Capítulo 47

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- Coloca logo a merda da calça! - gritei para o Felipe que começou a rir - Não tem graça, eu quero ir logo visitar essa mulher. Ela pode ter respostas.

- Pronto, já coloquei, mas você ainda não vestiu os sapatos. - ele me olhou e deu risada - e nem a roupa, você vai de pijama?

- Não sei com qual roupa ir, Fê.

- Ei Princesa - ele se aproximou e senti os pelos da minha nuca se arrepiarem, já fazia tanto tempo... Tanto tempo desde a ultima vez que ele me chamara disso - Nós só vamos visitar ela. Vai ficar tudo bem.

- Eu espero que sim, mas eu quero ir arrumada. Não quero chegar lá... Estranha - abri a mochila e joguei todas as roupas pelo chão até encontrar um macaquinho preto, por sorte havia comprado algumas coisas aqui no Rio. Tirei o pijama e o vesti, era sofisticado. Peguei um colar e coloquei, penteei o cabelo e torci para que ele não armasse. Peguei minha necessarie com maquiagem básica e comecei passar base.

- Você tem certeza que precisa de tudo isso? Tava me apressando pra por a calça e agora vai ficar meia hora se maquiando aí.

- Atrasada sim, sem maquiagem nunca. - passei um batom nude - tô pronta, vamos?

- Claro, mas só vou se você dirigir a moto.

- Ta louco!? - exclamei - eu não tenho carteira de motorista.

- E você por acaso se importa com isso? - ele riu.

- Na verdade, não. - dei risada - se a gente morrer, você não vai pro céu porque a culpa vai ser sua, ta?

Ele assentiu e jogou o chaveiro pra mim, saímos daquela pousada velha e eu sorri enquanto montava na moto e o Felipe sentava na garupa atrás de mim.

- Princesa você tem certeza do endereço? - o Felipe gritou aos ventos enquanto quase chegavamos na casa da Mara, a esposa do homem que meu pai matou.

- Tenho! Disseram lá na loja hoje de manhã que ela não mudou de casa, vive com dois meninos, um mais velho e outro mais novo.

- Ok!

Quando chegamos a frente da casa eu fiquei um pouco chocada, era um tanto diferente do que eu imaginava. Para mim seria uma casa simples, um pouco apagada. Eu esperava ver a possível destruição e o buraco que meu pai havia deixado na vida daquela mulher. Mas ao invés disso o que eu encontrei foi na verdade uma bela casa de dois andares, era uma casa definitivamente muito bonita! A casa mais bonita daquele bairro, que aliás eu nunca havia visitado.

- Fê... Eu to tão nervosa! - me virei para encara-lo enquanto ele tirava o capacete. O cabelo loiro estava bagunçado, o rosto um pouco corado pelo ar gelado que pegamos na vinda. Como ele podia ser tão lindo?

- Rebeca, você é a menina mais corajosa, louca e impulsiva que eu já conheci - ele fez uma pausa e eu murmurei um "obrigada, eu acho" - É verdade, eu sei que você vai saber exatamente como lidar com a situação. Eu confio em você, você não confia?

- Não! - respondi nervosa e ele soltou uma risada leve e depois acariciou o meu rosto com o polegar, aquilo me transmitiu uma intensa onda de calmaria - Mas Felipe...

- Não me chama de Felipe. - ele resmungou e eu ri.

- Porque não? Não é esse o seu nome?

- É, mas quando você fala "ai Felipe" parece que está brava comigo.

- Então do que eu posso te chamar? - indaguei arqueando uma sobrancelha.

- Amor? - ele sugeriu e eu ri.

- Não consigo me imaginar te chamando de amor, parece meigo demais pra mim.

- Vai você consegue, não é tão difícil assim - ele insistiu, pelo carinho em seu tom de voz eu percebi que aquilo realmente importava para ele.

- Tudo bem, amor... - tentei mas acabei rindo. - Ta vendo o que você faz Fe...

- Amor - ele corrigiu.

- Ahhh Feee... - fiz uma pausa - Amor, OK. Ta vendo amor o que você faz? Agora eu estou toda distraída! Acho melhor irmos embora.

- Não Princesa, você vai entrar lá e vai tirar todas as dúvidas que você tem. Você tem que seguir em frente e por um ponto final nessa história amor - ai que bonitinho, ele disse amor pra mim! - Temos que voltar, mas pra nossa casa. Com o Murilo, Leo, Mel, Carlos e Wes.

Respirei fundo, meu coração doía e pesava de saudade da minha família, saudades de casa. Mas eu sabia que mesmo que falasse com aquela mulher aquilo não acabaria alí, eu tinha que acabar com aquela quadrilha. Não desistiria nem que aquilo custasse minha própria vida.

- Você já pensou que vamos deixar a vida dessa mulher uma confusão enorme?

- E a nossa vida já não é? Um pouco mais de confusão não vai fazer mal.

Respirei fundo e ele pegou na minha mão, apertou-a afetuosamente, inspirando confiança para mim. Me virei e andamos até a porta daquela casa, dei três batidas e mordi o lábio inferior com força. Sentia um frio percorrer todo o meu corpo.
Foi possível ouvir alguns barulhos atrás da porta, e depois saltos no piso que indicavam que alguém se aproximava para nos atender.

Quando a porta se abriu, uma linda mulher nos atendeu com um olhar confuso e um sorriso brilhante no rosto que me parecia familiar. Tinha um cabelo loiro claro que chegava até os ombros e lindos olhos verdes.  Não consegui oberva-la mais porque logo a mulher a nossa frente se pronunciou, chocada e guaguejando.

- Felipe? O que está fazendo aqui... Já faz tanto tempo...

- Mãe??




Ola meus amoreeeees, sim aqui estou eu a escritora mais irresponsável do mundo!!! Me perdoem de verdade 😂😂 acho que fiquei uns dois meses sem postar, mentira, foi no maximo um! Mas enfim, eu precisava de umas feriazinhas pra repensar e recuperar minha criatividade que tava na reserva habsausbaushha. Espero que entendam, eu quis me afastar pra voltar com algo melhor depois! Muito obrigada por lerem, e votem se gostarem OK? Bjossssss

Foda- Se O AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora