Prólogo 2

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Trecho de "1989"

Pov. Janel Jancowski

Polônia, 1986 – 13 de Abril. Domingo.

Eu estava nervosa, eu estava nervosa porque iria vê-lo de novo.

Eu não esperava encontra-lo, na verdade tinha me acostumado com a ideia de não vê-lo nunca mais, afinal, eu iria para a faculdade dali menos de dois meses, então não era realmente um problema não vê-lo, o problema? É que eu estava com saudade dele, do sorriso, do sarcasmo, da risada, em fim, de tudo nele.

Diferente da outra vez, decidi colocar uma calça, e uma blusa branca, coloquei um all star, eu tinha ficado com bobs no cabelo o dia todo, eu honestamente não sabia porque eu estava me arrumando tanto, mas quanto mais o tempo passava, mais coisa eu queria fazer para ficar bonita, para ver se o nervosismo passava.

Com o cabelo ondulado, com uma maquiagem leve pronta, eu sai de casa, dessa vez meu pai quis falar com o Henry, e o nervosismo que eu já estava sentindo, foi parar nas alturas.

Cheguei no carro, com o Henry já do lado de fora.

- Oi.

- Oi. Vamos?

- Meu pai quer falar com você, eu tentei argumentar, mas quando ele coloca algo na cabeça, não tem quem tire.

- Tudo bem.

- Desculpa.

- Por que? Ele é seu pai, esta preocupado, confesso que nunca passei por isso, todos os pais das meninas que eu já sai, sabiam quem eu era, então isso é novo para mim, mas não se sinta constrangida.

- Certo. – falei suspirando.

Entramos na minha casa, e meu pai se levantou para cumprimentar o Henry, e eu estava ficando com falta de ar.

- Você é o Henry então?

- Eu mesmo, e você deve ser Sr. Jancowski, certo?

- Sim jovem, minha filha me contou que você é major, então espero que saiba, que aqui em casa as regras são seguidas a risca.

- Sim senhor, assim como da última vez, irei deixar sua filha antes das dez horas.

- Certo, onde o senhor pretende levar a minha filha hoje?

- Eu queria que isso fosse surpresa.

- Janel, poderia nos dar licença por favor? – falou meu pai.

O que? Eles queriam que eu deixasse eles a sós, era oficial, meu pai queria que eu tivesse um infarto.

- Claro. – falei, e sai.

Me sentei na minha cama, e senti uma lagrima escorrer, por quê eu estava chorando? Por que eu estava tão nervosa? Respirei fundo, e peguei um livro, mas quando ia começar a ler, minha mãe chamou.

- Estão liberados, gostei muito de você rapaz, vê se não me decepciona.

- Sim senhor. – falou Henry para o meu pai. - Você esta bem? – falou olhando para mim. – Você esta pálida.

- Esta tudo bem.

- Tem certeza? Nós podemos marcar outro dia se não estiver se sentido bem. – falou Henry para mim. Outro dia? Não, de jeito nenhum.

You Are In Love [Projeto 1989]Where stories live. Discover now