Me acordo com meu despertador tocando, me levanto, vou no banheiro, faço minha higiene matinal, tomo um banho, saio e coloco look na multimídia, faço um rabo de cavalo, e uma maquiagem simples.
Vou na cozinha, pego torradas, geleia, suco, pão, queijo e começo a comer, termino, jogo as coisas suja dentro da pia, vou no quarto, pego minha mochila, jogo tudo dentro dela e saio do meu apartamento, entro no elevador e vejo uma senhora.
Eu: bom dia- cumprimentei por educação.
Xxx: boa tarde né- falou sorrindo.
Eu: que horas são?- perguntei confusa.
Xxx: 12:02- falou simpática.
Eu: aí meu Deus, já?- falei espantada.
Xxx: sim.
Eu: e eu achando que ia chegar adiantada na universidade- bufei me encostando na parede fria do elevador.
Xxx: você faz o que?- perguntou curiosa.
Eu: administração- dei de ombros.
Xxx: meu neto também faz, mas ele é do Sul- falou orgulhosa.
Eu: ele já está em que ano?- perguntei realmente interessada olhando para ela.
Xxx: ah, ele já está no último ano.
Eu: eu ainda estou no primeiro, vai demorar um pouco, nós seres humanos somos escravos, estudamos metade da nossa vida e trabalhamos na outra metade, e quando nos aposentamos já estamos cheios de doenças, aí não podemos mais curtir a vida- sim, eu sou estranha e fico desabafando sobre o mundo com outros estranhos.
Xxx: eu me arrependo de não ter estudado tanto, se vivo bem hoje é por causa da pensão do meu falecido marido - seu olhar se torna triste.
Eu: meus pêsames- falei sem saber como agir. Nunca sei o que fazer nessas situações.
Xxx: tudo bem, já faz alguns anos, quando tiver tempo vá no meu apartamento, meu nome é Maria, é o apartamento 1200- sorriu serenamente.
Eu: OK, meu nome é Manuela, mas pode me chamar de Manu- sorrir largamente para ela.
Maria: foi um prazer conhecê-la Manu, vá hoje ao anoitecer na minha casa, sei que seu dia será cheio- ela tem aquele sorriso acolhedor que as maiorias das vós tem. Uma fofa.
Eu: passarei sim, agora tenho que ir, tchau dona Maria- ajeitei minha bolsa.
Maria: tchau Manu- sorriu mais uma vez fazendo meu coração amolecer.
Saio do elevador e Dona Maria também, mas seguimos direções diferentes, entro no meu carro e vou em direção a faculdade.
Chego lá um pouco mais atrasada porque o trânsito resolveu não ajudar, estaciono o carro, logo as pessoas vem me bajular, sem muita paciência dou um sorriso sem mostrar os dentes e vou em direção a minha sala.
...
As aulas haviam acabado, estava indo em direção ao meu carro até ver uns caras espancando um garoto, sem pensar duas vezes vou na direção deles.
Eu: não é muito covardia todos vocês contra um cara só não?- perguntei colocando a mão na cintura.
Eles pararam e me encararam, eram quatros, todos eu já conhecia. São uns babacas como podem ver.
Jay: Pô Manu, vai defender o nerd?- Jay, um garoto que eu não sei onde conheci mas me lembro dele perguntou incrédulo.
Eu: sim, o que ele fez de mal a vocês? Nada, é melhor vocês irem embora antes que eu chame a polícia- ameacei.
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A Patricinha e o Dono Do Morro
Teen FictionManuela Godoy é aquela típica patricinha, doce, meiga e arrogante, desde muito nova teve que conviver com a solidão, com o quase abandono do pai e a morte da mãe só lhe restou sua melhor amiga Geovana. Manu tem aparentemente uma vida normal, mas uma...