fazendo Felipe acelerar ainda mais, se via o completo desespero em seu rosto.

A Patricinha e o Dono Do Morro Onde as histórias ganham vida. Descobre agora