Capítulo 32

11.3K 497 186
                                    

Felipe veio para sala com uma bermuda, uma camisa verde, e os cabelos bagunçado, esse homem fica bonito até desarrumado? Respira Manu, você precisa se controlar, respira fundo.

Felipe: o que vamos almoçar?- se sentou no sofá.

Eu: lasanha- dei de ombros.

Felipe: você sabe que não pode- bufei.

Eu: então cozinha você, eu não sei fazer nada- falei impaciente.

Felipe: nem eu.

Eu: então aprende- falei óbvia.

Felipe: então vamos aprender juntos- olhou para mim.

Eu: já sei- dei um pulo do sofá- vamos na casa da dona Maria.

Felipe: quem?- franziu o cenho.

Eu: a vizinha daqui de cima, a gente vai lá como se não quisesse nada e fica para almoçar- sugerir animada.

Felipe: você vai na casa dos outros só para comer?- perguntou incrédulo.

Eu: claro que não- sim- ela é minha amiga, e eu nunca mais vi ela, eu mato dois carneiros com uma cajadada (talvez essa palavra não exista).

Felipe: só porque estou com fome- falou derrotado.

Eu: oba- bati palminhas.

Puxei Felipe e saímos do meu apartamento, fechei a porta e entramos no elevador, ele entrelaçou seus dedos no meu, eu olhei para cima para lhe fitar mas ele não prestava atenção, o elevador abriu e fomos até o apartamento da dona Maria, toquei a campanhia e ela abriu.

Maria: Manu- me abraçou- quanto tempo, por onde você se meteu?

Eu: estava no hospital.

Maria: ah, podem entrar- deu espaço e eu puxei Felipe- como assim no hospital?

Eu: eu passei mal, estou com anemia e com fome- talvez eu seja um pouco direta.

Maria: sentem aí, vou colocar comida para vocês, tem arroz, feijão e frango grelhado, e vou fazer salada- falou indo para cozinha.

Eu: não queremos incomodar- sorri falsa.

Maria: você nunca é um incômodo Manu, podem se sentar no sofá, aliás, como é seu nome?- se referiu a Felipe.

Felipe: Felipe.

Maria: meu nome é Maria, também conhecida como melhor amiga da Manu- se apresentou.

Eu: não liga, ela é assim mesmo- falei um pouco mais baixo.

Maria: Manu sua sem vergonha, está namorando e nem para me contar- falou mexendo em algumas panelas.

Eu: só somos amigos- expliquei.

Maria: amigos, sei, e o Jack? Nunca mais vi ele- olhou rapidamente para mim.

Eu: ele está com uns problemas na casa dele, falando nisso eu tenho que ligar para ele- me lembrei.

Maria: vou chamar ele no whatsapp.

Eu: olha, vovó moderna- falei rindo.

Maria: vovó meu ovo- levantou o dedo do meio.

Eu: o único que tem ovo aqui é o Felipe- rir mais ainda.

Felipe: nunca me senti tão constrangido- falou baixo.

Eu: relaxa, isso é normal no meu dia-a-dia- falei tocando no seu ombro.

Maria: vocês também querem que eu leve a comida aí? Daqui a pouco vão pedir para eu dá na boca- resmungou.

Eu: hoje a senhora está com o diabo no couro né?- perguntei debochada.

A Patricinha e o Dono Do Morro Onde as histórias ganham vida. Descobre agora