Capítulo 25

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E de novo aquela dor de garganta, aquela vontade de chorar muito.
Mas não, não é um idiota desse que vai me fazer chorar! Eu não vou me acabar por conta de um babaca que eu pensei que gostasse de mim.
Mas ninguém brinca comigo, ninguém me magoa.
Eu sempre revido, uma coisa que eu não faço é levar desaforo pra casa. Deixo escapar um suspiro. O Felipe olha assustado pra mim, eu devia parecer uma boba parada como uma estátua com o rosto vermelho de raiva, de nervoso e sei lá mais do que.
Ele se levanta correndo e a Kelly puxa o cobertor.

- Porque a pressa? - pergunto irônica - não vou a lugar nenhum.

- Princesa eu posso explicar.. - ele diz vindo até mim, sem camisa apenas com um shorts largo.

- Princesa o caralho! Fica longe de mim! - grito e ele para me encarando - seu filho da puta! Desgraçado de uma figa, Felipe eu confiei em você como eu nunca confiei em ninguém. Eu achei que eu gostava de você mas eu sei agora que na verdade eu não gostava mesmo de você. Eu gostava da pessoa que achei que você fosse, e achei por um momento que você gostava de mim!

- Mas eu gosto de você...

- Cala a merda da boca! Você não vai falar uma palavra sem que eu mande, a partir de agora você não chega perto de mim! Você não vai dirigir a palavra a mim, você não vai sequer olhar pra mim! Traição não tem explicação, e tudo o que um dia eu senti por você simplesmente acabou. - fico frente a frente com ele, nas últimas palavras a minha voz soou fraca e até falhou, mas respirei fundo, olhei direto nos olhos dele e disse com a maior frieza do mundo - eu te odeio.

Dei um tapa na cara dele que fez minha mão arder, ele não disse nada e colocou a mão no rosto onde eu bati.
Dei as costas e corri pro quarto da Mel, você contrata uma babá pra cuidar da sua irmã e o que ela faz ao invés disso?

Tenta dá o cu.

- Lucas me ajuda inferno! - falo puxando meu cabelo.

- Calma princesa! - ele diz e eu fico parada por um momento.

- Por favor, pode me chamar de qualquer coisa menos essa droga! - resmungo e olho pra cima onde vejo seus olhos azuis me observando.

- Posso te chamar de Jéssica? - ele pergunta e eu começo a rir junto com ele.

- Jessica? Que porra é essa?

- É que tipo, quando você for grossa e brigar comigo eu posso te olhar e falar " já acabou, Jéssica? KKKKK - ele começa a rir com a mão no rosto e eu me acabo de tanto rir.

A gente começa a dar tanta risada, que do nada eu parei e perguntei:

- Do que a gente ta rindo?

- Não sei, mas sei que você ta triste. Você ta aqui em casa, e ta rindo por nada. Eu já te conheço bem o suficiente pra saber que você ri pra encobrir a dor. Quer falar sobre isso?

- De jeito nenhum.

- Tá, então deixa eu te contar uma piada? - ele pergunta já rindo.

- Deixo.

- Porque a lua mia pro gato e o gato não mia pra lua?

- Que??? - respondo rindo.

- Responde!

- Annnn, não sei.

- Porque astro no mia.

- KKKKKKKKKKKK, seu idiota! Você contou a piada errado! - começo a gargalhar e levanto minha cabeça do colo dele pra poder rir mais.

- Não contei não! - ele diz confuso.

- Você falou " a lua mia pro gato e o gato não mia pra lua" mas é assim ó "o gato mia pra lua e a lua não mia pro gato. Tendeu? - falo e observo ele enquanto ele tenta processar toda a informação.

Foda- Se O AmorWhere stories live. Discover now