Capítulo 8

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- Já chega desse joguinho besta né! - o Fê se levanta e interrompe o meu terceiro beijo com o Taylor.

- Qual é mano? - o Taylor olha pra ele como se o Felipe tivesse um problema mental, o que acho que tem né mas não vem ao caso.

- Ah vai, coloquem uma música ai qualquer coisa. Mas eu não vim pra ficar nessa porra vendo dois idiotas se pegarem.

- Idiota o teu cu, se não quer ver vai arrumar o que fazer! - digo e ele nem olha pra mim.

- No momento em que a conversa chegar no galinheiro eu te chamo Rebeca. - ele retruca ainda encarando o Taylor.

- Cala a sua boca pra falar da menina, ta querendo apanhar? - o Taylor me solta e fica de frente pro Fê.

Os dois são do mesmo tamanho, e fortes. Vai dar uma briga boa haha. Eu sei, sou terrível.

- Quem ta querendo apanhar aqui é você só pode - os dois começam a se peitar, até que o Fê pega e da um empurrão nele.

- Vai fazer o que? A mina é sua por acaso? - O Taylor diz e empurra ele de volta.

- Quem falou que eu to nervoso por causa dela? - o Fê diz e dá uma risada irônica.

- Só falta escrever na sua cara.

- Haha eu que vou escrever na tua agora mesmo!

E paaaaah, soco pra cá, soco pra lá. Até que alguns meninos se juntam pra separar os dois, eu tava lá sentada tipo só esperando me darem a pipoca.
Eu sou das trevas hauhauh.
Uns três meninos seguram o Fê, e um segura o Taylor. O Taylor se solta e vai pra lá, vejo ele cuspir sangue no canteiro.
O Felipe fica tentando se soltar, a boca dele está cortada e sangrando um pouco.

- Me solta eu tenho que quebrar a cara dessa desgraça ai...

- Chega ô Felipe, estragou a festa porra! - uma menina se levanta e outra vai atrás dela.

Assim vai saindo todo mundo, eu fico lá com os meus primos enquanto outros garotos tentam acalmar o bicho do mato mais conhecido como "Fê".

- Quer saber? Eu vou pra minha barraca dormir que eu ganho mais! - falo para os meus primos e abraço cada um deles.

- Boa noite Beca! - eles respondem.

Vou andando até a minha barraca, não sei se a Loira já está lá e senhor por favor escute as minhas preces... Que ela não esteja!
Puxo o zíper e entro, fecho novamente e quando me viro dou de cara com a Ana sentada no fundo da barraca e de cabeça baixa, com o corpo tremendo.

- Ei ta tudo bem? - pergunto realmente preocupada, ei gente sou má mas não à esse ponto.
Ela me olha e seu posso ver o brilho das lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Vou até ela e me sento ao seu lado.

- O que aconteceu? - pergunto novamente.

- O meu irmão... - ela diz entre soluços.

- O que tem ele?

- Ele maltrata a minha mãe, mas é mais velho que eu, não posso fazer nada. E nós o amamos apesar de tudo...

- Ei calma, vai passar. Se eu te contar um pouco da minha família você ia ver - falo tentando distrai-la.

- Duvido que seja mais Loka que a minha. Não queremos interna-lo na reabilitação, é a primeira vez que ele se envolve com drogas e estamos com medo. - ela diz e encosta a cabeça no meu ombro.

- Mas talvez seja o melhor pra ele, as drogas podem matar e matam uma pessoa. Se é a primeira vez vocês tem que agir antes que se torne ainda mais sério.

- Eu sei, mas minha mãe não toma atitude e tem medo de contar pro meu pai.

- Porque você não conta?

- Ué, ai minha mãe nunca me perdoaria.

- É claro que sim, a gente sempre acaba perdoando quem amamos. E ela veria que você só queria o melhor pro seu irmão.

- Obrigada morena, até que você não é tão piranha assim.

Dou risada e ela também.

- Por nada loira, to aqui pro que precisar. E você não é tão puta quanto pensei.

Ela ri e se levanta.

- Bom, que tal dormimos?

- É pra já!

Eu me deito no meu saco de dormir e ela no dela, logo estou roncando. Mentira mentira, logo estou dormindo.

- Boom dia! - chego na roda de café da manhã, estou com um biquíni vermelho e um shorts jeans ai os meninos começam a assobiar.

- Tirem o olho da minha prima hein! Eu sei que ela é linda, óbvio que puxou pra minha parte da família, mas mesmo assim podem ir tirando o cavalinho da chuva! - o Léo grita e as pessoas dão risada.

Me sento do lado dele, vejo o Felipe na minha frente e evito ficar olhando pra ele.
Pego um pedaço de bolo de fubá que tinha cobertura de leite moça em cima e encho um copo de coca - cola.
Depois de todo mundo comer, Taylor aparece com o Jonathan, um menino gato que descobri o nome haha, carregando uma caixa de som.

- Ai sim hein! - grito e o Taylor sorri pra mim e da uma piscadinha.

Ele está sem camisa exibindo um tanquinho que 100or... Eles voltam à caminhonete do Jonathan, e parece que tinha uma estrada de terra que dava aqui no acampamento. O que teria evitado toda a nossa caminhada mas ta né.
Ai começa a tocar Viva a Bagaceira, Sond Play e eu começo a cantar junto com o resto da turma.
Todo mundo se espalha eu vou até o freezer pegar uma garrafinha de Ice.

- E ai piranha!

- Loiraaa, e ai? Ta melhor?

- To sim, obrigada por ontem viu.

- Foi nada.

- Tira uma foto comigo? - ela pergunta e eu pego meu celular no bolso do shorts.

Eu sempre deixo ele por perto porque apesar do sinal da internet não pegar muito bem estou sempre dando uma ligadinha pra minha vó ou pro Murilo.

- Claro, vem cá.

Ela vem ao meu lado e tiramos várias fotos.

- Pronto, depois eu edito e te mando.

- OK. Vou lá dar um mergulho.

- Eu também.
Tiro o meu shorts, coloco o celular em cima do freezer e saio correndo com a Ana do meu lado. Chegando em uma parte alta pego impulso e....
Abraço meus joelhos e sinto o vento chicotear meu rosto levantando o meu cabelo todo pro alto, cabuuuum.
Mergulho bem fundo na água e volto para cima onde está todo mundo gritando pra mim.

- Sua Loka! - a loira chega ofegante ao meu lado - não achei que você fosse pular de lá.

Dou risada e balanço o meu cabelo pra fazer um coque.

- Vish - Ana diz e faz uma cara do tipo "estou sentindo uma treta".
Olho pra trás onde ela estava e vejo uma menina atarracada no Fê.

- Ai... - a Loira murmura.

Oi gente, espero que gostem. Agora venho aqui recomendar o livro de uma amiga BiaCavarsan dem uma olhada no perfil dela que vão achar. Bjos.

Foda- Se O AmorWhere stories live. Discover now