Capítulo 35 _ Encontro!

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Meu telefone tocou, era Brian.

_Oi! Brian? _eu respirei fundo, e me acalmei.

_Lenny, olá! Que bom ouvi-lo, estou feliz por ter retornado. Onde você esta?_ porque ele havia perguntado.

_No setor central, por quê?_ retruquei.

_Vou buscar você, estamos saindo da rádio _ fiquei surpreso.

_Espere Brian, estou perto de casa não precisa, eu só liguei para te dar a resposta _houve um silêncio.

_Não quer falar pessoalmente _ele insistiu.

_Pessoalmente ou não, a minha resposta é a mesma _eu disse.

_Lenny?..._Brian queria insisti, mas o interrompi.

_Brian, eu vou com você _ele se calou, depois sorriu alto, contente, e disse.

_ Sério, você vem? Estou surpreso. Você é um garoto esperto_ aquela ''criança'' achava que conseguia tudo que queria, pensei sondando aquele metido.

_Brian ouça, não a enganos entre nós dois, vamos nos encontrar, cada qual com as suas verdades, não pense que pode me tapear, não acho que tenha um lugar para mim ao seu lado, eu vou sair com você, simplesmente porque eu quero sair com você, não porque tenha me dobrado, ou esteja iludido com isso _expliquei sinceramente.

_ Fico feliz que tenha pensado assim, mas ainda sim quero fazer todo o ritual que eu prometi, vai ser legal, espero que goste... _ podia sentir sua excitação.

Eu tinha certeza que seria demais, me senti excitado só de pensar no corpo dele se apertando de novo contra o meu e finalizei.

_Amanhã no colégio nós combinamos onde será... _ ele me interrompeu.

_Onde você esta? Estou perto do centro, me diga e eu irei ai? _ insistiu.

Brian estava vindo me buscar, enquanto isto eu fui conversar com os rapazes artistas, eles explicaram que pintavam em uma comunidade carente na periferia, e expunham suas obras em telas, quadros, nos feirões de final de semana, além de terem um contrato com a prefeitura para repaginar à cidade e limparem toda a pichação, eles eram legais, tipo, hippies bacanas, vestimenta hippie style moderna adorei, combinei de ir visitá-los a qualquer hora dessas.

Duda pegou minha mão e me puxou para frente do mural e levantou o celular dele, ele queria guardar aquele trabalho registrado lá, ele procurava um lugar para que eu saísse melhor na foto.

Olhei para frente, o carro de Brian parou do lado, me preocupei, aliás, meu coração disparou, fiquei gelado. Por quê? Não sei, mas Duda não terminava com aquilo, continuava segurando a minha mão, então soltou e começou a tirar fotos, Brian saiu do carro dele, nos viu, estava usando óculos escuros, elegantíssimo sorriu e veio.

''Termina logo com isso cara, eu pensei''.

Eu já havia perdido a respiração, e os meninos perceberam que eu e Brian nos olhamos, ele parou de fotografar.

_Pronto? _perguntei e sai de perto dele _Eu já vou indo _sorri sem graça, eles também viram Brian caminhado para perto de nós.

_O granfino veio buscar você? _ Duda perguntou, eles não reconheceriam Brian, ele estava bem disfarçado.

_Sim! _eu sorri para Brian, e ele sorriu satisfeito, meu coração disparou, eu acho que perdi o centro quando o observei vir para mim, os meus olhos estavam brilhantes agora, o nosso encontro devia ter os seus encantos porque sempre que nos olhávamos estávamos descobertos.

Ainda estava lindo, mas usava um boné como disfarce, além dos óculos escuros, uma camiseta preta e uma calça de marfim, não se parecia com um pop star hoje.

Ele não demonstrou importar-se com o artista, chegou sorrindo mesmo me vendo tão perto daquele cara, Brian estava animado, feliz, depois cumprimentou todos educadamente, nos olhamos e sorrimos um para o outro, constrangidos, claro, nós havíamos nos aceitado de alguma forma, e este era o sorriso de cúmplices em seu primeiro encontro.

Ele olhou para a pintura e retirou os óculos, depois sinalizou se era eu.

_Sim, este é o Duda, resolveu me incluir na paisagem _expliquei empolgado.

Brian olhou para foto, percebi que ele estava tentado entender o contexto geral, e teve certa dificuldade de ser sincero, por não saber o que eu estava fazendo lá.

_O que posso dizer, ficou ótimo, o artista tem um bom gosto, mas qual motivo deste evento? _ Eles conversaram, Brian entendeu o acontecido _ Foi oportuno _analisou.

Mal podia acreditar que Brian estava lá, olhava para ele apaixonado, como uma criança cheia de mimos, que em breve seguiria um roteiro inerente ao lado dele, o gelo subiu pelo meu corpo, e um frio de expectativas me dominou.

Eu retirei o celular e pedi para que Brian tirasse uma foto de mim, ele também retirou o dele e nós tiramos uma foto juntos, ele me olhou diferente, nós nos olhamos envergonhados, então retirei os olhos dele, mas Brian levantou o meu queixo, eu fiquei vermelho quando ele me fez olhar de volta nos seus olhos, acho que lembramos de muita coisa, os caras se olharam estranhos, nós tiramos os olhos um do outro, deviam ter sacado que estávamos flertando, Brian tinha uma confiança invejável, e em momento algum demonstrou qualquer insegurança em relação a Duda, chegou como o maioral.

Duda se aproximou de mim, depois pediu o meu celular, não olhei para Brian por que o cara fora atrevido e pegou meu telefone antes de oferecer-lhe, ligou no numero dele, registrou meu numero no seu móvel, e me entregou agradecido, ''que atitude audaciosa pensei ''.

_Não esquece de aparecer no ateliê, pense no que te falei Lenny, você vai se encaixar perfeitamente em nosso trabalho_ ele sorriu e piscou para mim, Deus que lindo, mais um gato.

Brian fez uma careta estranha, depois sorriu surpreso, Duda era bom, ele percebeu o cara tinha os seus encantos, claro, ele não disse isso, quem iria conseguir decifrar qualquer reação diante dos sorrisos dele, Mepall era o mestre em se esconder atrás da sua aparência agradável, não revidou, não se importou, entendia o processo do encontro, eu por outro lado teria morrido de ciúmes dele.

Mas para mim foi constrangedor, parecia errado perto de Brian, mesmo assim agradeci o convite, Brian olhou para nós tranqüilo pronto para sairmos, mas como foi uma conversar de camaradagem, ninguém deu importância para.

_Vamos _Brian me pediu _ele se despediu dos artistas, eu me despedi deles.

Brian era muito cara de pau mostrou quem era, pegou minha mão como se fossemos namorados e me levou de lá, e para a minha surpresa, ele apertou-a com força e olhou para mim, minha cara de constrangimento, dois caras saindo em plena rua de mãos dadas, era muito cômico, para não dizer que eu fiquei vermelho, mas fiz de conta que estava tudo bem, aliás, minhas mãos percorriam o caminho dele sempre que nós nos encontrávamos.

Sorrimos um para o outro, eu dei a volta e entrei no carro, Brian ficou sério, ele parecia não ter gostado, porque Duda continuava olhando para nós, eu acenei para o cara e olhei para ele pela ultima vez.

_ Ele gostou de você? A duvida é, você gostou também? _ Brian colocou o cinto, eu também coloquei, sorri, claro o artista era lindo, mas realmente estas coisas passam despercebidas quando você esta apaixonado.

_Parecem promessas de um final feliz _ eu sorri e brinquei com ele.

_Quer descer? _ele sorriu desmerecendo-me, não achando engraçado agora, depois eu perguntei.

_Vai me deixar em casa? Ou me fazer descer? Se for, vá somente ate a estação _ pedi.

_Vamos dar uma volta _ não contestei iria segui-lo, observar, contar, ver Brian agir, somar quantos dias iriam ser.

Nós trocamos algumas idéias, falamos da pintura, ele achou muito legal também, aquele gato estava atraente, meu Deus, que cara gostoso, observá-lo dirigindo era excitante, ele falou dos meninos do grupo, e sobre aquela apresentação na TV, e as especulações sobre nós dois.

Meu Tipo Ideal # Degustação # Maya Gran _ Livro 1_ versão em pdf.Where stories live. Discover now