Capitulo 36

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- Rebeca famosinha do caramba - o Leo resmunga sentado no sofá enquanto mexe no celular com a Ana encostada nele assistindo TV.

- Logico que não, ta doido. - respondo fechando a cara.

- 904 curtidas, imagina se fosse. Eu que sou lindo não tenho tudo isso, que mundo injusto. - jogo uma almofada nele que dá risada.

- Vem cá, deixa eu tirar uma foto sua e postar. - ele se levanta e eu dou risada enquanto ajeito ele pra uma foto daora. - Pega isso daqui.

Mostro pra ele que olha de olhos arregalados e bate palmas

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Mostro pra ele que olha de olhos arregalados e bate palmas.

- Nossa amei, eu to o maior gato véi! Lindão.

- Nem se acha - murmuro e posto a foto "Primo ❤- com Leonardo Lewis" - pronto, agora você vai ver.

- Não sei como você tem tanta curtida, nem é tão linda assim que nem eu. - ele diz e eu mostro o dedo do meio revirando os olhos e rindo.

- É que você não conhece muita gente, eu tenho vários amigos onde morava e fiz vários aqui também. E tem os boys é claro - murmuro o final da frase a Ana da risada.

- Rodada do jeito que você é. - o Felipe diz olhando feio pra mim com a mandíbula apertada, ou seja, com raiva ou ciúmes.

- Ah vai tomar no cu. - respondo curta e grossa e ele me mostra o dedo do meio .

- Espera aí, eu perdi alguma coisa? Desde quando você fala com o Felipe Traidor Castagnoli? - o Leo diz chocado e o Fê olha bravo pra ele, eu queria muito rir.

- Desde quando eu percebi que é mais legal desprezar uma pessoa enquanto você fala com ela, assim é mais fácil demonstrar o sentimento sabe?

- Ah, bem profundo. - a Ana responde rindo e eu me levanto passando minha bolsa pelo braço, todos olham pra mim.

- Bom gente,  tenho que sair ok? - vou saindo da sala quando o Murilo aparece segurando o meu braço - que foi agora Murilo?

- Aonde a senhorita pensa que vai?

- "Sair"?

- Pra onde? - ele pergunta como quem desconfia.

- Pra algum lugar, não sei, vou sair com a Kath.

- Não você não vai sair com a Kath - ele diz com a voz firme e um olhar questionador, todo mundo ficou quieto observando a cena.

- E desde quando importa pra você onde eu vou ou deixo de ir Murilo?

- Desde quando você anda feito uma louca querendo ir atrás de traficantes.

- Eu não ia ir atrás de nada disso! - respondo fechando a cara e ele da risada

- Ah não ia mesmo? Jura? - ele é rápido e puxa minha bolsa do meu ombro, tirando de la algumas informações que eu tinha achado sobre toda aquela história - Não é o que isto aqui diz. Você não vai sair daqui ta me ouvindo, você não vai sair por aquela porta e se tentar eu ou alguém vai estar de olho em você. Ta me ouvindo Rebeca?

- Grrrrrrrrrrrrrrrrrrr.QUE PORRA! Desgraça. - grito com raiva e puxo a bolsa da mão  dele, rasgo os papeis e jogo todos em cima da cara dele, entro no quarto maiando a porta com força e logo em seguida dou um chute nela, fazendo o meu pé doer e eu cair sentada no carpete felpudo. Abaixei a cabeça encostando ela nos joelhos, to sendo tratada como uma criança de castigo. E porque exatamente to de castigo? Porque queria saber o que aconteceu com os meus pais, porque eles foram mortos...
E o Murilo deveria querer saber também, porque é que ele tem tanto medo? Ele nem ao menos parece se importar que os nossos pais foram mortos, ou não sei se é pior ainda, que o meu pai matou alguém. É muita coisa pra raciocinar, mas parada aqui é que eu não vou ficar... Ele ta pensando que é quem hein?

Porque eu sou a Rebeca, e se você acha que vai mandar  mim querido irmãozinho, ce ta muito enganado.

- Então combinado? Você chega, distrai eles e eu saio, depois você me encontra lá embaixo? - digo sussurando pra ninguém ouvir do outro lado da porta.

- É, mas vai depressa e se prepara porque já to subindo, não esquece de checar a minha mensagem hein.

- Ok valeu Luscas. - digo rindo e ele dá uma risada rápida e desligando logo em seguida.

Fico sentada na cama alguns minutos com a conversa aberta, escuto alguns cumprimentos por trás da minha porta e a mensagem chega no meu celular "sai agora! To na cozinha com eles". Peguei a bolsa e abri a porta rapidamente, me virei e me deparei com o olhar zangado do Murilo e uma cara de desculpas do Lucas. Eu não posso acreditar que esse muleque fez isso comigo, mas ele vai ver só.

- Nossa beleza, vou me lembrar disso ok? Vou lembrar disso, e não só vou lembrar como vou fazer a questão de te lembrar ok? Seu otário - digo tentando passar po Murilo e chegar até ele.

- Beca é pro seu bem, só quero te ajudar...

- Independente fi. - respondo e empurro o Murilo que se afasta assustado - Mano vão se fuder vocês, tão me tratando como criança...

- Será que é porque você ta agindo como uma criança? Entra aí dentro.

- Criança é o cacete, só não sou uma idiota que fica o dia todo com o rabo encostado no sofá com medinho...

- Rebeca cala a merda da boca e entra no seu quarto! - ele grita irritado e vejo o Léo e o Patrick aparecerem querendo saber o motivo da gritaria.

- Me obriga! Seu merda. - falo ficando cara a cara com o Murilo que parecia querer explodir.

- Ah obrigo sim. - ele pega forte nos meus braços me empurrando pra trás.

- Me larga Murilo! Me solta! - ele me empurra pra dentro do quarto e eu caio sentada no tapete pela segunda vez naquele dia. Levanto rapidamente e corro ate a porta mas ele é mais rápido e fecha, tento abrir e percebo que ele tinha acabado de trancar. - ME SOLTA! CARALHO ABRE ESSA MERDA DESSA PORTA! Vai me deixar trancada? MURILO! MURILO ABRE ESSA PORTA!

Peguei meu abajur e joguei na porta fazendo alguns cacos voarem e causando pequenos cortes na minha mão e no meu rosto.

- Droga! - grito dando um soco na parede.

Foda- Se O AmorWhere stories live. Discover now