Foda- Se O Amor

Capítulo 9 - Feliz Natal!

- Já tava na hora de ir embora né, pelo amor não aguentava mais ficar naquele mato. - subo reclamando na minivan.

- Se agarrar com o Taylor você tava adorando né. - o Fê resmunga e entra também.

- Sabe que eu tava mesmo? Adoraria estar lá, bem nesse momento agarradinha com ele! - falo me levantando e encarando ele no banco de trás.

Ele me fuzila com o olhar como se fosse me matar dentro de alguns segundos.

- Ah é? E sabe o que eu adoraria ainda mais? Estar com a Tiffany agora mesmo.

Dou uma gargalhada, ele acha mesmo que me importo?

- Wes? Você perguntou alguma coisa? Léo, Carlos? Bom eu também não. - dou uma piscadinha pra ele e me jogo no banco.

Deito e coloco a mochila atrás da cabeça como travesseiro. Hoje é dia vinte e três, já passamos a semana no acampamento.
Resumindo, muita zuera, só curtição. Eu fiquei com o Taylor mais algumas vezes e o Fê com aquela morena da cachoeira que se chamava "Tiffany".
É incrível que sempre que o Taylor me beijava, o Felipe corria buscar a tal da "Fany" e se esfregar nela bem na minha frente.
Eu tava me divertindo com aquele joguinho dele, tão bobinho.
Eu acabei ficando amiga da Ana, a loira que eu gostava de chamar de puta, era na verdade bem legal na maior parte do tempo.
Mas em alguns momentos ela era tão patricinha que me dava uma raiva.

Mas é incrível eu me tornar amiga de uma pessoa que quase matei afogada.
∆

- Feliz Natal kenga! - o Léo me acorda pulando na minha cama e consequentemente caindo cima de mim.

- Não é Natal ainda! - resmungo, hoje é dia 24. Véspera de Natal, ou seja ainda não é natal meus queridos.

Me levanto e de novo eu estava só de sutiã com um shorts, mas é meu primo então foda se né?
Abro a porta e entro no banheiro, é mais um Natal cercada de gente mas ainda me sentindo completamente sozinha.
As pessoas mais importantes não estão aqui, e nunca mais vão estar. O sonho de muita gente é por exemplo, brincar na neve, ganhar um IPhone, viajar pra um lugar e relaxar...
Mas o que eu mais queria, tudo o que eu queria era ter minha mãe e o meu pai ao meu lado.
Abraçar eles mais uma vez, escutar meu pai fazendo aquela piadinha sem graça de "é pavê ou pra cumê?" mais uma vez, me irritar com a minha mãe quando ela insistia em juntar todo mundo pras fotos só mais uma vez.
Mas isso nunca aconteceria, porque eles estão mortos e essa é a minha realidade agora.
Sem se lamentar, não deixe essa lágrima cair Rebeca!
Pisco meus olhos várias vezes e abro a torneira do chuveiro, quero um banho rápido então nada de banheira!
Me lavo rapidamente, ontem já tinha lavado bem o meu cabelo então não o lavei novamente.
Me enrolei em uma toalha e voltei ao quarto, não tinha ninguém lá então aproveitei e tranquei a porta.
Já eram três da tarde, eu acordei meio tarde porque dormi umas quatro da manhã assistindo desenho com a minha irmã.
Vou para a cozinha e vejo minha vó sentada na mesa conversando com o meu vô, eles parecerem tristes.

- O que houve? - pergunto me sentando ao lado da minha vó e passando um braço pelo seu ombro.

- Nada minha filha, nada... - ela resmunga e vejo uma lagrima prestes a escorregar no canto do olho dela.

- Eu também sinto falta deles - digo e encosto minha cabeça na dela.

Meus avós fazem de tudo pra nos ver feliz que as vezes eu nem penso que eles também perderam uma filha.
Ficamos um tempo assim, eu vou contando pra eles como foi no acampamento, tirando a pegação, bebidas, brigas, e etc hahuahua.

- Bem eu vou lá ir separando a minha... - começo a falar e os meus três primos entram na cozinha rindo até que o Wes escorrega e cai de bunda no chão.

Eu começo a rir e me engasgo com o refrigerante que estava bebendo, ai cuspo tudo no chão e escorrego da cadeira.
Os dois que ainda estão de pé começam a rir ainda mais, o Léo vai ir pra trás e bate a cabeça na porta do armário que estava aberta.
Ai o Carlos se dobra com a mão na barriga de tanto rir, ele está até vermelho.
E paaaah, o Wes que ainda esta no chão passa o pé nele que vai de peito no chão.

- Ai meu cuuuu! - grito dando risada.

- Meu Deus, vocês estão bem? -minha vó exclama.

- Tamo sim vó relaxa.

- Eu vou é me deitar com a Melissa, você dá uma olhada nos meninos Zé?

- Iih dona Renata, nem vai precisar se preocupar com o Murilo e o Patrick, eles já tão lá em baixo na festa. - o Léo diz pra minha vó e se levantando.

- Festa? Opa! - grito e me levanto também.

- Para de gritar menina retardada!

- Ai vó! Hahahaha. - meus avós saem da cozinha e eu vou ajudar o Carlos se levantar. - e ai me falem mais dessa tal festa aí.
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Estou lá no salão dançando com a Ana e mais algumas meninas que conheci hoje, pensa numa festa foda. É essa aqui, mano a melhor sério!
Mas to achando uma coisa muito muito estranha, eu não vi o Felipe hoje. O que é difícil pois moramos na mesma casa, e ele nunca perderia essa festa.
Eu já conheço bem o suficiente da peste. Eu já estou aqui a um tempo são quinze para meia noite, e caralho.... Daqui a pouco é natal!

- Quero beber - grito em meio ao som.

- Vai lá ué. - a Ana grita de volta e continua a dançar.

- Esqueci o dinheiro lá no meu quarto, vou lá e já volto.

Ela assente, estava tão entretida com as pessoas e com o ritmo da música que se eu sumisse até janeiro do ano que vem ela não iria notar. Vou empurrando as pessoas pra passar, e finalmente chego ao elevador. A recepção estava vazia, porque tipo todo mundo tava naquela festa.
Até meus avós saíram, não pra festa haha mas eles levaram a Mel.

Abro a porta do apartamento, ta vazio e silencioso, vou acedendo a luz de todos os cômodos em que passo.
Quando chego na porta do meu quarto alguém me puxa contra si, abro a boca pra gritar as escuto um "shii".
Olho pra trás e veio o Fê, meu Deus ele está um gato!
O barulho da música para de repente e escuto os fogos estourando lá fora, 00:00.
Ele me agarra pela cintura e me empurra dentro do quarto enquanto me beija, fecha a porta atrás de si e lança um sorriso torto pra mim
- Feliz Natal.
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Gente quase me matei pra escrever esse capítulo ainda hoje e dar tempo de postar. Então espero que gostem.
E pra todo mundo, um feliz Natal ❤