Capítulo 49

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- Só isso? OK! - ele se vira e abre a porta. "Como assim só isso?"

- Não vai dizer nada? Vai só sair? - ele se vira e me encara.

- O que quer que eu diga Ada?

- Qualquer coisa, não sei... - digo abaixando a cabeça.

Me dou conta que ele chegou perto, ele segura meus braços e solto eles. Não olho para Faruk, mas sei que ele está próximo o suficiente para eu sentir seu cheiro.

Ele segura meu rosto e da um beijo em minha testa.

- A culpa não é sua Ada! É minha! Infelizmente eu tenho que conviver com a dor de perder minha mãe e pior ainda! Conviver com a dor de carregar os mortos que ficam para trás todas as vezes nesse mesmo dia! Já aprendi a lidar com isso... Olha para o céu! Ele está escuro, mas não está pior que os outros dias - sinto ele sorrir sobre minha cabeça, ele volta a me encarar - pare de se culpar pela minha desgraça! Eu não quero que carregue a minha dor... - seu olhar é preocupado.

- Eu... - "Como ele pode ser tão... Incrível!" - eu... não sei o que dizer...

- Tenho que voltar e recolher os corpos... - seu olhar carrega dor e tristeza. "Como ele consegui suportar tudo sozinho" - Tenta... Tenta não matar Alicia, OK! Eu agradeceria! Seria um bom pedido de desculpas. - seu sorriso é genuíno.

- Não prometo, mas sempre que estou prestes a matar ela, você aparece! Então automaticamente ela está segura. - Faruk lança um sorriso travesso e some como fumaça.

"Não quero me apaixonar! Não quero me apaixonar!"

O dia passa depressa e não vejo Faruk, também não saio do quarto, não quero dar de cara com Alicia, se isso acontecer vou querer arrebentar a cara dela. Sínica.

Louise trás meu jantar e sai do quarto rapidamente "alguém falou algo para ela, certeza!".

Como rapidamente e resolvo levar o prato na cozinha, caminho silenciosamente, olho em direção ao salão principal e escuto risadas, resolvo ignorar os olhares das fadas e seres alados e caminho com meu prato até uma porta que fica no canto do salão, olho pelo canto.

Sem chamar a atenção, noto Faruk sentado na ponta da mesa, ele está sorrindo junto com as outras fadas, ninfas e seres alados.

Sinto uma dor no peito, ele está se divertindo bastante. Ele usa um smoking e está usando a cartola "fazia tempo que não via ele com ela..." Observo a mesa toda e meu olhar cruza com o de Alicia.

Ela está me encarando enraivecida, me sinto envergonhada e creio que meu rosto está vermelho como pimentão.

Saio imediatamente e volto a caminhar para a cozinha, sinto um nó se formar na garganta e não consigo identificar o que estou sentindo. É como se tivessem pisado em mim com todas as forças do mundo. Suspiro.

Chego a cozinha e deixo o prato na pia, vejo todos os serviçais me olharem assustados.

- O que foi? Nunca me viram! - definitivamente meu humor está péssimo agora. Uma das serviçais me encara e responde.

- Majestade não deveria estar aqui! O guardião nos mata se souber que está aqui. - "oi? Por quê?"

- Por quê? - ela caminha até mim e está praticamente me empurrando para fora.

- A senhorita é a protegida dele, não deve ficar por aqui. - quando vejo já estou na porta da cozinha.

- Ele nem vai saber! Está ocupado agora... - ela nega com a cabeça.

- Ele sabe de tudo que a senhorita faz, então não podemos testar a paciência dele... - "ela tem medo dele! Por que? Ele não é esse monstro todo! Na maioria do tempo pelo menos!"

- Ele não sabe não! - bato o pé.

- Senhorita volte para seus aposentos antes que o senhor Faruk apareça. - reviro os olhos.

- Talvez eu queira que ele me veja aqui! - ela arregala os olhos.

- Senhorita por favor... - o olhar dela é repleto de medo - ele me castigaria...

Me sinto um pouco mal por querer causar raiva em Faruk e acabar prejudicando esta mulher.

- Já estou saindo - ergo os braços em rendição e caminho em direção ao meu quarto.

Passo ao lado do salão principal e sinto uma tristeza tremenda. Nunca tinha visto ele tão alegre e me sinto uma inútil sem valor.

Entro no quarto e fecho a porta, me deito e imagino que minha presença aqui não seja exatamente necessária, pois ele sorri com mais alegria longe de mim. Sinto um nó na minha garganta, mas não irei chorar.

Deito em minha cama e fecho os olhos, "o que está acontecendo comigo?"
Quero ir para casa, quero ver papai, quero ver Tessa, quero um amigo de verdade. Alguém que eu possa confiar e desabafar sobre esses problemas.

Resolvo tentar dormir e esquecer esses sentimentos que não sei identificar.

Adormeço

***

O livro logo logo chegará no fim... Não sei se vai mais quarenta capítulos, então peço para que deixem a opinião de vcs e quero abrir uma enquete neste momento...

Quero que me ajudem a escolher uma música que represente os dois, e queria que fossem vcs a escolher a música deles...

Comentem nessa frase! Os comentários dessa frase serão avaliados, irei escolher a música que mais tiver a ver ou a mais comentada! Conto com vcs meus amores...

Bjim ^_^

Faruk - Amando o Inimigo (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora