Cap 15 - "You can feel it on the way home''

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Trecho de "1989"

Polônia, 1989 – Sabado

Pov Janel Jancowski

Fiquei meses querendo que ele voltasse, e quando ele chegou meu coração foi na boca, porque eu estava guardando um segredo dele, eu agora fazia parte de um grupo contra o governo, e o mais conhecido.

A alegria de ver ele depois de meses foi tão grande, que pulei no colo dele quando o vi, sem ligar, para o fato, de que os meus pais estavam logo ali do lado.

Se é que é possível, ele estava mais bonito, muito mais forte, mas alguma coisa não estava certa, ele não estava bem, como se a cabeça dele estivesse em outro lugar, mas a minha também estava, porem, decidi perguntar, depois que estávamos na casa dele.

- Esta tudo bem com você?

- Esta sim, e você?

- Você não me parece bem, esta abatido.

- É só o cansaço da viagem, e passei tanto tempo longe, que estou precisando cair na real, de que estou de novo em casa.

- Estava tão bom assim, a ponto de você não querer voltar?

- Quem disse que eu não queria voltar? Era o que eu mais queria, é só que isso é surreal, como se isso aqui, fosse acabar a qualquer momento.

- Tem mais alguma viagem programada?

- Não, para mim. O presidente, esta com uma guarda nova para viagens agora.

- Entendi.

- Você também esta estranha, tem alguma coisa acontecendo?

- Ah não ser o de sempre? Não, não tem nada acontecendo.

- Certo, então estamos bem.

- Por que? Você quer terminar comigo?

- Não, e você quer?

- Não, eu não quero.

- Que bom, porque eu estava com saudades. - Falou ele me puxando para perto de si.

- Eu também. – falei.

...

- Você vai a onde amanhã Janel? – falou Henry entrando na sala, da minha casa.

- Há lugar nenhum.

- Eu escutei você falando com a sua mãe, você esta pretendendo ir no protesto amanhã?

- Henry...

- Eu não acredito, eu já deixei bem claro a minha opinião Janel, pelo amor de Deus, será possível que você não consegue perceber o quanto isso é errado?

- Errado? Errado Henry? Pelo amor de Deus, digo eu, esse país esta um desastre graças ao seu tão amado presidente, isso não é errado, você me conheceu em um protesto, sabe muito bem a minha opinião politica, sabe disso na verdade desde quando me conheceu. É o meu direito como pessoa, e você não vai arrancar isso de mim.

- Janel, não é errado você protestar, ou querer exercer os seus direitos, o que é errado, é você ser minha namorada e querer ir em um protesto contra o homem que eu protejo.

- Eu não tenho nada haver com isso Henry.

- Ah você tem sim, mais do que acredita na verdade, você sabe que a minha vida esta sendo investigada, quer dizer, a vida de todo mundo que esta no exercito, ligado ao presidente, eles sabem sobre você - por um momento eu pensei que ele tivesse descoberto a respeito de tudo, então ele continuou – sabem que você é minha namorada, a vida das pessoas a minha volta, não estão sendo investigadas, mas eu estou, e se acontecer alguma coisa que seja com você, ligada ao protesto, eu não poderei defende-la, e ainda perderei o cargo no exercito. Será que dá para você entender agora? Você pode arcar com as consequências, do seu ato, mas é justo colocar o meu cargo em risco também? É justo colocar algo que eu amo em risco? Você até poderia dar esse tiro no seu pé Janel, mas só apenas se ele fosse atingir só o seu pé, que não é o caso, você vai acabar atingindo todo mundo, inclusive a sua família, você já pensou nisso?

- Não, eu não tinha pensado.

- É por isso que estou falando que é errado, é por isso que eu pedi para que você não fosse mais em protestos Janel, e estou pedindo agora de novo, você tem que me prometer, que não ira mais em protestos.

- Henry...

- Janel, eu estou falando sério, você promete?

- Sim, Henry, eu prometo.

Fim do trecho de "1989"

zdJ

You Are In Love [Projeto 1989]Where stories live. Discover now