Capítulo 11

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Corro para o quarto entro no banheiro, tomo um banho bem demorado, me depilo, saio, me seco e coloco look na multimídia, passo base,  pó compacto, máscara de cílios,  delineador, e um batom rosa bem clarinho, não quero ficar muito exagerada, passo perfume, aproveito tiro uma foto e posto no Instagram.

@ManuGodoy

Para todos nós, todo o amor do mundo.

(Foto)

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***

Pego dinheiro e meu celular, a campanhia toca e eu vou atender, Geovana estava parada me esperando, ela usava um vestido soltinho com um casaquinho jeans claro por cima, uma bota com um salto baixo, seus cabelos estavam soltos e com babyliss.

Geo: uou, tá gata hein- falou me olhando de cima abaixo.

Eu: eu sei, você também não está nada mal- coloquei o cabelo atrás da orelha.

Geo: vamos logo.

Eu: vai ser de táxi?- perguntei saindo do apartamento.

Geo: óbvio, é crime dirigir alcoolizada- senti um pequeno dejavu.

Eu: a última vez que você falou isso fomos parar no morro do Alemão- falei cruzando os braços desconfiada.

Geo: eu já disse que não é nada na favela, confia em mim- falou impaciente.

Eu: tá bom- falei derrotada.

Geo: agora vamos, quero beber até o dia amanhecer- falou animada.

...

Chegamos na frente da balada e já tinha gente saindo totalmente bêbadas, entramos e caminhamos até o bar.

Geo: vamos lá no camarote- chamou apontando para cima.

Eu: mas aqui está legal- bebi um gole da minha bebida. Não é bem minha, estava no balcão e eu peguei.

Geo: mas lá a gente ganha bebida de graça- falou alto perto do meu ouvido. O som realmente está muito alto.

Eu: hãn?- perguntei sem entender.

Geo: sempre tem o "rei do camarote" que banca bebida para todo mundo- explicou revirando os olhos.

Eu: boa idéia, vamos subir- falei me levantando do banco. Nunca recusaria bebida grátis.

Subimos para o camarote e o povo estava tomando alguma bebida que tinha um fogo saindo da garrafa, aí que legal, eu quero um desse.

Bruno: você veio- abraçou Geovana e depois lhe beijou, espera, ela não disse que ele estaria aqui- oi Manuela.

Eu: oi Bruno- cumprimentei seca. Me chamem de antipática, eu não me importo.

Eu não vou com a cara desse garoto, não sei porque, mas não vou, deve ser porque ele roubou minha melhor amiga, sempre fui muito ciumenta, algumas pessoas encaram isso como um defeito, eu encaro como um extinto protetor.

Olho para aquelas pessoas coladas uma nas outras, tem umas meninas dançando de maneira estranha, que tipo de dança é essa? Quando percebo do meio da multidão saí o demônio da minha vida, o Lúcifer que me acompanha, vocês já sabem quem é né? Felipe. Quanto mais eu rezo mais assombração me aparece.

Geo: Lipe- correu e lhe abraçou. Desde quando eles são amigos?

Felipe: Geovana, está bonita hein, com todo respeito Brunin- sorriu se desfazendo do abraço.

A Patricinha e o Dono Do Morro Onde as histórias ganham vida. Descobre agora