Capítulo 14

440 34 11
                                    

- Haha gente calma, eu to bem olha eu fiz amigas! E elas iam me tatuar de graça ainda, dá pra acreditar... - falo enquanto o Lucas me segura pela cintura me levando até o carro.

Deixa eu explicar pra você, eu não queria ficar perto do Felipe então eu fugi. E bebi muito com um cara em um barzinho, mas tipo bebi demais. E aí aconteceu que o cara foi embora, e eu fiquei lá ate o bar fechar.
Eu não sei como, mas eles me venderam bebida. Então eu tinha que ir embora... Comecei a andar pela estrada mas sabe aquela música "beber cair e levantar"?
Então tava exatamente isso ai. Até que passou um carro de polícia bem na hora que eu cai com a garrafa de burbom no chão.
Aí vocês sabem o resto né? Ligaram pra casa dos meus primos e aqui estou eu sendo resgatada.

- Rebeca você parou pra pensar no que podia ter acontecido? - Carlos.

- Você já pensou se aquele cara queria fazer alguma coisa com você, e te embebedou por isso? - Léo.

- Você podia ter sido atropelada andando bêbada pela rua. - Wes.

- Calem a merda da boca - Rebeca.

E se eles continuaram falando eu não sei, porque o Lucas me aninhou no seu colo e eu dormi rapidinho.

Abro os olhos e não vejo nada, só uma luz fraca que vem da porta que deve ser do meu quarto.
Tinha alguém me observando e dava pra ver que era um homem, devia ser o Léo. Ele é o que estava mais preocupado comigo, acho que acabamos virando melhores amigos. Mas eu não podia ter certeza, nunca se sabe não é?

- Quem ta aí?

Nenhuma reposta, viro e abraço o meu travesseiro. Fico alguns minutos acordada ainda vendo a sombra se projetar no meu quarto. Não sei porque não estou com medo, deve ser imaginação minha.

P.o.v Felipe.
Ver ela deitada na cama tão indefesa, abraçada com o travesseiro me fez ter uma enorme vontade de deitar ao lado dela. Mas ela não me queria... Como é que eu podia fazer isso, se eu disse tudo o que tinha pra dizer pra ela e ela não me disse uma palavra sequer.
Não correspondeu ao meu beijo, me viu ir embora e não tentou me chamar ou me segurar.
Ela tinha razão, Rebeca não se prende à ninguém.
E eu também não, pelo menos não me prendia.
Escuto sua respiração ficar mais pesada e conclui que ela tinha dormido novamente.
A observei mais uma vez, e quando dei as costas ela murmurou:

- Fê, não vai...

Olho de novo mas ela continua do mesmo jeito, me aproximo e ela ainda estava dormindo.
Dei um sorriso, então a Rebeca fala dormindo. E fala de mim.

P.o.v Rebeca.

- Ô mas que luz da porra é essa na minha face meu senhor? - grito assim que acordo com as janelas aberta e a luz do sol invadindo o meu quarto.

- Ah ela acordou. - minha vó entra no quarto com um olhar severo mas preocupado ao mesmo tempo.

- Oi vó, fecha a janela por favor.
Ela lança um olhar pra mim e depois vai fechar as venezianas deixando o quarto escuro novamente.

- Bem melhor - suspiro.

- Anda levanta essa bunda daí e vai tomar um banho.

- Ahhhh vó

- Anda Rebeca, vai vai vai.

- Ta ta ta! - levanto e vou cambaleando até o banheiro.

A banheira já tava cheia então eu apenas tirei a roupa e entrei lá dentro, depois mergulhei e deixei a água quente massagear meu rosto. Subi pra pegar fôlego e comecei a me lavar, depois o cabelo e aí tinha terminado.
Saí e coloquei o roupão, indo pro quarto encontrei uma muda de roupa separada em cima da cama. Minha vó sempre cuida tão bem de mim independente do que eu apronto. Achei estranho porque era roupa de sair, uma regata preta e uma calça jeans branca rasgadinha.
Dei de ombros e vesti, meu corpo estava tão dolorido e minha cabeça doía à beça.
Peguei uma sandália e vesti, acho que minha vó queria sair comigo ou sei lá. Saí do quarto e escutei conversas e risadas vindo da cozinha, passei pela sala e cutuquei o Lucas que tava dormindo sentado no sofá.

- Ei praga, ta fazendo o que aqui? - me ajoelho em frente ao sofá.

Ele abre os olhos lentamente e dá um sorriso meio grogue.

- Queria ver se você ia acordar bem.

Lancei um sorriso pra ele e nem percebi seu rosto se aproximando, até que estava perto suficiente pra me beijar.
E foi o que ele fez, um beijo delicado e rápido.

- Agraam - me afastei rapidamente e olhei para cima onde vi o Felipe com o rosto virado pra outro lado.

Drogra essas coisas sempre acontecem comigo, sempre.

- Eu só vim chamar vocês para comerem... Desculpe se atrapalhei os namorados. - ele diz seco e dá as costas.

- Não somos namorados - falo e seguro no braço dele.

Ele para um instante e olha minha mão em contato com sua pele quente. Mas tudo o que eu vi na reação dele foi raiva, um olhar frio.

- Não me importa, você e qualquer coisa a ver com você é irrelevante para mim.

Ele continua a andar e vai pra cozinha. De repente subiu uma raiva, eu sou o que pra ficar correndo atrás de homem?
Não me prendia a ninguém mesmo, e não é agora que isso vai mudar.

- Perdi alguma coisa? - o Lucas pergunta enquanto eu me dirigi à cozinha.

- Não, você não, mas pode ter certeza que alguem perdeu.

Dou uma parada, respiro fundo e entro na cozinha.

- Bom dia gente... Ai meu cu, Kathhhhhhhh! - grito ao deparar com a minha melhor amiga parada bem à minha frente.

- Sua puta o que ta fazendo aqui? - pergunto e a abraço bem forte.

- Bom era pra ser surpresa mas não vou aguentar. Eu vou morar aqui na cidade!!!

Gente mil desculpas pela demora, tive uns problemas em casa ai ficou um pouco difícil escrever.
Mas ta , espero que gostem... Bjoooooos. A loira linda é a Kath

Foda- Se O AmorWhere stories live. Discover now