Capítulo 14

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Fiquei até tarde naquele quiosque com Jack, mas já estava ficando tarde, tive que voltar para casa.

Entrei no meu apartamento e já fui jogando aquele salto em algum canto,  fui no meu quarto, me despi, entrei no banheiro e tomei um banho longo, quente e relaxante, saí e coloquei um conjunto de moletom cinza, me joguei na cama, e dormi.

...

Me acordo por conta própria, olho no celular e são 11:30, entro no banheiro, faço minha higiene matinal, tomo um banho, saio e coloco look na multimídia, faço um coque no cabelo e passo perfume, hoje é segunda feira, sério, bem que hoje poderia ser feriado. 

Meu celular começa a tocar e quando eu pego só falto cair para trás, olha, antes eu não acreditava em milagres, mas agora vou começar a rever meus conceitos, é isso mesmo produção? Meu pai está me ligando? Meu Deus, já prevejo o dilúvio.

Ligação on:

- alô?- atendi desconfiada.

- Manu?- escuto sua voz grossa do outro lado da linha. Meu coração acelera.

- lembrou que tem filha pai?- perguntei irônica.

- desculpa não ter te ligado antes, estava muito ocupado.

- durante cinco meses?- fingi está surpresa.

- estava muito atarefado, mas aí, está tudo bem com você? Necessita de alguma coisa?- revirei os olhos.

Eu: está tudo bem sim e eu não preciso de nada, quer dizer, preciso sim.

- pode falar minha princesinha- usou seu tom doce comigo.

- pai, esse meu iPhone 6 já está muito ultrapassado, daqui a pouco ele me abandona, compre um iPhone 7 para mim- fiz um bico mesmo sabendo que ele não vai ver.

- claro minha princesinha- yeah- vou mandar o dinheiro e você compra ok?- comecei a dá pulinhos.

Eu: ok paizinho, e como estão as coisas aí?- perguntei mais doce dessa vez.

- estão bem filha, Manu eu vou ter que desligar, te amo, beijos- se despediu.

- também te amo, tchau.

Ligação off

Sempre foi assim, meu pai sempre quis ocupar a ausência dele com presentes caros, e eu como não sou boba nem nada sempre me aproveitei, se ele pode me dá qual o problema né? Se ele não me dá amor me dá dinheiro pelo menos.

Fui na cozinha, coloquei aquela lasanha da Seara no microondas, já está virando costume comer essa lasanha, nem é tão ruim, não é a mesma coisa da feita em casa, mas dá para o gasto, depois de pronto coloquei em um prato e me sentei na bancada, comi tudo, peguei minhas chaves e entrei no elevador, cheguei no estacionamento, entrei no meu carro e fui em direção a universidade.

Logo já estava estacionando meu carro no estacionamento da universidade, cumprimentei algumas pessoas e entrei, Jack estava falando com Ágda, ela estava com um sorriso enorme no rosto, já o sorriso de Jack era mais vergonhoso.

Eu: boa tarde- cumprimentei me aproximando deles.

Jack: boa tarde dondoca- falou sorrindo.

Ágda: oi Manu- sorriu sem mostrar os dentes- agora eu tenho que ir, nos falamos depois- deu um selinho em Jack e saiu.

Eu: Jack e Ágda, Geovana e Bruno, é, eu nasci para ser vela- suspirei pesado.

Jack: você é vela porque quer, vários garotos aqui dariam um pé só para sair com você.

A Patricinha e o Dono Do Morro Onde as histórias ganham vida. Descobre agora