A Patricinha e o Dono Do Morro

Capítulo 01

Me acordo com aquele despertador satânico tocando de forma escandalosa nos meus ouvidos.

Eu: droga.- murmurei desligando o mesmo.

Me levanto da cama quase me arrastando e vou para o banheiro, faço minha higiene matinal, tomo um banho, termino rápido já que não gosto muito de demorar no banheiro.

Saio do box e enrolo uma toalha no meu corpo e indo até o closet me vestir. Escolho uma calça jeans, uma blusa com as mangas até o antebraço branca cheio de corações, coloco um all star dourado e estou pronta, olho no meu celular e vejo que são 12:00 horas, sim, eu me acordei de 12:00 horas, me julguem. Arrumo meu cabelo deixando ele solto, passo pó, máscara de cílios e um batom nude, saio do quarto, vou na cozinha e coloco a lasanha congelada no microondas.

Espero o tempo passar e logo o apito do microondas soa por toda a cozinha, coloco a lasanha no prato, me sento na bancada e começo a comer, termino, pego a chave do carro em cima da mesinha de centro e saio do apartamento trancando a porta e entro no elevador.

Chego na garagem, entro no meu carro e saio. Incrivelmente o trânsito não está tão ruim e minutos depois já estou na frente da universidade, estaciono o carro e entro na mesma.

Geovana: ei morena.- escuto uma voz atrás de mim.

Eu: aí que susto Geovana, você não está atrasada?- pergunto colocando a mão na cintura.

Geovana: um pouco.- falou despreocupada.

Eu: então corre ué.- falei óbvia.

Geovana: vou está te esperando no estacionamento ok?- ela avisou.

Eu: ok.- assenti com a cabeça.

Geovana saiu correndo me deixando parada no meio do corredor. Geovana é aquele tipo de pessoa que só em abrir a boca te faz rir, ela é bissexual e por diversas vezes me dava cantadas, foi aí que nos tornamos amigas, foi depois de uma festa que a gente acabou ficando, aí começamos a conversar mas não rolou mais nada, só amizade mesmo.

Vou em direção a minha sala e como sempre chego em cima da hora, me sento e logo as aulas começam.

...

Geovana: estava transando com um garoto no banheiro né sua piranha?- ela falou alto assim que eu coloquei os pés no estacionamento me fazendo ficar envergonhada.

Eu: não sua louca, e fala baixo, estou ficando constrangida.- sussurrei andando mais rápido em sua direção.

Geovana: não precisa ficar bobinha, todo mundo aqui transa.- ela falou mais alto chamando atenção de alguns alunos.

Eu: entra no carro logo sua depravada.- falei desativando o alarme.

Geovana entrou no carro no banco do passageiro e eu sentei no meu assento do motorista, como de costume Geovana liga o rádio e coloca em uma música qualquer do momento. Ela também é aquele tipo de pessoa que tem um carro mas vai de carona só para ficar mexendo nas suas coisas.

Geovana: amiga, hoje tem uma festinha, quer ir?- ela perguntou olhando para mim.

Eu: aonde?- perguntei curiosa.

Geovana: não posso falar.- abriu um pequeno sorriso que ela só dá quando está aprontando.

Eu: por que não?- arqueio uma das minhas sombrancelhas.

Geovana: porque não.- bufo.- mas vamos, vai ser legal.- insistiu.

Eu: tá bom, de que horas?- perguntei derrotada.

Geovana: dez e meia eu passo no seu apartamento, agora chegou no meu ponto, tchau morena.- parei o carro em frente ao seu prédio.

Eu: tchau minha bi preferida.- ela me roubou um selinho e saiu do carro rindo.- SUA QUENGA.- gritei fazendo ela rir mais ainda.