Capítulo 12

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(Samantha na multimídia)

Opaaaa! Quem ela acha que é para falar assim comigo?

Felipe: eu coloco quem eu quiser aqui dentro, a casa é minha, cadê a educação que eu te dei?- brigou com ela. Parece até o pai da garota.

Xxx: tá no meu cú, ainda bem que falta pouco para eu ir embora daqui- falou com raiva.

Felipe: você só saí daqui por cima do meu cadáver- aumentou seu tom de voz.

Xxx: Felipe, um dia eu vou crescer- cruzou os braços.

Felipe: mas vai demorar muito minha linda- sério que eu estou presenciando essa briga?- ah, Manuela, essa é Samantha, minha irmã, e Samantha essa é Manuela, amiga da Geovana- nos apresentou. Ah, então eles são irmãos. Tudo faz mais sentido agora.

Samantha: patricinha? Nossa Felipe, você já ficou com coisa melhor- fez uma careta me olhando de cima abaixo.

Felipe: CHEGA- deu um murro na mesa- sobe para o quarto agora- falou autoritário e ela saiu batendo os pés- desculpa, ela só quer me proteger, não pense que é algo pessoal, ela faz isso com todas minhas namoradas.

Eu: mas eu não sou sua namorada- franzi o cenho.

Felipe: mas ela acha que é- não respondi mais nada encerrando o assunto por ali.

Começamos a comer e é incrível como o Felipe não larga o celular, sei que vou parecer meu pai agora, mas esses jovens de hoje em dia só ficam no celular, não vêem o mundo que tem aqui fora, não socializam, depois reclamam que não tem amigos.

Eu: o vício é grande né- comentei comendo um pedaço de torrada.

Felipe: só estava vendo algumas coisas no instragam- explicou guardando ele no bolso.

Eu: terminei, obrigado- falei limpando o canto da boca com o pano de prato.

Felipe: de nada.

Eu: onde está minha bolsa com meu celular e chaves?- perguntei me levantando.

Felipe: lá em cima, está encima da cômoda- falou sem se levantar, o que deu a entender que eu irei ter que ir buscar.

Eu: ok.

Subo as escadas e procuro ela encima da cômoda e não acho, abro a primeira gaveta e travo, minha bolsa está lá, mas não é a única coisa, tem um... revólver junto, UM REVÓLVER.

Felipe: Manuela, morreu aqui dentro foi?- apareceu na porta e olhou para a gaveta aberta.

Eu: por que você tem um revólver em casa?- perguntei ainda assustada.

Felipe: é preciso- dei um passo para trás.

Eu: obrigado mesmo, mas não dá para se falarmos, somos de mundos diferentes, você é... Um marginal- concluí ainda olhando para aquele revólver.

Felipe: não sei porque fui te ajudar,  você é uma patricinha mal agradecida, só sabe julgar os outros, saí da minha casa agora- falou aparentemente estressado.

Eu: pode deixar, eu não fico mais nenhum minuto aqui- peguei minha bolsa e saí do quarto.

Desci as escadas correndo, cheguei no meio da rua e legal, não sei onde eu estou, sei que é no morro, só não sei em que local do morro. Saí andando e entrei num tipo de lanchonete.

Eu: olá- falei para moça do balcão- a senhora sabe onde tem algum ponto de táxi?

Xxx: olha, não tem táxi aqui no morro, mas tem a moto táxi, se você quiser eu ligo e ele te deixa no ponto de táxi mais próximo- ofereceu.

A Patricinha e o Dono Do Morro Onde as histórias ganham vida. Descobre agora