— Bom dia, amor! — disse Donna virando-se para o marido, sentindo seu abraço puxando-a para ele.
— Bom dia, linda! — Vincent sorriu.
— Não quero levantar agora — ela disse com um bocejo.
— Não precisa. Eu faço o café e trago para você — respondeu ele gentil.
— Ai, Vince, como consegue ser assim? — Ela sorriu, com os olhos brilhando.
— Assim como? — perguntou ele, enrugando a testa.
— Tão perfeito! Nós já casamos, não precisa mais me agradar tanto. — Ela riu.
— Você não gosta? — indagou ele.
— Eu amo, você é tão fofo! Mas é tão cedo ainda, fico com dó de te ver saindo da cama já, com esse friozinho — se encolhe debaixo do cobertor. — E ontem eu fui péssima companhia, não é? Eu dormi, me desculpa.
— Não precisa se desculpar amor, você estava cansada, eu entendo.
— É que eu nem lembro de ter vindo para o quarto me deitar, acredita?
— E você não veio. Dormiu lá embaixo no sofá, enquanto assistíamos Cidade dos Anjos. Aí eu te trouxe para cama, e é claro, pus outra coisa para eu assistir — disse fazendo careta.
Donna caiu na gargalhada.
— Desculpa amor, você odeia esses filmes, eu sei, mas você disse para eu escolher.
— Pois é, não posso me queixar, só lamentar! — Ele riu. — Vou descer e já trago nosso café.
Não demorou para que ele voltasse com uma bandeja caprichada. Comeram e enrolaram um pouco mais debaixo da coberta, até dar o horário de começarem a preparar o almoço para os convidados.
— Vince, esqueci de te falar, mas ontem encontrei a Pamela e a convidei para o almoço, desculpe avisar tão encima — disse Donna, enquanto lavava algumas verduras na pia da cozinha.
— Não tem problema, eu também tinha pensado em chamá-los, mas acabei esquecendo. Que bom que você chamou — respondeu ele, temperando a carne no balcão ao lado.
— A casa vai ficar agitada hoje. — Ela riu, encarando-o.
— Verdade, só a Ade sozinha já garante isso! — Ele riu.
— Ah, não, me refiro ao Mike. Sabe como ele é agitadinho, tão alegre, gosto muito quando ele vem aqui — ela falou de um jeito carinhoso que Vincent não deixou de notar.
— Também gosto dele, aquele garotinho é uma graça — concordou, enquanto deixa a carne curtir no tempero.
— Vince... — ela falou indecisa.
— Sim?
— Vai te incomodar se eu pedir para Pamela me deixar ficar com o Mike um dia desses? — perguntou.
— Claro que não amor, por que a dúvida? — respondeu ele sincero.
— É que sempre passamos a tarde juntos, pensei que trazer uma criança aqui poderia te chatear. Também não sei se a mãe dele iria deixar — Donna se explicou.
— Não vai me chatear de forma alguma Donna, pelo contrário. Também gosto desse menino. Pode trazê-lo quando quiser — falou encarando-a de forma gentil.
— Obrigada amor. E.... também é uma forma de adquirirmos experiência — disse acanhada.
— Experiência? — indagou Vincent, sem entender.
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O Ceifador de Anjos: A Coleção de Fetos
Mystery / ThrillerVincent Hughes é para Donna o homem perfeito, e para as suas vítimas, ele é o Ceifador de Anjos, o serial killer mais procurado de Los Angeles. A busca pela verdadeira identidade do Ceifador de Anjos é para os detetives Christopher Lang e Ramona Hal...