Capítulo 10

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— Bom dia, amor! — disse Donna virando-se para o marido, sentindo seu abraço puxando-a para ele.

— Bom dia, linda! — Vincent sorriu.

— Não quero levantar agora — ela disse com um bocejo.

— Não precisa. Eu faço o café e trago para você — respondeu ele gentil.

— Ai, Vince, como consegue ser assim? — Ela sorriu, com os olhos brilhando.

— Assim como? — perguntou ele, enrugando a testa.

— Tão perfeito! Nós já casamos, não precisa mais me agradar tanto. — Ela riu.

— Você não gosta? — indagou ele.

— Eu amo, você é tão fofo! Mas é tão cedo ainda, fico com dó de te ver saindo da cama já, com esse friozinho — se encolhe debaixo do cobertor. — E ontem eu fui péssima companhia, não é? Eu dormi, me desculpa.

— Não precisa se desculpar amor, você estava cansada, eu entendo.

— É que eu nem lembro de ter vindo para o quarto me deitar, acredita?

— E você não veio. Dormiu lá embaixo no sofá, enquanto assistíamos Cidade dos Anjos. Aí eu te trouxe para cama, e é claro, pus outra coisa para eu assistir — disse fazendo careta.

Donna caiu na gargalhada.

— Desculpa amor, você odeia esses filmes, eu sei, mas você disse para eu escolher.

— Pois é, não posso me queixar, só lamentar! — Ele riu. — Vou descer e já trago nosso café.

Não demorou para que ele voltasse com uma bandeja caprichada. Comeram e enrolaram um pouco mais debaixo da coberta, até dar o horário de começarem a preparar o almoço para os convidados.

— Vince, esqueci de te falar, mas ontem encontrei a Pamela e a convidei para o almoço, desculpe avisar tão encima — disse Donna, enquanto lavava algumas verduras na pia da cozinha.

— Não tem problema, eu também tinha pensado em chamá-los, mas acabei esquecendo. Que bom que você chamou — respondeu ele, temperando a carne no balcão ao lado.

— A casa vai ficar agitada hoje. — Ela riu, encarando-o.

— Verdade, só a Ade sozinha já garante isso! — Ele riu.

— Ah, não, me refiro ao Mike. Sabe como ele é agitadinho, tão alegre, gosto muito quando ele vem aqui — ela falou de um jeito carinhoso que Vincent não deixou de notar.

— Também gosto dele, aquele garotinho é uma graça — concordou, enquanto deixa a carne curtir no tempero.

— Vince... — ela falou indecisa.

— Sim?

— Vai te incomodar se eu pedir para Pamela me deixar ficar com o Mike um dia desses? — perguntou.

— Claro que não amor, por que a dúvida? — respondeu ele sincero.

— É que sempre passamos a tarde juntos, pensei que trazer uma criança aqui poderia te chatear. Também não sei se a mãe dele iria deixar — Donna se explicou.

— Não vai me chatear de forma alguma Donna, pelo contrário. Também gosto desse menino. Pode trazê-lo quando quiser — falou encarando-a de forma gentil.

— Obrigada amor. E.... também é uma forma de adquirirmos experiência — disse acanhada.

— Experiência? — indagou Vincent, sem entender.

O Ceifador de Anjos: A Coleção de FetosWhere stories live. Discover now