Capítulo 20

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Felipe on:

Laís: vem logo amor- falou correndo pelo parque.

Eu: eu estou ficando velhinho amor- falei me agachando ofegante.

Laís: assim não tem graça- veio em minha direção- você é o velhinho mais gostoso que existe- me levantei e lhe beijei.

Seus lábios são doces, nossas bocas tem um encaixe perfeito, giro ela no ar fazendo ela abrir um sorriso entre o beijo.

Eu: eu te amo- sussurrei com o lábio ainda encostado no seu.

Laís: também te amo- colou seu lábio no meu novamente.

Me acordo e percebo que só foi mais um sonho, ou melhor, só mais uma lembrança, me levanto, vou no banheiro e faço minha higiene matinal, tomo um banho longo e relaxante.

Saio e coloco uma bermuda jeans de lavagem clara, uma camisa branca da Adidas, coloco um boné para trás, e passo meu perfume, pego meu revólver e coloco na cintura.

Desço lá para baixo e encontro Samantha tomando café com seu uniforme para ir à escola.

Sam: resolveu madrugar?- perguntou me observando.

Eu: perdi o sono- me sentei na sua frente.

Coloco café na minha xícara que tem escrito "melhor irmão do mundo", a Sam me deu de dia dos pais, ela sempre me dá algum presente nessa época, pois ela diz que como não tem tantas lembranças do nosso pai materno eu sou como uma figura paterna na sua vida, mas ao mesmo tempo continuo sendo seu irmão. Pego uma bolacha no meio da mesa e coloco na boca.

Cleide: bom dia Felipe- nossa empregada cumprimentou.

Eu: bom dia Cleide.

Cleide foi uma das pessoas que mais me acolheu esse tempo todo, é uma das únicas pessoa que eu confio para cuidar da minha casa e da minha irmã.

Sam: eu já vou indo- limpou a boca.

Eu: eu quero ter uma conversa com você antes- me olhou de forma estranha.

Fiquei pensando sobre o que a Manuela disse, e já está na hora de falar sério com a Sam, ela já tem 15 anos, e eu não estou nem um pouco afim de ficar cuidando de bebê.

Sam: fala ué.

Eu: vamos lá para sala.

Me levantei sem deixar ela protestar e fui para sala me sentando no sofá, apontei para o lugar vago do meu lado e ela se sentou um pouco distante de mim.

Eu: você já tem 15 anos e a gente tem que falar sobre isso logo- ela arqueia uma sombrancelha- tu tá ligada que esse morro tá cheio de Zé ruela, e que eles só pensam naquilo né?- fui direto.

Sam: naquilo o que?- sorriu de lado.

Eu sei que ela sabe do que eu estou falando, mas ela gosta de me provocar, e quer que eu fale em voz alta. Tenho dúvida se ela é minha irmã ou é parente do capeta.

A Patricinha e o Dono Do Morro Onde as histórias ganham vida. Descobre agora