Cap 6 - "Safe and Sound"

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Eu poderia encher o seu copo

Você sabe que o meu rio não vai evaporar

Este mundo que ainda apreciamos

Você poderia ser a minha sorte

Mesmo em um furacão de carrancas

Sei que estaremos sãos e salvos

Capital Cities feat Taylor Swift – Safe And Sound

Trecho de "1989"

Pov. Janel Jancowski

Polonia, 1986 – 11 de Abril. Sexta- Feira.

Foram dois meses sem ver o Henry.

Foram dois meses pensando que eu nunca mais o veria, que ele realmente foi o mal que veio para minha vida e foi embora.

Foram dois meses colocando corpo e alma nos estudos, era isso, eu pensava em álgebra, quando tudo em mim queria desesperadamente pensar no Henry, não foi um jogo fácil, ou melhor, uma troca fácil, foi árdua, mas no final valeria a pena, aquela bolsa na Lazarski seria minha, ou eu não me chamava Janel Kirs Jancowski.

E então, eu consegui passar, a felicidade estava estampada no meu rosto.

Eu sabia que eu não era a mocinha da história, Henry não iria aparecer para me salvar a qualquer momento, por mais que no fundo do meu coração eu quisesse isso. Eu estava feliz, estava, eu precisava de Henry para ser feliz? Não, definitivamente não, mas ainda assim eu não conseguia parar de pensar nele.

E como se mesmo a distância ele tivesse sentido isso, ele finalmente apareceu, talvez não do jeito que eu queria, ou que eu tanto fiquei fantasiando no ultimo mês, e para ser sincera ele não chegou a me procurar.

No dia que passei na Lazarski meu pai decidiu que tínhamos que comemorar, e fomos a um restaurante chique, meu pai e minha mãe sabiam que Oton e Haskel não iriam se comportar em um lugar como esses, então deixamos os dois com a vizinha, e fomos eu, minha mãe, meu pai, e a minha melhor amiga, Lucyna.

E lá estava ele, com um homem alto, que eu tive certeza ser o pai dele, uma mulher muito bonita, o qual Henry era muito parecido, e uma menina linda, de cabelos loiros mel e soltos.

Ao ver ele, meu coração quase saltou para fora, me recriminei, porque aquilo não podia acontecer, eu mandei que ele fosse embora, e teria que aceitar essa situação. Eu tinha que aceitar.

Lucyna pediu para ir ao banheiro, e mulher é um problema, um problema tão grave, que quando se junta, decide que precisa ir ao banheiro com outra mulher, pela primeira vez na vida, quis acabar com a vida da mulher que teve essa ideia, eu não queria levantar de jeito nenhum.

Mas lá fui eu, entrei no banheiro com Lucyna, e falei.

- Ele esta aqui.

- Ele quem? – falou ela, depois de voltar da cabine do banheiro.

- O Henry.

- Ai meu Deus!

- Sim, o que eu faço?

- Você não mandou que ele fosse embora porque ele era um idiota? Então aceite isso, e finja que ele nem esta aí.

- Eu não sei. – O que queria dizer é, que eu simplesmente não conseguia, mas resolvi deixar quieto.

- Vamos voltar para a mesa, e já sabe, finge que ele nem esta aí.

Saímos do banheiro, e quando estávamos passando perto da mesa dele, Henry se levantou e veio em minha direção, minha respiração ficou acelerada, haja naturalmente, é só mais um menino no mundo, haja naturalmente.

- Ola.

- Haja naturalmente. – falei.

- O que? – falou Henry. Olhei para baixo, porque eu tinha falado aquilo?

- Nada, esquece.

- O que faz aqui? – falou Henry.

- Eu vim jantar com os meus pais e a minha melhor amiga. Lucyna. – falei me virando para Lucyna, que já não estava mais por perto, traidora.

- Certo, eu estou aqui com os meus pais e a minha irmã mais velha, a Anninka.

- Legal. – falei.

- Eu senti saudades. – falou Henry. Respirei fundo, e respondi o mais calma possível.

- Bom.

- Eu estou falando sério.

- É, eu sei que está. – falei, olhando para baixo.

- Eu preciso me desculpar, foi tudo um erro.

- Você já disse isso, vamos fingir que nunca aconteceu nada.

- Não Janel, você esta entendendo errado, o que estou querendo dizer, é que foi um erro eu ter dito tudo o que falei, e ter ido embora.

- E você tomou essa decisão quando? Porque eu não sei se você sabe, mas fazem dois meses que a gente não se vê.

- Eu queria te ver, mas eu estava viajando, o presidente teve uma viajem, e tivemos que acompanha-lo, eu cheguei hoje de manhã, e meu pai me chamou para jantar, disse que era uma ordem da minha mãe, e eu respeito.

- Certo.

- Podemos nos encontrar de novo outro dia?

- Eu não sei...

- Por favor Janel, me dá mais uma chance.

- O.K, esta certo. Quando?

- Pode ser no domingo? Eu passo te buscar as duas horas da tarde.

- O.k, tudo bem. Eu tenho que ir, meus pais já estão de partida. – falei olhando meus pais se levantando.

- Até domingo então, Janel.

- Até domingo Henry.

Fim do trecho de "1989"

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You Are In Love [Projeto 1989]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora